Está aumentando a aproximação entre estes dois entes. O fato já não se dá apenas aos políticos ligados às igrejas evangélicas. A igreja Católica também com suas diferentes tendências e grupos parece querer tirar a diferença com contra-ofensiva em diversos atos. A imprensa noticiou que o candidato do PSDB orientou a sua assessoria a marcar em todas as visitas aos redutos eleitorais uma audiência com os bispos locais.
O fato não se dá apenas a nível nacional. Por aqui, o alcaide não desgruda de levar a tira-colo o bispo tradicionalista Fernando Rifan aos atos e inaugurações oficiais. Particularmente nada tenho contra o fervor e a fé de quem quer que seja, inclusive de políticos, mas não posso achar bom negócio esta aproximação.
O poder é laico, assim determina a constituição. Imagine se um munícipe, com credo diferente do prefeito, quiser que sua religião esteja também representada nestes momentos. Por isonomia, o poder será obrigado a transformar os atos religiosos em manifestações ecumênicas. Melhor é separar as coisas entendendo e praticando o que é direito do que é dever!
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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