A greve dos servidores do CEFET precisa ter alguns pontos esclarecidos. Há que se questionar a estratégia do período escolhido. Informações dão conta que das 145 esolas de rede fedral de educação tecnológica, só duas, incluindo a de Campos, estão paradas. O movimento por conta disso não tem a repercussão imaginada, até porque para a sociedade este é mesmo um período de férias. Além disso, iniciar uma greve 10 dias antes do encerramento semestre letivo é no mínimo anti-estratégico.
É justa a reinvindicação de um reajuste neste ano de 2005. Porém, precisa ser dito, a bem da verdade, que no período entre 2003 e 2004, a categoria teve o maior reajuste dos últimos 10 anos. Com a incorporação de gratificações e correção das tabelas específicas de docentes e técnico-administrativos, o professor recebeu em dinheiro vivo (que é o que vale e não em vencimentos, etc.) uma correção que variou entre 33% e 48% de rejuste. Entre os técnicos-administrativos este percentual variou de 42% até 85%, repetindo no períodoentre 2003 e 2004.
Portanto é justa a reinvindicação de um reajuste para a ctegoria neste ano de 2005, mas, não se pode dizer que o governo Lula deu apenas 0,1% durante seu governo.
É correta ainda a avaliação de que ainda há grandes discrepâncias salariais entre as categorias, assim como grandes defasagens salariais aumentada por longos períodos de congelamentos feitos pelo governo FHC. Porém, é preciso reconhecer que não é viável para qualquer governo, recuperar em curto espaço de tempo esta defasagem.
Outra questão que tem que ser admitida é a impossibilidade da concessão de reajustes lineares a todas as categorias de uma única vez. Por muito tempo esta sempre foi a principal reinvindicação desta categoria a qual pertenço como servidor do CEFET. Observando as disparidades hoje existentes entre as categorias de servidores, tal medida significaria na prática, a perpetuação das diferenças hoje existentes entre os maiores e os menores salários. Segundo o ministério, esta relação era de 19 vezes em 2004, hoje, teria caído para 11 vezes.
É legítima e necessária uma recomposição paulatina dos salários, até com novas correções nas tabelas dos PCCS (Plano de Cargos Carreira e Salários) mas, é preciso ter discernimento sobre o limite destas possibilidades.
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