Na questão da localização do pólo petroquímico constato um efeito interessante. Esta observação pode ser apenas uma impressão pois não se trata de uma pesquisa de opinião com o rigor científico e estratificação da amostra a ser pesquisada.
Percebo que na maioria da população bem colocada socialmente há até um certo alívio e, no mínimo, um desdém com a não escolha de Campos como sede do empreendimento. Nas classes mais baixas, embora a notícia ainda não tenha sido absorvida em grande parte, o que há é lamentação pelas oportunidades que imaginavam com a implantação da refinaria.
Seria interessante que algum insituto de pesquisa pudesse avaliar cientificamente esta opinião. Como quase tudo na vida há um lado positivo e negativo do fato. O negativo é ver que ainda há uma tendência das pessoas terem uma avaliação sempre maniqueísta das situações dividindo-as entre bem e o mal sem aprofundar numa análise mais complexa. O lado bom é que talvez seja possível identificar que a questão ambiental tem passado a ser uma preocupação crescente. Tudo isso não pode abandonar também aqueles que, escondidos atrás deste argumento querem mesmo é distância dos pobres...
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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