quarta-feira, novembro 08, 2006

Pelo avesso e debalde

Praticamente todas as colunas locais já registraram o lançamento do livro do Saulo Peçanha, na próxima quinta dia 9 de novembro, no Café Literário, no Palácio da Cultura: “A Imprensa de Campos pelo avesso - 400 gafes e pérolas”. Este simples blog apenas reitera o convite para amanhã. Vale a presença e a conferida para prestigiar o jornalista que já faz história, com registros na edição de dois volumes de livros com casos de Anedotário Político de Campos e região. Este blog porém faz mais: depois de trocar e-mails com o autor, sobre o lançamento do seu livro e meu empenho para a preparação do livro sobre o Goytacaz, recebi a confidência de um dos casos presentes neste novo livro que une a imprensa com o time da rua do Gás: “Corria o ano de 1942 e o Goytacaz caminhava para a conquista do tricampeonato, o que o Americano tentou evitar, a todo custo, já que era até então o único detentor de tal título. Na Liga Campista, foi criado um terceiro turno, que não existia, para desespero de José Gabriel, Jacinto Simões e Laert Campos. O Goytacaz foi enfrentar o Aliança, no campo do Americano. O alvi-anil estava em má situação, com três dos seus melhores jogadores sem poder atuar: Catosca e Negrinhão, com contusões sérias. E Calombinho, que perdera um filho. Mas São Pedro veio em socorro do Goytacaz e pesadas chuvas começaram a cair na sexta-feira. No domingo, o campinho do Americano, na rua São Bento (hoje Barão de Miracema), estava uma lagoa. Como, para o Americano, era importante que o Goytacaz jogasse desfalcado, os seus diretores, descalços e de calças arregaçadas, tentavam desesperadamente, no início da tarde, dar condições ao gramado. Todos empunhando baldes, trabalharam duro. Mas quando chegou a hora do jogo, o juiz, vindo do Rio, deu o campo como impraticável, apesar dos discursos de protesto de Nelson Martins. E a manchete do Gumercindo na Folha do Comércio, na terça-feira, foi a seguinte: “Debaldes foram os esforços”.

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