Os números abaixo são sempre de dezembro de cada ano:
Em 1997, Campos tinha 45,8 mil empregos x 40,0 mil em Macaé;
Em 2001, Campos tinha 47,4 mil empregos x 54,0 mil em Macaé;
Em 2005, Campos tinha 59,2 mil empregos x 63,2 mil em Macaé.
Não se pode comparar diretamente os dois municípios. Eles possuem realidades bastante distintas. Macaé hoje possui a maior relação do país entre empregos formais (com carteira assinada) e o número de habitantes em função de ser a sede da Bacia de Campos. O número de empregos formais em Macaé é maior do que a própria PEA (População Economicamente Ativa) o que é explicável pela quantidade expressiva de gente que, apesar de lá trabalhar, mora em outros municípios, estados e até países.
O interessante é que este fato faz de Macaé, um paradoxo: É o município com maior número de empregos proporcionais à sua população dentre os 5.571 municípios brasileiros, e, ao mesmo tempo, ostenta na sua população, um índice de desemprego em nível, pelo menos igual ao da média brasileira. Aliás, seria interessante que poder público local e/ou algum pesquisador se dispusesse a coletar a informação do número de desempregados no municípioem Macaé.
Quanto à Campos registra-se que o crescimento dos empregos formais se deu mais pela formalização, do que pela abertura de novas vagas de trabalho. O que contribuiu para isso foi a pressão exercida, especialmente pelo Ministério Público do Trabalho sobre o setor agropecuário. Registra-se ainda o crescimento do emprego no setor de educação, saúde e construção civil.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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