Não sei quem ganha ou perde com as novas decisões do TSE. Aliás, ainda nem entendi o que foi decidido, mas não posso julgar isso como algo positivo para o país. Aproveitando a ocasião da Copa podemos usar uma não mais original metáfora futebolística: não é possível mudar as regras com o jogo em andamento. Faltam menos de quatro meses para as eleições de outubro. Pouco mais de vinte dias para o limite máximo de prazo para a realização das convenções.
São absurdas estas mudanças de última hora. A instabilidade que ela gera não é compatível com a ainda infantil democracia em que vivemos. Lembro mais uma vez o futebol que legitimou a interpretação de que, o bom juiz é aquele cuja participação passa despercebida.
Lamentável que esta maluquice venha à tona no mesmo dia em que o STF tomou uma das decisões mais cidadãs dos últimos tempos: a que reconheceu que a relação do sistema financeiros com seus clientes é uma relação de consumo e como tal sujeita ao valoroso Código de Defesa do Consumidor. Voltando à questão das regras eleitorais, ainda acho que dificilmente ela se sustentará. Aguardemos.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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