Quando se trata de investimento que gerem emprego e desenvolvimento todos sabemos que a disputa é sangrenta. Muito se tem falado sobre o assunto da instalação da refinaria desde o final de 2002. Alguns estados e/ou regiões trabalharam técnica e estratégicamente o assunto. Procuraram entender suas deficiências e suas vantagens comparativas para se credenciarem junto aos investidores públicos ou privados para terem chances de abocanharem tal investimento. O nordeste manteve a disputa entre os estados, mas traçaram uma estratégia de se juntarem caso tivessem a ameaça de algum da região perder tal investimento. Mais. Se prepararam técnicamente. O governador de Pernambuco, no início de 2004, levou uma comitiva de empresários e políticos para negociações na Venezuela. O Espírito Santo adiantou negociações com os árabes ao mesmo tempo que fazia estudos de viabilidade técnico-econômica e ambiental. O estado do Rio de Janeiro o que fez além de um desfile de moda e um ato na CDL aqui em Campos?
Em todo investimento um dos pontos fundamentais são as condições para transporte da matéria prima para os produtos acabados. Neste sentido, pergunta-se quais condições de infra-estrutura foram criadas para atender a tal investimento? A chamada malha modal, com transporte marítimo, ferroviário e rodoviário hoje atenderia o empreendimento desejado? Condições da BR-101? Quais parceiros foram conseguidos para a empreitada? Quais estudos técnico-econômicos e técnico-ambientais foram realizados ?
Pior do que tudo isso é não se ter o investimento de grande porte e não se fazer o dever de casa com os investimentos de pequeno porte de apoio ao pequeno e médio empreendimento que podem ser mais sustentável tanto sob o ponto de vista econômico, como ambiental e que têm maior capacidade de gerar emprego e renda. Neste sentido, nossas prioridades devem ser pautadas na infra-estrutura e na ampliação e aperfeiçoamento do FUNDECAM.
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