A pressa na maioria das vezes é inimiga. Entendo que é preciso cuidado com a pressa com que alguns possíveis empreendimentos estão sendo anunciados para a região. Ela pode comprometer a viabilização dos projetos.
O porto, o mineroduto e a usina de beneficiamento do minério de ferro (pelotização – transformação em pelotas) para exportação, anunciados para o Açu em São João da Barra pelo Grupo EPX, ainda carecem de licenciamento ambiental e autorização da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) para operar o porto.
É certo que a redução fiscal contribui para sua implantação, mas, a grande parte deste imposto não é estadual. O porto e mineroduto geram impostos de serviços que são municipais. O beneficiamento de minério de ferro gera IPI (impostos sobre produtos industrializados) que é federal. O mais importante é avaliar o poder de alavancagem que traz a instalação de um porto na região. Melhor ainda ele ser proposto e viabilizado com recursos privados. A instalação de um complexo logístico como o anunciado traz grandes oportunidades à economia da região e podem tornar-se a abertura de portas para o mundo não só com exportações mas também, importações.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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