"Já o pesquisador da Faculdade de Medicina da USP José Eduardo Delfini Cançado, lembra que o efeito estufa não é o único fator a ser observado. Um estudo de sua autoria publicado pela revista americana 'Enviromental Health Perpectives', mostra, com base na pesquisa da Esalq e dados do SUS (Sistema Único de Saúde), que o risco de internação de crianças e idosos por doenças respiratórias é 3,5 vezes maior em períodos de safra, excluídos os efeitos da umidade do ar e da temperatura. - O álcool é um excelente combustível renovável e muito menos poluente que a gasolina e o diesel. Mas quando você queima a cana para fazer o álcool, você melhora a qualidade do ar nos grandes centros urbanos e piora a do interior - diz".
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
quarta-feira, agosto 23, 2006
Álcool solução de um lado, problema de outro...
"Apesar do álcool ganhar cada vez mais adeptos no Brasil e no exterior por ser considerado um "combustível limpo" e mais barato na comparação com a gasolina e o diesel, seu processo de produção ainda deixa muito a desejar em termos ambientais".
"Um estudo da Escola Superior de Agricultura da Universidade de São Paulo (Esalq/USP) feito em Piracicaba - responsável por 39% da plantação de cana-de-açúcar do estado - mostra que a quantidade média de partículas poluentes no ar da cidade é de 56 microgramas por metro cúbico ao longo do ano. O máximo permitido pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) é de 50 microgramas, mas a quantidade chega a exorbitantes 89 microgramas na época da safra, caindo para 28 microgramas fora do período de colheita. A Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo chegou a proibir a queima da palha da cana temporariamente nas regiões de São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Araraquara e Barretos, em razão dos baixos índices de umidade relativa do ar".
O texto acima é parte da matéria "Álcool: o "combustível limpo" que também faz fumaça e polui" do Globo Online feita pelas jornalistas Juliana Rangel e Sabrina Valle. Ela trata de um assunto que já nos referimos aqui os problemas que podem ser ampliados com o aumento da produção de cana-de-açúcar para atendimento do aumrnto da demanda de álcool. A reportagem reforça a necessidade de se elaborar rapidamente, nas regiões produtoras, o EIA e o RIMA que será verificado por este aumento. Planejamento mais uma vez é a chave deste processo. Leia a matéria na íntegra aqui.
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