Interessante artigo no site "Política para político" fala das implicações do uso da mídia pelos gestores. Trecho recortado abaixo que você pode ver completo aqui.
"Não é novidade a consideração de que a política, no mundo contemporâneo, passou por uma metamorfose no sentido de sua midiatização. Entretanto, na maioria das vezes, o significado do termo midiatização não é compreendido com a abrangência devida. O processo denota muito mais do que a ocupação de espaços de propaganda nos veículos de comunicação. Antes disso, significa mediar (a palavra mídia deriva do inglês media e midiatização vem do italiano mediatizzazione), ou seja, citando Salvatore Constantino em "Il Conflito per la visibilitá: Transformazione della comunicazione politica", "passar do (im)ediato ao mediato, do contato direto à 'representação substitutiva' do evento político". Na sociedade, tal fenômeno constitui-se na comunicação por meio da mídia de massa (mass media), no contato dos cidadãos com eventos aos quais eles não têm acesso direto e imediato.
Assim, pode-se dizer que um governo "acontece" em dois planos: o plano imediato (aquele no qual as pessoas vêem a obra e percebem diretamente seus benefícios) e o plano mediato (a "representação substitutiva" da obra ou do evento político). O segundo dificilmente sustenta-se sem o primeiro, que, no entanto, se dissipa e se dissolve sem aquele. Os governantes - habitantes do mundo imediato - sempre lutam contra o risco de uma visão distorcida sobre sua própria performance administrativa e realizadora. Eles vêem o governo que "realmente acontece", mas não necessariamente o que é percebido de maneira mediatizada pelos cidadãos".
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