Uma série de desencontros marca a decisão sobre investimentos em refino de petróleo no país. O anúncio antecipado dos números previstos de US$ 30 bilhões de investimento para a Petrobras em 2005 (30% maiores que os de 2004) estimados pelo diretor Financeiro e de Relações com Investidores da estatal, José Sérgio Gabrielli e que serão confirmados, ou não, até abril quando a empresa revê suas metas no seu Planejamento Estratégico, geraram expectativas no setor que acabaram sendo ampliadas pela decisão do acordo entre a PDVSA (a empresa estatal de petróleo venezuelana) e a PETROBRAS de construírem no Brasil uma refinaria provavelmente no Nordeste. Enquanto o ministério nega a definição sobre a localização do empreendimento, políticos pernambucanos comemoram o anúncio pelo quais forças políticas diferenciadas trabalham junto ao governo venezuelano, há mais de um ano. Por outro lado, o Estado do Rio de Janeiro que não trabalhou nenhuma alternativa técnica e estratégica, tenta mais uma vez politizar a questão dizendo que o anúncio dos recursos para este ano contempla um pólo petroquímico no estado do Rio de Janeiro. O secretário estadual de Petróleo e Energia anuncia, mais uma vez, a construção de um porto na região do Açu em São João da Barra. Em setembro de 2000, o mesmo secretário, com pompas e circunstâncias anunciou tal empreendimento que serviria de base para outros investimentos. Hoje a ausência do porto, pesa tecnicamente no item infra-estrutura para definir a região como a ideal para a localização dentro do estado do Rio de Janeiro.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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