O grupo EBX que projeta construir um mineroduto, uma unidade de beneficiamento de minério de ferro e um porto para exportação na localidade do Açu em São João da Barra está no meio da confusão havida ontem na Bolívia na região de fronteira com o Brasil. Por lá o grupo empresarial que tem na frente Eike Batista viu a obra de construção da siderúrgica que tem investimentos de US$ 150 milhões sofrer embargo do governo boliviano.
Na cidade boliviana de Porto Soares na fronteira entre os dois países a obra da siderúrgica já bastante adiantada carece, segundo o recém-empossado presidente da Bolívia Evo Morales, de licenciamento ambiental. O caso criado pelo presidente de origem indígena não é o primeiro que envolve investimentos brasileiros. Desde à época de campanha há grande preocupação com a possibilidade de Moralles determinar a nacionalização de todos os empreendimentos ligados ao setor petrolífero. Caso persista o impasse o grupo EBX terá dificuldades de arrumar parceiros, ainda não confirmados, para tocar o projeto do porto do Açu. A irritação do presidente boliviano foi conseqüência do que ele chama de intervenção de assuntos internos no seu país por parte da empresa que teria ajudado a organizar a manifestação contra o governo na cidade da fronteira. Acompanhemos os desdobramentos.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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