I - O que será a 3ª geração de indústrias do pólo?
Resp.: Indústrias de plásticos, tintas, vernizes, comésticos, espumas, etc.
II - O que elas produzirão?
Resp.: - PVC (policloreto de vinila) tubos usados em construção e saneamento;
- Polímeros e resinas plásticas;
- Resina para garrafas PET e fibras têxteis como o poliéster;
- Embalagens plásticas flexíveis (como os sacos de supermercado)
- Tintas, vernizes, espumas para estofados, etc.
III – Qual a tecnologia?
Resp.: Tecnologia de craqueamento catalítico (quebra da molécula do petróleo) inovadora, desenvolvida pelo Cenpes (Centro de Pesquisas da Petrobras) instalado na ilha do Fundão no Rio de Janeiro.
IV – Qual o processo da 2ª para a 3ª geração da industrialização do pólo?
Resp.: O propeno é base para o polipropileno que é utilizado para embalagens flexíveis, como os sacos de supermercado; o eteno é base para o óxido de eteno, que por sua vez é insumo para alimentos e cosméticos; O paraxilano é base para o polietileno que é a resina usada para garrafas PET e fibras têxteis como o poliéster.
V – Quais os investimentos previstos e as empresas participantes?
Resp.: As empresas participantes ainda não estão definidas, mas, a maioria, são as que hoje já atuam neste segmento industrial em outras partes do país. Algumas vão apenas adquirir estas matérias primas daqui, outras, dependendo do tamanho da sua produção vão optar por se instalar e produzir por aqui, mesmo em área vizinha à UPB (Unidade Básica de Petroquímica) é a isto que se denomina Pólo Petroquímico, que esperamos seja de Guriri.
VI – E a infra-estrutura necessária?
Resp.: Pelo que está exposto acima se vê que a demanda de infra-estrutura é enorme. Água e esgoto, especialmente o esgoto industrial, tratamento de resíduos, rodovias, ferrovia e porto para recepção de materiais, máquinas e equipamentos e escoamento da produção das três etapas de produção. É perceptível, o porque do item infra-estrutura se tornar um dos principais pontos na definição técnica e econômica da localização do empreendimento.
PS.: Pelas três notas acima, percebe-se que embora seja compreensível e até ajude (dependendo da forma que atue) a mobilização política e comunitária, o trabalho que se tem pela frente é gigantesco e complexo. É indispensável a arregimentação de pessoal qualificado por parte dos poderes locais para acompanhamento e articulação com poderes públicos e privados que participarão do empreendimento, caso haja confirmação da viabilidade de Guriri. A montagem antecipada deste núcleo poderá contribuir para a definição da localização.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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