Conheci aquela comunidade fora do período eleitoral. A noção da realidade já descrita sobre o local me fez, junto com muitos outros campistas, comemorar a decisão do poder público municipal de construir um bairro para aquele povo. Na ocasião o impacto que tivemos foi sobre o custo da referida obra, R$ 34,8 milhões.
O número de casas construído foi de 260, sendo 107 de 3 quartos (com 77m²), 136 de 2 quartos (62 m²) e 17 com apenas 1 quarto de 51 m². O custo unitário médio foi de R$ 134 mil.
Este valor espantou não só ao TCE que demorou a liberar a autorização para a obra, mas também àqueles que, conhecedores do assunto, identificavam que o tamanho médio da casa superior a outras casas populares que mais parecem casas de pombo e também a construção de outras melhorias raramente presentes em outros empreendimentos habitacionais, como urbanização, posto de saúde, delegacia policial, três praças numa área total de 10 mil m², dois centros comerciais com 12 lojas cada um, rede de água e esgoto, centro de convivência com 375 m², centro ecumênico de 260 m² e e 15.000 m² de passeios na frente das casas.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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