Este é o título do texto publicado ontem pela Folha de São Paulo, pelo seu ombudsman, Marcelo Beraba. Vale a leitura para se começar a entender o que se passou nesta eleição:
"O rolo compressor"
“Terminada a campanha, é de se imaginar que os ânimos arrefeçam e que, aos poucos, seja possível uma avaliação menos passional do papel da imprensa nesta eleição. Há questões que ficaram no ar a exigir estudo e reflexão. Uma primeira questão é a da influência: que poder ainda resta aos meios tradicionais (rádios, jornais, revistas e TVs) na formação da opinião pública e na opção eleitoral?”
“Os palpites oscilaram conforme o humor dos fregueses. Houve quem tenha visto nos meios os protagonistas de um golpe contra a reeleição. E houve, não necessariamente outros, os que chegaram à conclusão de que os meios tradicionais já não têm importância. Amordaçá-los ou depreciá-los? E a internet e os blogs, que papel tiveram de fato? Luis Nassif avaliou que estas eleições marcaram "o fim do poder absoluto da grande mídia sobre o mercado de opinião brasileiro".
“Será que havia antes um poder absoluto? E será que o poder que tinha realmente chegou ao fim? A esperança é a de que, com um pouco de distanciamento, consigamos fugir dos extremos e seja possível entender que papel a imprensa está tendo e que erros e acertos cometeu”.
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