Verdade incontestável que as derrotas do PT em São Paulo e em Porto Alegre tornaram-se os fatos mais significativos do segundo turno no país. Os analistas têm sido unânimes em afirmar que os dois partidos saem foralecidos se forem considerados os dois turnos. O PT teve 6,9 milhões de votos contra 6,2 milhões do PSDB. O PSDB vai governar para 25 milhões e o PT para 17 milhões de pessoas. Mexe para cá ou para lá, o resultado vai ser mesmo. Um dos dois elegerá o próximo presidente em 2006. O problema é que para chegarem lá, terão que fazer alianças, assim como ocorreu em 2002. Aí estão os problemas. Aliança não é só para ganhar é também para governar. Já comentei abaixo em post sobre o debate do segundo turno em São Paulo, PT e PSDB ao pescacrem alianças, tornam-se piores do que se considerados individualmente. Daí o velho dilema, ou estas alianças que os tornam piores, ou não ganham as eleições. Quem perde é o país e quem ganha são os partidos pequenos entre estes muitos partidos e políticos fisiologistas que "emprestam" apoio em torca de...
Por outro lado, não se ganha sem aliança, este foi o caso de Porto Alegre e São Paulo. Não sei se em São Paulo, a aliança com o PMDB ocupando a vice seria suficiente, mas evitaria que a população incorporasse o sentimento que o PSDB conseguiu passar por lá, de que seria ruim para o país uma possível hegemonia do PT na política nacional. Fato é que foram para o espaço a vice junto com a prefeitura. Em Porto Alegre o mesmo, a pulverização de candidaturas no primeiro turno, aparentemente interessante para quem está no poder, não vale para quando se tem dois turnos e o governador do estado tem na sua estrutura de governo uma coalizão enorme de partidos. Foi incompetêcia e radicalismo político não abrir mão de parte do poder na composição do governo municipal e na candidatura atual, para evitar que se formasse uma frente, sempre provável de ocorrer quando se está dezesseis anos no poder, mesmo com importantes realizações. É preciso humildade para ganhar e para fazer as análises nas derrotas que podem no futuro se transformar ou não em vitórias.
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