Já espanta os gestores públicos das cidades da região, esta importação cada vez mais acentuada de mão-de-obra vinda especialmente do norte de Minas Gerais e do sul da Bahia. Em Quissamã se diz que, na localidade de Santa Catarina, muitos dos que vieram para o corte da cana-de-açúcar no ano passado permaneceram na localidade atraídos, não só pela oportunidade do corte da cana num período de seis meses do ano, como no recebimento de ajuda assistencial dos programas públicos municipais, escola para os filhos e assistência médica.
O mesmo fato já possível ser notado nos bairros da periferia de Campos. Tal fato já deverá aparecer com algum destaque no próximo censo do IBGE previsto para ocorrer daqui a quatro anos.
Antes que levantem questionamentos, lembro que não estou aqui propondo nenhum tipo de medida do tipo fechar a cidade, despachar de ônibus os "invasores", etc., apenas coloco o problema à mesa para ser discutido. O Plano Diretor que está sendo elaborado não pode desconsiderar este fato. O inchaço das comunidades de baixa renda poderá não estar mais ligada ao êxodo rural interno havido no início da década de 80, mas ao fluxo conseqüente da busca do trabalho rejeitado pelos nossos desempregados.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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