Não resta dúvida que a ausência de Lula, o líder nas pesquisas, torna o debate menos atraente. Alguém já disse que no Brasil, embora muitos não saibam, o mandato é de oito anos com um plebiscito no meio, para a população opinar se quer que ele continue ou não.
Por isso, a oposição pode pular, mas vai ser sempre difícil um candidato à reeleição, com liderança folgada, contrariar todos e todas e participar de um debate para se oferecer a ser alvo de todos os candidatos. Foi exatamente isto que aconteceu neste debate insosso desta segunda à noite na Rede Bandeirantes.
Além do mais, me perdoem, mas, ter que aturar Bivar e Emayel é demais. Se a cláusula de barreira não segurar, a partir da exposição, que estes candidatos de partidos nanicos estão tendo nesta eleição, na próxima será uma festa de gente querendo aparecer todos os dias em todos os telejornais.
Analisando friamente, não terá cadeira vazia que convencerá líder de pesquisa, com grande vantagem, participar de debate no primeiro turno. Nem aqui e nem na China, ou melhor, lá não precisa de debates, a escolha é feita pela burocracia partidária.
A esperança dos concorrentes de forçarem um segundo turno com Lula começa efetivamente hoje com as propagandas eleitorais. Debate com Lula só se houver segundo turno.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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