Esta história é muito surreal como agora se gosta de dizer. Tomei conhecimento pela primeira vez há mais ou menos uma semana. Moradores do morro do Dendê na ilha do Governador no Rio de Janeiro estavam construindo uma piscina num terreno antes usado como lixão na favela. A polícia foi quem viu e divulgou a construção ao sobrevoar a área num helicóptero da polícia civil. Por conta do espanto, chegou a elaborar relatórios e acompanhar a execução para ver se os serviços tinham a intervenção dos traficantes de droga da área.
Tudo muito estranho. Uma obra com objetivos coletivos e certa sofisticação não tinha autorização e nem conhecimento do governo municipal. Torna-se mais esquisita a história quando vejo em jornais online de hoje, que o projeto da obra é do Rio Cidade um programa da prefeitura, embora, nem essa e nem a empresa executora das obras reconheçam. A planta da obra traz rubrica do programa e o nome da firma empreiteira.
Se já não bastasse, a firma empreiteira Pai & Filhos Empreiteira de Mão de Obra Ltda diz ter recebido do atual vereador pelo PFL e ex-subprefeito da Ilha do Governador, Wanderley Mariz a quantia de R$ 13 mil, sendo R$ 5 mil em dinheiro e R$ 8 mil em cheque de outra firma. O dono da empresa, Ricardo Resende Barbosa, garante que Mariz intermediou as negociações para construção da piscina junto com a presidente da Associação de Moradores, Fernanda Araújo.
Para nós campistas a curiosidade aumenta quando se descobre que o cheque no valor de R$ 8 mil é de uma empresa de nome Gruçaí Construtora Ltda. Como se vê há mais coisas estranhas não só entre o céu e a terra, mas, entre o poder público e as empreiteiras no Rio de Janeiro. Com a palavra César Maia ou o seu guri, Rodrigo Maia.
Tudo isso me fez lembrar aquela piada do taxista com o português: o primeiro já enjoado de ouvir o português falar das belezas e da capacidade de seu povo, não agüentou quando este ao ver aquela construção grande em formato redondo no bairro do Maracanã perguntou o que era aquilo. O taxista não perdeu tempo e como resposta informou ao português que não sabia e nem tinha idéia, porque ao passar de manhã por ali nada havia naquele espaço. Vai ser difícil para César Maia, prefeito dizer que não sabia, logo ele que cobra tanto conhecimento do Lula...
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