Os deputados federais Miro Teixeira e Gabeira se digladiaram verbalmente na última semana no Câmara Federal. Ambos, a meu ver, merecem respeito, mas não podem se julgar melhor do que os outros, acima do bem e do mal. Eles discutiram sobre os salários diretos e indiretos (também chamados de verba indenizatória) dos deputados.
Gabeira não abre mão da verba indenizatória tendo usado só neste ano, R$ 142.481,92. Miro não usou um centavo dela, por isso defendeu o aumento do salário direto para R$ 24.500,00, se recusando agora, depois da decisão do STF, a votar o aumento deste para os R$ 12.800,00 que Gabeira quer. Neste imbróglio veja o que falaram um do outro:
Gabeira: “Podemos e devemos acabar com a verba, mas em outro contexto, quando da discussão sobre como se desenvolve o mandato. Se querem fazer concurso e eleger quem se sacrifica mais pelo País, deputado Miro Teixeira, posso dizer que já não tenho um pedaço do fígado, estômago e rim. Topo tudo pelo Brasil! Não estou de brinquedo! E não aceito que venham fazer essas pequenas tramas neste momento, que é histórico. Isso é falta de respeito!”.
Miro: Do meu mandato nunca fiz show, nunca saí atacando esta Casa, nunca disse que deputados votavam pensando em dinheiro. Por que não se diz isso da tribuna? Trato com respeito os meus pares. Faltar um pedaço do corpo é doloroso. Muito mais doloroso do que faltar parte do corpo é faltar caráter”.
Bom que você tome partido e ajude a fazer com que, o debate na política nacional seja menos em cima de oportunismo e superficialidades e mais em conteúdo e programas.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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