O Carlos A. A. de Sá que heroicamente edita, com regularidade o periódico são joanense com informações e debates de questões sobre o município que leva o nome da publicação “São João da Barra” levanta, neste último número, questões importantes a serem prevenidas sobre os impactos do empreendimento.
Antes quero agradecer, se é que o Calos Sá lê este blogueiro, pelo envio sistemático dos exemplares com o qual já andei colaborando com artigos e notas. Sá se reporta a problemas de silicose em trabalhadores e/ou moradores do porto similar da emresa Samarco em Ubu, na cidade de Anchieta, vizinha de Guarapari. Na verdade, acho que ele se referia a siderose que é decorrente do trabalho com derivados do minério de ferro.
Outro problema sobre o qual o pessoal da Ong Cocidama quer se prevenir é sobre o que será feito da água que será retirada da pasta que é usada para transportar o minério de ferro da cidade mineira de Alvorada a quase 500 quilômetros do Açu e que ao chegar junto ao porto será desidratada na unidade de pelotização. Fala-se no descarte de 22 milhões de litros de água por dia nesta etapa do processo.
Ainda mais uma dúvida é sobre, o que será feito com a areia oriunda da dragagem do mar para o aprofundamento da região, que receberá os navios de grande calado que atracarão no futuro porto. Anunciaram a retirada de 23 milhões de metros cúbicos de areia a uma profundidade de até 21 metros, através de um canal que deverá chegar a 12 quilômetros d eextensão. Comenta-se que os empreendedores do porto e da unidade de beneficiamento de minério já teriam, adquirido do Grupo Othon, a Fazenda Caroara. Há uma preocupação com a utilização desta área, onde há a presença de uma mata, que necessita de um plano de preservação para sua flora e sua fauna.
Por último, a Cocidama e o jornal chamaram atenção, para a necessidade de um bom planejamento que evite os graves problemas que podem ser gerados pelo adensamento da população com a atração e movimentação de peões em grandes alojamentos, durante o período de obras.
Parabéns, à Ong Cocidama e ao jornal S. João da Barra por cumprirem um importante papel de questionamento sobre as necessárias ações, de planejamento e prevenção. Consta que o EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impactos Ambientais) um conjunto de seis volumes estariam à disposição de interessados, no escritório do Ibama em Campos. A empresa está anunciando para o mês de dezembro, a realização de uma primeira Audiência Pública para tratar destas e de outras importantes questões do empreendimento.
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