Só agora tive tempo de complementar com este texto a nota anterior. Como pode ser observada nas fotos ao lado e abaixo, elas foram feitas no meio da rua dos Goitacases de dentro do meu carro. Dentro do longo engarrafamento aguardei pacientemente, se é que se pode ser completamente paciente em meio a um trânsito lento quase parado. Próximo de sair da rua que desemboca na rua do Goitacases para seguir em direção ao parque Prazeres em Guarus fui lentamente avançando.
No sinal desta esquina, da rua do ex-governador, com a rua do Gás, que já não estava sendo mais obedecido e também não havia controle e nem sequer a presença de algum membro da Guarda Civil Municipal. Quando chegou a minha vez de acessar a rua do Gás em direção à ponte, os carros que já vinham desta rua desde a sete de setembro não davam espaço para o acesso. Por conta disso, não tive alternativa a não ser ficar a esquerda na rua que tem mão dupla até a subida da ponte. O trânsito até então estava retido nos dias sentidos. Quando o trânsito voltou da ponte em direção ao centro um caminhão de cana não conseguiu passar porque eu estava junto a outro carro em fila dupla.
Até que o trânsito fluísse em direção a Guarus não houve solução porque os carros não davam espaço para o retorno à pista da direita. Conclusão: virei culpado segundo um guarda municipal pela retenção. Acintosamente fez questão de dizer que estava me multando. Não discuti. É possível que estivesse errado, mas o sinal da esquina precisava ser obedecido além da necessidade de se ter o controle de um guarda municipal que, ao invés de assim proceder, preferiu continuar a buscar culpados.
O trânsito de nossa cidade já conta hoje com mais de 100 mil veículos licenciados. A cada ano há um aumento de 5% neste volume. Faz-se uma estimativa de que até 2020 o município alcance o dobro do número atuais de veículos ou 200 mil veículos licenciados. Se não houver mudanças de atitudes que leve em conta este número caminharemos a passos largos para aumentar o tempo de deslocamento das pessoas dentro da área urbana. Nosso planejamento urbano e viário é precário e tem momentos que a gente julga que se age olhando para trás e não para frente.
Antes que alguém pense que estou a “chorar” a retirada da multa (ato comum como moeda de troca eleitoral ou fisiológica na cidade) afirmo que ao recebê-la usarei estes argumentos para um recurso. Se a junta recursal negar o pedido ou faço o recurso a um nível superior ou tomo a decisão de pagar. Mesmo me sentindo prejudicado prefiro esta atitude ao famoso “jeitinho”.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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