Não sei se analiso corretamente os números apresentados sobre o ibope e o público presente nos estádios na semana passada. Eles indicaram que a confirmação das denúncias dos esquemas não repercutiu tão negativamente, no público, quanto os esquemas denunciados na política.
Numa primeira e superficial análise arrisco um primeiro palpite de que o cidadão brasileiro apreciador do futebol atua, neste caso, de forma parecida com o marido que sabe, mas não quer ver e nem saber detalhes, sobre a traição da mulher.
O futebol é uma das poucas alegrias e diversões a que o cidadão simples tem acesso com os pequenos salários. Se informam para ele que é tudo esquema, roubo, propina, etc., ele conclui, que mesmo assim vale à pena acompanhar, nem que seja para saber quem vai ser mais esperto nesta disputa.
Enquanto isso na política...
O cidadão no seu interior, sem necessariamente formular desta forma, já deve ter concluído: sem futebol eu não vivo, mas, sem a política, vivo melhor!
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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