Segundo o professor Aristides Soffiati, a Mata do Carvão é uma floresta do tipo estacional, que perde folhas na estação seca. Elas se estendem do Nordeste do Brasil ao Norte-noroeste fluminense. No estado do Rio de Janeiro, por se situarem em terras baixas e pouco elevadas, elas foram historicamente dizimadas. Restaram alguns tufos no norte-noroeste fluminense.
O maior deles é o da Mata do Carvão, onde se encontra ainda a rara peroba-de-Campos (Paratecoma peroba). Com uma área de 1.000 (mil) hectares, a Mata do Carvão foi estudada por pesquisadores da Uenf com documentários de fotos sobre a fauna e flora remanescente na mata. Ela vem sofrendo, paulatinamente, um processo de redução com ocupação de suas áreas para o plantio de cana-de-açúcar e instalação de pastos por parte dos proprietários rurais vizinhos.
Atribui-se a políticos locais, a responsabilidade maior pela destruição gradativa dos recursos naturais extraídos da mata. Consta que, o IEF sabe perfeitamente, que o principal desmatador é o senhor conhecido como Márcio da Carretinha que explorou ou explora toras de madeiras especialmente, peroba-de-Campos, extraídas da mata.
Tiveram coragem de levar o lixão para a reserva
Neste processo de degradação ambiental desta importante reserva, o mais incrível foi constatar que, a própria prefeitura municipal do município de São Francisco do Itabapoana, onde se localiza toda a mata, lá instalou o lixão da cidade. Há informações de que a prefeitura local tenta obter autorização da Feema para implantar uma unidade de lixo reciclável no município. Este blog não conseguiu informações sobre a localização.
Recentemente foi criada por decreto da então governadora Benedita da Silva, a Estação Ecológica Estadual de Guaxindiba. Consta que haveria no IEF um projeto engavetado de demarcação, preservação e recuperação da mata e do seu entorno que teria sido abandonado pelo atual governo.
As imagens aqui mostradas permitem uma análise razoável das condições atuais da reserva, vista da estrada que liga a localidade de Ponto de Cacimbas, ao balneário de Buena que corta a referida Mata, que é onde está instalado o Lixão do município. Ainda há tempo de salvar o que resta da Estação Ecológica Estadual de Guaxindiba. Espera-se ação das autoridades competentes: IEF, Feema, Ibama, PMSFI e do governo estadual.
PS.: Veja aqui um vídeo em que o blogueiro ao tirar estas fotos é atacado pelas moscas do Lixão.
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