Talvez seja reflexo ainda do temor citado na nota anterior, mas na rede a gente acaba fazendo cada descoberta. Veja mais esta que talvez caiba bem nesta véspera da “nossa” (de quem?) eleição: a pérola é de Sérgio Rodrigues, articulista do web-site “No Mínimo” que ele chama de série e intitula como “Estudos para um dicionário político-comportamental possível”.
Propaganda
13.03.2006
Da próxima vez que você ouvir falar de propaganda eleitoral – oficial ou disfarçada de “prestação de contas do governo”, tanto faz –, pode achar instrutivo lembrar que a palavra “propaganda” nasceu de batina, com o Evangelho numa mão e um crucifixo na outra.
Propaganda foi a forma reduzida pela qual ficou conhecida a Congregatio de Propaganda Fide, a Congregação para a Propagação da Fé, criada em 22 de junho de 1622 pelo papa Gregório 15 numa tentativa de centralizar sob o comando da Santa Sé a então intensa, mas muitas vezes difusa, atividade missionária nos quatro cantos da Terra. Isso mesmo: a Propaganda nasceu com a missão de evangelizar o mundo infiel.
Mais tarde, com a propagação (o trocadilho é intencional) da palavra “propaganda”, o leque de produtos à venda acabaria ampliado de forma quase infinita: de sabonetes a ideologias, de modismos a candidatos. Mas o primeiro de todos foi Jesus Cristo.
Espero que isso não represente nenhum tipo de vantagem para Anthony Garotinho.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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