O coordenador do Planejamento Estratégico da cidade do Rio de Janeiro e que chegou a ser convidado a expor sua proposta para atuar como consultor em 1997 no Planejamento Estratégico de Campos, Rodrigo Lopes, é agora o defensor da região de Itaguaí na disputa com o Norte Fluminense pela micro-localizção do Pólo Petroquímico.
Ele que já foi secretário estadual da Indústria, se não estou enganado, no governo Marcelo Alencar e também presidente do Pólo Siderúrgico de Itaguaí, atuou como técnico no debate havido na sexta-feira na ACRJ (Associação Comercial do Rio de Janeiro).
Lopes jogou pesado no debate defendendo Itaguaí e falando das desvantagens que a nossa região teria. Além de alardear um número que ninguém sabe ainda da onde saiu de que os custos com logística e infra-estrutura aqui demandaria mais US$ 900 milhões, o consultor, disse que a refinaria vai gerar como subproduto do petróleo, o coque que é usado em siderúrgicas. Desta forma, a CSN que está instalada em Volta Redonda e a outra siderúrgica que o grupo Tyssen projeta para Itaguaí em consórcio com a Vale do Rio Doce, além da Cosigua do grupo Gerdau tornaria ainda mais interessante a localização da refinaria em Itaguaí.
Lopes chegou a citar o número de 700 mil toneladas por ano de coque o que significaria um fluxo de 70 mil caminhões circulando pelas nossas estradas transportando estes subprodutos, fora as 3 milhões de toneladas da produção principal da UPB Unidade de Petroquímica Básica.
O consultor exagerou na dose de seus argumentos. Nossa região tem estrada de ferro que será ampliada com bitola larga para o aumento da velocidade das locomotivas que complementarão o transporte que será feito pela BR-101 ampliada.
Quanto às facilidades de um porto, o do Açu, que está sendo projetado para exportação de minério, poderá ser adaptado para uso das empresas do pólo petroquímico. Para finalizar o consultor tem que lembrar que toda a facilidade de logística que ele pensa ter em Itaguaí só fará adensar ainda mais uma região já conurbada em que o próprio espaço reservado há vinte anos atrás para uma refinaria já foi em grande parte ocupado para outras finalidades.
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