Retirei apenas três pontos da sua análise que achei mais interessante. Quem quiser ler na íntegra clique aqui.
Ela disse que o mais interessante na entrevista foi “a postura, o jeito, a forma de se colocar, enfim, tudo o que foi possível ler (ver?) nas entrelinhas. Para mim, muita coisa ficou clara dessa forma. Por exemplo:
1. Lula é candidato, candidatíssimo, mais candidato não podia ser. A conversa de que terá até o meio do ano para se decidir é um bom lero, que lhe serve muito bem para se preservar. Vai sendo candidato sem dizer que é candidato, e aí pode usar e abusar de uma candidatice não oficial, ou seja, sem a vigilância da Justiça e da opinião pública;
2. Só que não vai dar pra segurar muito não. É que o presidente não precisa se desincompatibilizar para concorrer, mas os outros sim. Ou seja, se Lula não for candidato e tiver que indicar um outro em seu lugar, este sujeito, que dificilmente será alguém de fora do governo, terá que deixar o cargo até 31 de março. Por exemplo, Ciro Gomes, que hoje é ministro;
3. Lula mostrou claramente qual será seu discurso de campanha. A economia vai ser o carro-chefe de tudo, e ele vai insistir o tempo todo em comparar números de seu governo com os do tucanato - e em matéria de crescimento, emprego e distribuição de renda, ele parece estar na frente. Assim, acha que dá um jeito de escapar daquele tema desagradável da corrupção. Bom, a estratégia é essa, nitidamente. Se vai colar, não sabemos.
De qualquer forma, Lula não se saiu mal. Foi uma entrevista de candidato, um dos primeiros atos de uma ofensiva de mídia que o presidente vai fazer a partir de agora, com entrevistas, viagens, inaugurações e muito palanque. Tudo antes de a campanha começar de verdade”.
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