Eu corroboro com a idéia da nossa cidade ter um Centro de Convenções à sua altura como, a CDL, Firjan, Cefet e diversas outras entidades que subscritaram o abaixo-assinado entregue ontem ao prefeito Alexandre Mocaiber.
Apenas, mais uma vez, chamo a atenção, como já havia feito em nota neste blog do dia 31 de julho (veja aqui) chamando a atenção sobre os custos. Os R$ 22 milhões que estão falando é para a compra do imóvel ou os custos para adaptação do prédio do ex-supermercado ou o total previsto de gastos para se ter o centro?
Precisamos de um Centro de Convenções amplo, flexível para diferentes tipos de eventos, mas, temos que ter cuidado com os gastos públicos.
Lembro que Macaé construiu o seu espaço em tempo recorde de seis meses a um custo de R$ 20 milhões. O município do Rio de Janeiro está gastando para fazer um centro de convenções com 42 mil m² de área construída, dois pavimentos, dois mezaninos, garagem subterrânea com 370 vagas e um edifício tombado de três andares, a quantia de R$ 28,7 milhões de um custo tal de RS 46,7 milhões.
Se a junção do custo de aquisição e reformas de adaptação ficarem caras demais, lembrem que há uma área vizinha ao estabelecimento em questão, que pode ser desapropriada e construída. Por isso, a questão do valor da aquisição e do custo para sua adaptação pela municipalidade precisa ser bem avaliada. Bom que se pegue parte da obra pronta, mas não se pode pagar um valor alto demais por isso. Se já esperamos até aqui, podemos esperar um pouco mais para ver o nosso Centro de Convenções pronto. Faço uma aposta: ameace deixar a compra do prédio do hiper de lado e construir na área vizinha, que o preço abaixará do valor que estão pedindo, em 30% quem sabe até 50%.
Não se pode despender dinheiro, para além do que seria razoável, para um negócio que pode não ter, muitas alternativas, de utilização e cujo custo possa ser coberto por outra solução.
Esta nota pretende mais uma vez auxiliar as autoridades e os representantes da sociedade a fazerem uma reflexão mais profunda para uma tomada de decisão mais sustentável, sobre o uso dos recursos públicos que como tal tem que ser entendido, como sendo de todos e não como sendo de ninguém. E que ao final, o bom-senso prevaleça!
PS.: As fotos abaixo são do projeto do Centro de Convenções da Cidade Nova da Prefeitura do Rio de Janeiro. Se quiser ver mais detalhes e ver vídeo sobre o projeto clique aqui.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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