A carta de FHC não teve outro motivo que não o de segurar a boiada. Boa parte da base - se é que o PSDB tem isso - está cada vez mais desgostosa com os rumos que as lideranças estão dando ao partido. Os líderes paulistas sabem que será difícil segurar uma possível união entre os partidos, no período pós-eleitoral, quando haverá uma arrumação como conseqüência dos partidos menores que serão atingidos pela cláusula de barreira.
Alguns falam que com oito anos de FHC e mais oito de Lula, o jogo fica zerado. No Ceará as coisas se complicaram, assim como no Paraná, no Rio de Janeiro, etc. FHC com isso, tenta também assustar Aécio Neves, ao mostrar que naquilo que depender dele, a disputa para 2010 será novamente entre PT e PSDB e aí considera que a vez é do PSDB e não de um acórdão que possa sair com Aécio na cabeça, mas, em outro partido que poderia ser o PMDB.
FHC com o bilhete (não sei sua cor) também tenta defender o seu patrimônio, já que ninguém faz isso por ele. Em 2002 nem Serra, o candidato do PSDB, defendeu seu governo, agora nem se fala, o que menos Alckmim quer é tocar neste assunto, fala até da polícia e do PCC e não de FHC. Porém, a mais pesada crítica que FHC tomou foi a do Lembo, o mesmo que cunhou a alcunha da “elite branca” ao dizer que escrever carta é "coisa de velho". FHC podia descansar em paz sem precisar ouvir isso, mas, parece que o seu jeito de imperador não lhe permite. Aliás, cruel, a comparação entre FHC e Juliana Paes que para aparecer um mostrou a carta, enquanto a outra exibiu cara. A diferença foi apenas um t, minúsculo!
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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