Com todas as considerações feitas acima acerca do estudo do IBGE, sabe-se que há muito outros interesses por trás da divulgação da qualidade dos investimentos públicos feitos com os recursos dos royalties por parte dos municípios produtores.
O resultado deste estudo que acaba impactado também pela forte alta que o barril do petróleo teve nos últimos quinze meses suscita de imediato, a análise do que estaria sendo feito com estes recursos. Os municípios hoje têm alguma coisa para mostrar. Alguns mais outros menos não exatamente na mesma proporção das parcelas que recebem. No caso específico de Campos, que é o maior recebedor de royalties do país e que ficou no 6° lugar do ranking do maior PIB entre os 5.560 municípios pesquisados, o Fundecam, que já emprestou quase R$ 60 milhões a mais de trinta empreendimentos, a maior parte de empreendimento industrial, é o melhor, senão o único bom exemplo.
Ainda no caso de Campos o gargalo, é a infra-estrutura de saneamento, especialmente na coleta e tratamento de esgoto sanitário e em segundo lugar o déficit habitacional da ordem de 10 mil moradias que contribuísse para a erradicação de uma das 32 favelas do município onde vivem aproximadamente 16 mil pessoas, quase 5% da população campista.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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