Greve de pilotos na Europa é moderno. Operação tartaruga dos controladores de vôo no Brasil é atraso. Greve de maquinista na Europa é luta pelos direitos, no Brasil é falta de pulso. Greve dos transportes na Europa é lockout, greve... no Brasil... é apagão!
Não vou ser simplório, mas não desejo que também, o sejam. Na verdade, precisamos não ter mente de colonizados. Os infortúnios gerados por qualquer interrupção de transportes são indesejados e repudiados, em qualquer lugar do mundo. Na Alemanha, às vésperas da Copa do Mundo, movimento semelhante causou transtornos ainda mais sérios e ninguém, ou muito poucos, aqui ou lá acusaram, as autoridades alemãs de incompetentes ou a organização do movimento de oportunistas.
Verdade que a situação dos controladores só agora têm a visibilidade que antes não aparecia. Portanto, é compreensível, que tanto os trabalhadores do setor, quanto às próprias autoridades aproveitem a oportunidade e se aprofundem em soluções de médio e longo prazo, tanto para impedir novas e iguais paralisações, quanto para garantir mais e melhor segurança de vôo para os usuários.
De nossa parte, que aprendamos a conviver, de forma democrática e menos intolerante, mesmo que, no caso, sejamos vítimas, como os passageiros. Afinal, para voar, basta ser poeta como Quintana porque “Todos esses que aí estão, atravancando meu caminho, Eles passarão... Eu passarinho!”
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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