O curso técnico de Segurança do Trabalho do Cefet Campos, criado em 1988, na então Escola Técnica Federal tem um histórico de cerca de 600 técnicos formados, ao longo destes dezoito anos. Neste último processo seletivo encerrado no dia 17 de novembro, o curso tornou-se recordista, nas inscrições entre os cursos técnicos do Cefet Campos.
Com um total de 1.766 inscritos, sendo 1.376 para ocupar uma das 35 vagas na turma do primeiro semestre e outras 390 vagas, em igual quantidade de vagas, para o segundo semestre, o curso técnico de Segurança do Trabalho é um curso pós-médio que exige que o candidato já tenha concluído este nível de ensino, o médio.
A concorrência para o primeiro trimestre aponta, para uma disputa entre 39 candidatos concorrendo por cada uma das 35 vagas. Esta procura é superior à verificada, na maior parte dos cursos superiores, não só em Campos, mas em todo o país. No total de inscritos e vagas a relação é de 25 candidatos por cada uma das setenta vagas distribuídas nos dois semestres.
O nível de concorrência do primeiro semestre com 39 candidatos por vaga concorre de perto, com a disputa pelas vagas em cursos como de medicina, um dos mais cobiçados, oferecidas por tradicionais universidades pelo país afora e que exige, a mesma formação anterior: o ensino médio.
Tal procura é conseqüência direta do mercado de trabalho ligado, à cadeia produtiva do petróleo e ao trabalho embarcado. O atrativo certamente cresceu em função da absorção de técnicos da área feita pela Petrobras, em pelo menos, dois concursos recentes, quando selecionou e contratou mais de cem técnicos em segurança do trabalho.
Além desta demanda em que a Petrobras é responsável diretamente, o setor off shore, através de outras empresas vem aumentando, desde 2001, as suas contratações na área. O fato é uma conseqüência da mudança de postura adotada, depois do acidente que afundou a plataforma P-36 e matou 11 petroleiros. A partir daí, as exigências da Petrobras como contratante também aumentaram, junto às empresas por ela contratada, para obras e serviços no que diz respeito ao cumprimento das legislações e das auditorias, na área que hoje integra, a Segurança do Trabalho, Saúde e Meio Ambiente e que ficou conhecida como: Gestão de SMS.
O salário deste profissional varia conforme sua experiência e a cadeia produtiva onde vai atuar sendo, o setor off shore de petróleo, o que melhor remunera na região. Nele, os níveis salariais variam entre R$ 1,5 mil até R$ 4,5 mil e fora, entre R$ 1 mil e R$ 2,5 mil.
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