"João Amaro está tenso. Vai ao quarto do filho de cinco anos e vê que a febre, como de costume, em toda véspera de seu embarque para a plataforma está de volta. João percebe que o filho, toda a vez que isto se repete a cada 35 dias, finge dormir. Propositalmente não abre o olho como se não quisesse aceitar a despedida pelos próximos quatorze dias. João engole seco, beija a face da esposa, levanta a mochila, suspira fundo e vai em frente..."
O trecho acima é o primeiro do meu último artigo publicado ontem no jornal Folha da Manhã. Acabei de também postá-lo na seção "Meus últimos artigos" ao lado. Se desejar ler o artigo completo clique aqui.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
2 comentários:
Olá Roberto,
como estou embarcado e por aqui não consigo comentar no seu blog, gostaria de lhe dizer que seu artigo sobre os petroleiros da Bacia de Campos foi muito feliz.
Os vários manifestos sobre a auto-suficiência que tive oportunidade de ler recentemente sempre direcionam maior ênfase ao corpo de engenheiros da Companhia e de certa forma obscuressem o magnífico papel dos milhares de técnicos especializados, mecãnicos, eletrecistas, caldereiros, soldadores, planejadores, secretários, operadores de rádio, marítimos (mestres de cabotagem, comandantes de embarcações, ajudantes de movimentação de carga, etc), dentre inumeráveis outras funções hoje atuantes nas aproximadamente 60 plataformas, que diuturnamente se esforçam na busca por novas metas sem perder o rigor da conquista, numa profusão incomum de compartilhamento dos sacrifícios pessoais e coletivos em nome da autonomia energética da nação, que se encontra cada vez mais diante de um mundo incerto e globalizado. Diga-se de passagem: uma visão ainda pouco percebida pelos donos da dita "opinião pública" e da cidadania brasileira em geral.
Forte abraço,
Luiz Felipe Muniz de Souza
(PS.: Postado pelo blogueiro a partir de e-mail)
Olá Felipe,
Saiba que o conteúdo dele vem desde minha pesquisa para o mestrado na Coppe/Ufrj em 1992 quando estudei o trabalho off shore, com ênfase no operador de produção e no impacto que as inovações tecnológicas estavam produzindo sobre o seu trabalho.
Obrigado pelo comentário e bom serviço!
Abraço,
Roberto Moraes
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