Uma coisa não casa com a outra
Os marqueteiros chamam de institucional, aqueles comerciais que não vendem diretamente um produto e sim uma imagem ou símbolos, para valorizar uma marca. Normalmente para atrair a atenção do telespectador, os comerciais (também chamado de propaganda) têm um conteúdo e uma forma que apelam para o lado emocional deixando o racional passar subliminarmente.
A Rede Globo até o ano passado veiculou o seu institucional de fim de ano juntando os seus artistas, que apareciam felizes e bem vestidos brindando as festas e a chegada do novo ano, sob uma música que quase fazia chorar. Neste ano, este espaço foi até aqui, ocupado por um belo institucional com imagens apelando para o fim do trabalho infantil, proteção à infância, inclusão social, cuidado ao meio ambiente, etc.
A decepção de quem assiste é ver que, ao final de tudo aquela é uma mensagem de um banco comercial. Imagino, que nenhum de nós, acredita que verdadeiramente enquanto empresa, este banco, esteja preocupado com aquelas questões. A mim soou falso e assim, a admiração acaba se transformando irritação. É como se o lobo mau quisesse parecer bom porque agora lembra e pensa nas dificuldades dos demais bichos da floresta, mas continua a comer com voracidade a vovozinha..., mas também pode ser, apenas uma implicância minha!
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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