Os jornais de Campos noticiaram o caminho que Claudeci estava tomando para deixar o PMDB e se transferir para uma das siglas de apoio do grupo político de Garotinho (PTC, PSC, PMN, PAN ou PSL) para as eleições do ano que vem. É perceptível a alguém com capacidade de observação mais apurada que o deputado Claudeci usou de um expediente conhecido no ambiente mais interno das hostes partidárias. Hoje o ato de filiação é feito unicamente no partido e este tem um prazo maior e posterior para informar à justiça eleitoral as novas filiações. Como o deputado sabia que a decisão do TRE em julgar o recurso de Campista e divulgar datas para uma possível nova eleição estava próxima, o deputado “deve ter providenciado uma filiação interna” a outro partido (PSC ou PMN) acordando com seus dirigentes para que estes aguardassem até o prazo máximo que o partido tem para informar as novas filiações aos cartórios sobre a decisão final de sua filiação. Em 2005 visando às eleições de 2006, este prazo se encerrará apenas na próxima sexta-feira, dia 14 de outubro. Uma pesquisa detalhada nos jornais locais da época, logicamente não vai comprovar os fatos prováveis citados acima, mas, dará indícios claros do esquema. Uma apuração mais rigorosa com os dirigentes deste partido (houve equívoco, na nota abaixo, pois o acordo teria sido com o PMN e não com o PSC) poderá demonstrar os rastros desta movimentação.
Para quem disse que os R$ 318 mil, encontrados na véspera das eleições no comitê partidário eram simplesmente contribuições que adeptos da candidatura estavam acabando de ofertar em dinheiro vivo ao candidato do PMDB, nas eleições do ano passado, sem trocadilhos, a “filiação interna” é nada mais, nada menos que “fichinha”.
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