Em mais uma matéria que o jornal O Globo traz hoje sobre o problema da desordem urbana na capital que alguns preferem chamar de “postura”, é feita uma entrevista com o conhecido sociólogo Luiz Cezar de Queiroz Ribeiro, professor do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (Ippur) da UFRJ que diz que não basta só multar para combater a desordem urbana. Ele defende:
“O mecanismo mais eficaz é o Executivo e o Legislativo promoverem fóruns, chamando a população a debater questões que dizem respeito a seu dia-a-dia e a apresentar sugestões. É preciso criar uma cultura participativa. Na nossa sociedade prevalece uma certa concepção de que se ater a normas não é muito bom. Estamos num país em que as normas nem sempre acompanham os costumes. Outra questão é que há pessoas que aceitam correr riscos, porque sabem que a prática de multar não é sistemática, constante. Logo, é preciso buscar mais legitimidade nas normas para que elas sejam cumpridas”.
As receitas do sociólogo César Queiroz para a capital onde há um Departamento de Controle Urbano que aqui chamam de Postura Municipal caem como uma luva para os nossos problemas na área urbana que já não são tão diferentes da capital, com bicicletas na contra-mão e estacionadas em qualquer lugar, os famigerados carros de som, comércio ambulante sem controle, bancas de jornal no meio das calçadas, outdoors em profusão, etc. Vou relembrar, é preciso conversar e buscar soluções compartilhadas.
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