Faleceu ontem às oito da noite de enfarte em sua casa quando assistia televisão, o comerciante Jorge dos Santos, mais conhecido como Jorge da Orion. A alcunha tinha origem no nome de seu estabelecimento. Jorge foi argumento de um artigo que publiquei em 12 de setembro de 2003 na Folha da Manhã, intitulado “Viva o Café Orion”. Na ocasião o Café teve que ser fechado em função da mudança do proprietário do prédio localizado em frente ao antigo Pelourinho e da Caixa Econômica Federal, na esquina das ruas Sete de setembro com Santos Dumont no centro da cidade.
Dois meses depois Jorge reabriu seu Café Orion na Galeria do Boulevard Paula Carneiro, enquanto o antigo ponto foi também reaberto como Café-lanchonete por outro proprietário. O Café Orion recebeu importantes visitantes especialmente do mundo político que visitavam nossa cidade quando das campanhas eleitorais entre eles Fernando Henrique, Brizola e outros. No artigo escrevi: “Uma cidade viva é uma cidade que cultua sua história. A história de uma cidade é mais que prédios e praças é a história de vida das pessoas que vivem numa cidade”. Com a sua morte, Jorge que muito ouvia e pouco falava, morre também um pouco da história do centro da nossa cidade, que aliás foi tema, exatamente esta semana, de três belos eventos que discutiram sua revitalização.
Seu corpo está sendo velado na igreja Batista atrás da Comauto e será enterrado às três da tarde no cemitério Campo da Paz.
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