Não se trata do magnífico filme com a Demi Moore e Roberto Redford. Ela vem da Google. A empresa ofereceu à nossa Biblioteca Nacional, sem nenhum custo para a instituição, a digitalização de 2 milhões de volumes do seu acervo. A iniciativa faz parte do projeto chamado de Google Print e neste caso específico significa um aporte de US$ 10 milhões ou R$ 22 milhões.
Numa época como a nossa em que o acesso virtual é cada vez maior não se têm dúvidas de que a tentação em aceitar a oferta seja enorme. Mas, a questão parece ser mais complexa quando analisada sob o ponto de vista do monopólio e do patrimônio cultural de diferentes povos do planeta. Por outro lado, a iniciativa poderá facilitar como nunca a democratização do acesso. Ou seja, a proposta, a exemplo daquela feita por um magnata no filme, poderá resolver alguns problemas, mas também poderá criar outros talvez até maiores que os primeiros.
O assunto será discutido no Rio de Janeiro na próxima segunda e terça-feira no Teatro Maison de France no evento chamado pelo pomposo nome de Colóquio Internacional – Biblioteca Digitais.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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