Está aumentando assustadoramente, o número de ligações, que a gente recebe destes operadores de telemarketing oferecendo alguma coisa. Quase sempre, pelo menos no meu caso é gente de banco querendo abrir conta, te oferecer cartão, seguro etc. Apesar da insistência procuro ser gentil, pois reconheço que não é o banqueiro, o trabalhador que me aborda. Por outro lado, confesso que algumas vezes sou objetivo e digo logo, que não tenho tempo e nem estou interessado em nada que estão oferecendo.
Já percebi que agora eles aperfeiçoaram o sistema. Aperfeiçoaram para eles e não para o receptor, que somos nós. Uma pessoa, provavelmente menos qualificada faz a primeira abordagem e pergunta se você dispõe de alguns segundos, de acordo com a resposta, aí sim eles ou elas, te passam para o que chamam de supervisor.
Lendo o primeiro número da revista Piauí - que tem excelentes matérias - vi entre elas, uma que aborda o assunto. A autora da matéria acompanhou o desenrolar de uma aula, num cursinho que forma estes especialistas. Os detalhes dos treinamentos são sensacionais e vão desde o treinamento em ato reflexo, onde o aluno é obrigado a fazer, no mesmo instante, com o colega da direita, o que, o da esquerda faz com este treinando, até propriamente o exercício “on-job”, onde eles começam a meter a mão na massa, ou melhor no telefone.
Porém, o que mais apreciei na reportagem foram, os comentários de que nos EUA e na Europa já existem organizações para repelir estas ligações. A matéria: “elas têm como armas perguntas bizarras e até as mesmas técnicas usadas pelos operadores. Uma delas é pedir ao vendedor que soletre o próprio nome, que diga o quanto ganha por mês, se tem tempo de ir ao dentista, qual a sua pasta de dente favorita etc. O contra-roteiro termina com uma frase padronizada, na qual a vítima de telemarketing agradece as informações fornecidas e solicita o número de telefone do operador para o caso de precisar de dados adicionais. Tudo isso sem usar gerúndios”. Depois disso não reclame se receber algum trote, heim, hi!
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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