Eis que surge o mostrengo

Nunca fui contra a nova ponte sobre o rio Paraíba do Sul. O que fui e continuo sendo contra é sobre sua localização e, ainda mais especialmente contra, as conseqüências da época da sua implantação, antes da construção de outras pontes que deveriam auxiliar a desviar, como prolongamento de vias perimetrais, o trânsito da área central da cidade. Alguns vão comemorar como sendo progresso a instalação de um primeiro viaduto na cidade na cabeceira das pontes, outros como eu, não contrário ao desenvolvimento, mas com uma visão diferente dele, veremos este mostrengo de concreto como uma forma de atrapalhar a bela vista que hoje temos do rio Paraíba do Sul e ainda do tumulto que tenderá a trazer para a área central da cidade. Veículos e pessoas que hoje saem do centro para alcançar Guarus pela rua dos Goitacases ou pela rua Rocha Leão, entupirão ainda mais o já tumultuado trânsito na hora de rush na beira-valão com repercussão na rua Formosa, Saldanha Marinho, avenida 28 de março e adjacências. Se o município desejar não mais ser invadido por decisões que não sejam do seu interesse, precisará fazer o dever de casa elaborando um novo e bom Plano Diretor e depois regulamentando devidamente a Lei que rege a exigência da realização de um Relatório de Impacto de Vizinhança para obras de porte que mexem com a vida do cidadão, como esta. Enfim, eis aí o mostrengo de concreto.