65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
domingo, dezembro 31, 2006
Comentário do Boulevard
Ontem, sábado corria pelo Boulevard Francisco de Paula Carneiro, o comentário de que Rosinha até hoje não tinha denominado a nova ponte, na esperança de que Cabral o faça. Não com o nome do poeta Osório Peixoto, como chegou a ser cogitado, ou outro ilustre nome da nossa terra, mas o seu próprio: ponte Rosinha Garotinho!
sexta-feira, dezembro 29, 2006
Coronel Ponciano volta a escrever
Antes de tomar assento em novo ano, bom seria uma reza em Santo Amaro pro Cabral. Este não descobriu o Brasil e nem, talqualmente seus antecessores, escreveu livro sobre segurança, mas se amontoou com os governantes dos demais estados da região, para acabar com sem-vergonhice e despautério de gente graúda ganhando para prender e soltar pardavascos que surrupiavam tostõeszinhos, de gente minha, em maquininhas dos infernos. Nunca vi e não posso aceitar, homem de patente com espinha embodocada por conta de óculos, lupa ou coisa que o valha de gente que há muito, lançou âncoras com a moralidade.
O texto acima é parte do artigo, em que transcrevo carta do Coronel Ponciano de Azeredo Furtado, personagem do romance "O Coronel e o Lobisomem" do conterrâneo José Candido de Carvalho. Ele deu de se comunicar com o mundo real ou virtual, através de mim. Esta já é a quinta carta remetida nos dois últimos anos. Foi publicado na Folha da Manhã de hoje. Se tiver interesse em ler na íntegra clique aqui. Acabei de postá-la na seção ao lado “Meus últimos artigos”.
quinta-feira, dezembro 28, 2006
Enchente novamente em Santo Eduardo
Menos de um mês depois, novamente o leitor e parceiro Eduardo Inácio Almeida manda para este blog novas imagens de enchente em Santo Eduardo, distrito da região norte do município de Campos dos Goytacazes que faz divisa com outro município fluminense de Bom Jesus do Itabapoana e também com o estado do Espírito Santo. Por lá, o nível das águas continua subindo. A população pode socorro à prefeitura. Veja abaixo foto feita hoje no final da tarde.
Paz, confusão e disputa política
A propaganda oficial da prefeitura de Campos que fala de “alta estima” descreve uma relação de problemas que "existia" na área de saúde como um caos que teria sido resolvido com a paz que teria chegado ao setor.
Deixa ver se eu entendi: o prefeito atual foi secretário por quase oito anos, período só interrompido na época da eleição. Logo depois foi eleito presidente da Câmara, neste intervalo seu grupo político e seus parceiros continuaram a mandar na área. Depois virou prefeito e foi aí que a paz resolveu a situação? Está havendo exageros nesta questão da paz, mesmo que se queira disputar espaço com o ex-prefeito, que virou deputado e quer voltar a ser prefeito.
Com quem, ou o que, você fica nesta briga?
Os deputados federais Miro Teixeira e Gabeira se digladiaram verbalmente na última semana no Câmara Federal. Ambos, a meu ver, merecem respeito, mas não podem se julgar melhor do que os outros, acima do bem e do mal. Eles discutiram sobre os salários diretos e indiretos (também chamados de verba indenizatória) dos deputados.
Gabeira não abre mão da verba indenizatória tendo usado só neste ano, R$ 142.481,92. Miro não usou um centavo dela, por isso defendeu o aumento do salário direto para R$ 24.500,00, se recusando agora, depois da decisão do STF, a votar o aumento deste para os R$ 12.800,00 que Gabeira quer. Neste imbróglio veja o que falaram um do outro:
Gabeira: “Podemos e devemos acabar com a verba, mas em outro contexto, quando da discussão sobre como se desenvolve o mandato. Se querem fazer concurso e eleger quem se sacrifica mais pelo País, deputado Miro Teixeira, posso dizer que já não tenho um pedaço do fígado, estômago e rim. Topo tudo pelo Brasil! Não estou de brinquedo! E não aceito que venham fazer essas pequenas tramas neste momento, que é histórico. Isso é falta de respeito!”.
Miro: Do meu mandato nunca fiz show, nunca saí atacando esta Casa, nunca disse que deputados votavam pensando em dinheiro. Por que não se diz isso da tribuna? Trato com respeito os meus pares. Faltar um pedaço do corpo é doloroso. Muito mais doloroso do que faltar parte do corpo é faltar caráter”.
Bom que você tome partido e ajude a fazer com que, o debate na política nacional seja menos em cima de oportunismo e superficialidades e mais em conteúdo e programas.
quarta-feira, dezembro 27, 2006
Qual o melhor símbolo?
Este final de ano está pródigo em deixar símbolos que marcarão administrações e administradores. Pergunto a seu ver, qual símbolo representa melhor o mandato do quase finado governo estadual? As obras inacabadas do aeroporto de Cabo Frio, Centro de Convenções da Uenf e da ponte sobre o rio Paraíba do Sul ou as implosões da Penitenciária da Frei Caneca e da arquibancada do Estádio de Remo da Lagoa?
Mais um lançamento?
Sei não, mas parece a lenda regional do bacurau, aquele que diz amanhã eu vou... Se não estou errado nas contas, entre os já feitos no Rio, no palácio do governo estadual, na sede da empresa, na Câmara de Vereadores em São João da Barra e outros e mais este, que será realizado hoje às 10 horas no Açu passa a ser o 5° lançamento que se faz do Porto do Açu. Será que esta quantidade interminável de lançamentos é para dirimir dúvidas ou dívidas?
42 mil acessos
Hoje, 26 de dezembro, este blog está completando dois anos e quatro meses de existência, sendo que a audiência nos últimos meses é cada vez maior. Para um total de 42 mil acessos nestes 28 meses, apenas nos últimos quatro meses, o número de acessos chegou a aproximadamente 20 mil, quase metade das visitas que o blog teve nos seus primeiros dois anos de existência, deste 10 de agosto de 2004.
Foram postadas 3.038 notas, com uma média de 3,5 notas diárias. Este número de 42 mil acessos é encontrado pela soma de dois contadores colocados na coluna esquerda deste blog. O leitor mais atento já deve ter visto um número abaixo de toda a coluna do lado esquerdo, ele identifica o número de visitantes via o link para este blog disponibilizado pelo portal do provedor “Acesso Total”, desde julho deste ano.
Desde o início do blog, o maior número de acessos diários registrados ocorreu no dia 1 de outubro deste ano quando mais de 1.000 acessos de 300 diferentes computadores ou redes foram identificados. A média diária de acessos do blog, que em agosto girava na faixa de 90, variando conforme as notas e as fotos postadas, atualmente dobrou e está na faixa dos 180, variando entre 100 e 260 acessos diários. Mais uma vez, agradeço ao leitor pela visita e pelos comentários. Espero ter tempo, interesse disponibilidade em manter este canal, pelo menos, no próximo ano. Saudações e Feliz 2007!
terça-feira, dezembro 26, 2006
Caso "TAM TAM" deverá servir para estudo
O pessoal de adminsitração, dos MBA's da vida costumar citar como "cases" todas as situações, histórias ou simples acontecimentos, que marcam e de alguma forma servem de paradigmas na concepção do Thomas Khun, para mudanças radicais nas formas de gestão de empresas ou mesmo de setores da economia.
A situação da TAM neste Natal, quando teria vendido, segundo o Estadão On Line, o chamado "overbooking" (passagens vendidas duplicadamente) equivalentes a seis aviões vai virar um destes cases de uma mal sucedida gestão, com a ocorrência de seguidos erros. Possivelmente, imaginaram aumentar seus lucros, em artimanhas e espertezas de vendas pensando que eventuais consequências negativas pudessem ser atribuídas, aos problemas gerados pelos controladores de vôo e assim, caso ocorressem pudessem ficar encobertos. Jogaram pela janela a máxima do seu criador, o comandante Rolim, de que ao cliente, tudo, inclusive lhe estender o tapete vermelho das boas vindas.
Creio que os estudos não necessitarão de grandes aprofundamentos, mas o case garanto, que será sucesso em monografias, aulas e palestras, do tipo:
Como tiraram o tapete vermelho da companhia que de TAM virou tam-tam?
Errar é humano!
Vejo com esta manchete de página na Folha da Manhã de hoje, que meus erros nos artigos em jornais e aqui no blog, também podem ser perdoados. Eles não são tão curtos como de uma manchete e raramente passam por um revisor extra, mas merecem perdão semelhante. Antes que sua curiosidade aumente veja o título: “Mas uma febre no Brasil”.
Novo secretário cita a região em seus projetos
Em entrevista hoje, à coluna Negócios e cia. da jornalista Flávia Oliveira, em O Globo, Júlio Bueno, que será o secretário de Desenvolvimento Econômico na gestão de Sérgio Cabral tocou em três pontos que afetam diretamente nossa região: necessidade de duplicação da BR-101 como um projeto estruturante (como sempre falamos), apoio para a ampliação da produção de álcool e o terceiro e bastante polêmico, que é a possibilidade de implantação de um pólo de eucalipto na região noroeste fluminense.
Para os dois primeiros, há quase consenso, quanto ao terceiro, a polêmica é forte quando se sabe que aquela região, que já pertenceu ao norte, quando a divisão do estado em regiões não fazia distinção entre o norte e noroeste é a mais desmatada do estado e por isso poderia sofrer ainda mais, com as conseqüências do plantio do eucalipto. Sabe-se que o secretário conhece este tipo de atividade econômica, pelo relacionamento que teve com o grupo Aracruz, por ter ocupado nos últimos quatro anos, de 2003 até este mês, este mesmo cargo para qual foi convidado por Cabral, no vizinho estado do Espírito Santo, onde a Aracruz Celulose tem sua maior atividade no país.
segunda-feira, dezembro 25, 2006
A pintura do dia
O cartão de Natal que o blog disponibilizou ontem foi feito, a partir de uma fotografia batida também ontem. Hoje no mesmo horário, no mesmo cenário, este blog foi conferir a pintura que Ele aprontou. A cada dia embora com cores semelhantes uma nova pintura pode ser imortalizada e simultaneamente mudada a cada segundo. Confira e compare:
domingo, dezembro 24, 2006
“Eu não mereço?”
A partir de uma pesquisa divulgada há alguns dias, em canto de página, pelo jornal O Globo pode-se depreender, que o Natal cada vez é menos solidariedade e mais individualista, ao contrário do que às vezes imaginamos. Veja a matéria e tire suas conclusões:
“Amigos, amigos, presentes à parte – Consumidor faz compras para si mesmo – Cada vez mais as pessoas dão presentes a si próprios. Cerca de 18% do faturamento do comércio em dezembro serão oriundos de presentes comprados pelo próprio presenteado. De acordo com a pesquisa “Eu mereço” feita por Ulisses Reis, da Treinasse Consultoria e coordenador do MBA de varejo da Fundação Getúlio Vargas em nove shoppings do Rio, o comportamento revela “agrados” até dez vezes mais caros que os comprados para amigos”.
Durante a pesquisa em algumas lojas foram identificados entre 60% e 80% das vendas são destinadas às próprias clientes. Pode ser que a solidariedade seja espiritual, já que material... Apesar dos pesares, mais uma vez: Feliz Natal!
Como a TAM ficou tam-tam?
Num final de semana natalino jogaram pela janela o tapete vermelho do comandante Rolim. A empresa que nasceu no mercado regional de aviação viu seus horizontes se ampliarem pela firmeza com que firmaram o conceito do seu criador: atendimento diferenciado até com tapete vermelho como sinal da recepção principesca que oferecia.
O comandante Rolim que gostava de pessoalmente conversar com seus clientes e deles ouvirem diretamente queixas e sugestões, se vivo fosse ou não teria deixado a coisa degringolar do jeito que ficou ou estaria mais vermelho que seu tapete de recepção, sempre fácil de identificar cada vez em maior quantidade de aeroportos do país ou até fora.
Alguma coisa de sobrenatural ronda os serviços de aviação brasileira para além dos controles e controladores de vôo. Primeiro, o tombo da Varig, depois o choque da Gol e agora a TAM patinando nos overbookings e na falta de planejamento. Vermelhos estão os envergonhados funcionários da companhia. Seus diretores têm o dever, por respeito aos clientes, de retirar seus tapetes ou trocá-los para a cor preta.
sábado, dezembro 23, 2006
Natal e final de ano – época de contradições!
De forma especial publico aqui na íntegra, o artigo que saiu ontem na Folha da Manhã que passa a ser a minha mensagem aos leitores deste blog. Feliz Natal e Ótimo Ano Novo!
Nascimento e morte a maior das contradições. Comemora-se o nascimento de Cristo e a morte do ano que se vai. Celebram-se as compras e o aumento do seu índice, como um bom indicador da economia, ao mesmo tempo em que se deseja um consumo, menos irresponsável com quinquilharias que servem mais para poluir e encher os lixões, que satisfazer necessidades.
Sonha-se com um ano pródigo em boas notícias sabendo que a vida é feita de luta, onde vitórias e derrotas são meras conseqüências.
Solidariedade aparece nos sentimentos, mas a disputa por maiores vendas, luxo e poder continuam a repartir os espaços, porque ninguém muda o seu jeito de ser, pelo simples fato de ser Natal. A hipocrisia talvez aumente, mas não em proporção diferente à gorjeta que de forma indiferente deixamos para o lixeiro ou entregamos aos porteiros.
Porque nesta época, ou só nela, procura-se a miséria e os miseráveis para dardes de comer e de vestir, quando há outros tantos dias aguardando benevolência semelhante? A contradição não está na procura e sim na exclusividade da época.
Por que nos reunimos, se o que muitas vezes o que desejamos é nos aproximar de quem, pelo menos fisicamente, já não se faz presente?
Não são poucos os que reclamam da ansiedade com que certas pessoas vão às ruas sem saber por quê e nem para quê e que acabam por repetir, de forma quase autômata, gesto idêntico?
Por que procuramos a miséria longe, quando perto, ela lhe acena sem que você se aperceba? Miséria vista nas suas mais diferentes formas, desde a mais conhecida e evidenciada nesta época, como a da falta de pão ou, sob sintomas menos identificável como a da falta de carinho e consideração, quase sempre escondidos no fundo d’alma, escamoteadas nas compras e nos preparos das comidas e bebidas para a farta ceia vazia de significados e sentimentos.
Nesta época gosto do significado do balanço, sem a simples interpretação dos saldos, mas dos ganhos e perdas em todos os sentidos. O que efetivamente teve sentido no ano prestes a passar? Sentido amplo de resultados que ficam, que reproduzem, que fazem bem e não àqueles que aumentam as poupanças nas mesmas proporções das preocupações.
Aqui mais um paradoxo: se o que vale a pena, não cabe numa simples operação aritmética, porque não vivemos a somar significados, a multiplicar apoios, a diminuir as vaidades e as superficialidades e a dividir o pão nosso de cada dia? A contradição se amplia quando se verifica, que mais uma vez, só nos fazemos estas perguntas nesta época do ano.
A vida é simples e seu significado complexo. Descobrimos isso, ao ver que os verdadeiros religiosos são ateus ou agnósticos, que não vivem a comprar, um lugar no céu porque não acreditam nele, e só fazem o que fazem, pelo simples e significativo gesto de amor à humanidade.
Imagino que por conta destas coisas, o poeta pediu, que parassem o mundo para ele descer. Não sou poeta, mas também guardo este desejo. Porém, se já percebemos que não é possível parar o mundo, que paremos a nós mesmos, para pensar e lembrar que a Vida é simples e assim devíamos vivê-la. Peço desculpas, se eventualmente atrapalho o seu sentimento de festa, porque na verdade, aqui escrevo para você, como se comigo conversasse como amigo. Feliz Natal!
sexta-feira, dezembro 22, 2006
O Congresso é a Geni?
"E por falar em interesse popular, será que o Poder Judiciário atende melhor aos interesses da sociedade que o Poder Legislativo? Em que será que o Roberto Jefferson ou o Severino são piores que o Nicolau “Lalau” e o Rocha Mattos? Qual o destaque que a grande imprensa, grande guardiã do interesse da opinião pública, tem dado ao relevante debate sobre o controle externo do judiciário?"
O parágrafo acima faz parte do artigo do articulista deste blog Fábio Siqueira. O professor chuta para o alto, a bola referente ao único debate que a política pautou para este fim de ano: o auto-reajuste dos congressistas. Acabei de postá-lo na seção “Articulistas deste blog” ao lado. Clicando aqui você pode ler na íntegra o artigo: “O Congresso é a Geni?”
quinta-feira, dezembro 21, 2006
192 dispensados na véspera do Natal
Imagine a cena: faltando apenas três dias para a ceia de Natal, 192 operários da Construtora Odebrecht, responsável pela execucão das obras do Centro de Convenções da Uenf, chegam para trabalhar e depois de tentarem em vão, localizar seus crachás, tomam conhecimento que os mesmos foram retidos e suas dispensas efetivadas, devendo voltar depois do dia 25 para receberem seus direitos.
Todos sabemos, que a maioria dos operários de obras têm empregos temporários que variam e acompanham a duração das etapas das construções. O cruel é fazer esta dispensa na véspera do Natal. Dispensa de mais de um terço do contingente que até ontem estava trabalhando, em rodízio de 24 horas na obra, que terá uma placa descerrada na próxima semana pela governadora, mesmo sem que a mesma tenha sido concluída.
O fato pode ter gerado o clima de insegurança que levou a ocorrência de mais um acidente no canteiro de obras. Na parte da tarde, um caminhão Munck, ao transportar e tirar uma das gruas que estavam operando no canteiro de obras acabou tombando por conta do terreno ter cedido com o peso do equipamento transportado. O operador caiu e por sorte teve ferimentos leves, pois sua queda se deu sobre o solo e não sobre a parte cimentada. Por muito pouco - por uma distância de cerca de um metro - a grua que caiu não causou a derrubada de um andaime sob o qual trabalhavam diversos operários.
Ninguém lembra mais do Severino que a cerca de 40 dias perdeu a vida ao cair de uma grua que tombou ao ser operada em meio a chuva e ventos. Não bastou. Sua morte foi em vão. A lógica do dinheiro continua não respeitando datas, sentimentos e nem pessoas.
Inauguração da ponte
Nossa “mão-de-obra não é competitiva”?
Esta declaração do presidente da Firjan que justificou a necessidade do empreendimento da empresa alemã Thyssen, que pretende executar o projeto de construção da siderúrgica CSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico) em Itaguaí é surreal. Ele não ficou por aí. Disse também que “é natural que um empreendedor procure os seus meios para reduzir o custo de seu investimento e que a importação de 600 trabalhadores chineses é uma conseqüência deste preceito”.
Em português claro, o que o Eduardo Eugênio quis dizer é que vale qualquer coisa para contratar um operário a preço vil, que neste caso, é o outro nome que se dá a esta palavrinha mágica chamada de competitividade. Isto ainda não é tudo. Pior: o vice-presidente da mesma Firjan, Carlos Mariani Bittencourt, afirma não ser a primeira vez que isso acontecerá. Que o mesmo procedimento já teria sido aceito há 30 anos, quando da parceria que viabilizou o Pólo Petroquímico de Triunfo e mais recentemente, uma siderúrgica da Vale do Rio Doce no Maranhão.
Ainda sob impacto começo a imaginar que podemos estar vivendo, com este caso, uma mudança ainda mais acentuada de paradigmas, onde os investidores, depois de barganhar com os governos municipais, estaduais e federal, isenções fiscais e subsídios em troca da localização dos investimentos, passam a impor exigências, de liberação para importação de mão-de-obra, que na verdade era o canto da sereia para as autoridades. Estas ávidas por mostrar resultados de captação de investimentos com o lero-lero da geração dos empregos, de olho nos votos dos que sonhavam com o emprego, agora, por serem considerados “menos competitivos” ficarão literalmente a ver navios, que não serão os negreiros, mas provavelmente, também escravos de olhos espichados. Assim nossas autoridades estarão na prática oferecendo vantagens para outros ganharem dinheiro.
Se não houver uma forte reação, não duvidem que boa parte da mão-de-obra para construir e montar o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro em Itaboraí tenha os olhinhos espichados tal qual o olho grande dos investidores. É bom ter os olhos vivos e bem abertos.
Campos fecha 2006 com R$ 731 milhões de royalties
Entre quotas mensais dos royalties, mais as participações especiais pagas trimestralmente, o município de Campos dos Goytacazes fechou o ano de 2006 com uma receita de R$ 731 milhões, 9,1% superior, aos R$ 670,1 milhões recebidos no ano de 2005. Enquanto isso, o governo estadual recebeu a quantia de R$ 4,36 bilhões este ano, contra R$ 3,998 bilhões do ano passado.
Terapia’s 10 anos sem direito a alta
Nelson foi o descobridor. Outros chegaram e se foram, mas nosso amigo Assis junto da Ângela nos proporcionou, uma agradável surpresa nesta terça-feira: homenageou com tira-gosto fino, de salada de grão-de-bico com bacalhau, mais um tronco de chocolate, esta turma do Cefet pelos dez anos de tratamento semi-intensivo naquele espaço, que antes era uma esquina e hoje é um corredor. Viva o Terapia's!
quarta-feira, dezembro 20, 2006
Nuvens pesadas sobre a cidade
Do lado contrário do meu escritório de onde, na segunda mostrei o pôr-de-sol, no morro do Itaóca, agora vejo as nuvens carregadas que já começam a despejar chuva sobre a cidade.
Goyta vence de 8 x 1 no STJD
A comunidade do Goytacaz no orkut já comemora a reconquista dos 12 pontos. Agora é esperar pela validação da Seletiva na justiça e participação no campeonato de 2007 ou, o mais provável, em 2008. Depois também desta decisão, os torcedores que estavam aguardando para ingressar na justiça contra a federação com pedido de indenização podem fazê-lo com mais argumentos.
A importância do minúsculo
Na escola primária eu aprendi que só os nomes próprios e as palavras muito importantes e de títulos se devia escrever com letras maiúsculas. Com o passar dos tempos estou descobrindo, que mudaram, também esta regra e não nos avisaram. A gente vai vendo que mudaram e vai fazendo igual.
Para nomes próprios, a regra do maiúsculo continua valendo, mas para o resto...: manchetes de jornais, páginas e de artigos, só a primeira palavra é com maiúscula. Nome de alguns jornais e revistas já são em minúsculo, links de páginas na internet (esta palavra você tem brigar com o word que não aceita a letra minúscula, mesmo se você tenta adicionar, ela não aceita como a te dizer – erradamente – que deveria ser assim, numa espécie de ditadura antiga ou atrasada da rede), etc. Com o tempo a gente vai se acostumando vai parecendo um texto mais limpo, mais cult, oh? Imagino que os jornalistas aprendam isso na sua graduação ou... será que deixam para ler depois aquelas publicações dos jornalões, Manual de Redação da Folha de São Paulo, O Globo, etc.?
Coisas que antes, a gente escrevia com a primeira palavra em maiúscula para chamar a atenção, agora se faz o inverso tem que ser pequeno para chamar grande atenção. Enfim que importância isto tem? Será isto uma conseqüência da escrita eletrônica ou exatamente o contrário, uma evolução ou mesmo, mais um modismo das reformas gráficas que tenta manter a validade e a necessidade da impressão tal qual inventou Gutenberg?
terça-feira, dezembro 19, 2006
Dois fatos – uma conclusão
Neste final de semana duas informações confirmam a tendência da abastança de uns e a interpretação de que somos maiores e melhores por parte de outros. A primeira: todos nós sabemos, que é natural que as empresas realizem as suas festas de final de ano. Até aí nada demais. O incrível é ver, o tanto de gente que algumas dos órgãos públicos têm conseguido reunir (deve ser parte dos 29 mil funcionários). Por conta disto, elas têm demandado, grandes espaços. Na semana passada, uma festa da Secretaria Municipal de Administração se realizou no Tênis Clube de Campos. Outra, a dos servidores do Hospital Geral de Guarus (HGG) precisou do espaço da Fundação Rural de Campos, onde além das festas foram sorteados diversos brindes, segundo me contaram entre os brindes estavam mais de 10 televisões. Outra, que seria só dos DAS altos ou de outra secretaria parece que correu no Rancho da Ilha também com brindes generosos. Bom viver num município rico, heim?
A segunda? Ainda querem mais? Esta é mais uma constatação. Um filho de um profissional competente que atuou por doze anos em gerência em Campos, desligou-se da empresa local e rapidamente foi contratado, por um grupo ligado ao beneficiamento de soja no Paraná. Depois de três meses em Curitiba, ele veio à Campos, neste último final de semana, cuidar da mudança da família e das suas coisas. Ao conversarmos, num restaurante, sobre a situação do PIB de Campos que ele assistiu no Jornal Nacional por lá, o filho acompanhando a conversa, vira para o pai e comenta: “pai veja só, o C... quando me despedia dele e disse que ia para Curitiba, ele falou, pôxa larga isso, Campos é muito melhor do que Curitiba e é muito mais rica, o Jornal Nacional deu..." . O menino que concluiu a sétima série, mas é bastante esperto, então comentou sobre o amigo: "coitado do C... ele não sabe o que fala”.
Julgamento do Goyta é amanhã no STJD
Os processos N° 155 e 156/2006 movidos respectivamente, pelo Olaria e pelo Duque de Caxias que tentam tirar os doze pontos do Goytacaz na Seletiva serão julgados amanhã às 14 horas na sede do STJD, localizada na rua da Ajuda, 35, 15 andar, centro, Rio de Janeiro. O relator-auditor em ambos os processos é o Dr. Alexandre Quadros. Mais detalhes veja
segunda-feira, dezembro 18, 2006
Seminário Brasil - África
Apesar do calendário distorcido pela compensação dos períodos de greve anteriores, as aulas, os eventos e as provas continuam a todo gás no Cefet. Por conta disso, o Centro Acadêmico (C.A.) de Geografia do CEFET Campos, através do aluno Marcel Cardoso, pede para divulgar que irá realizar nos dias de hoje até quarta-feira, 20 de Dezembro, o Seminário Brasil – África, onde irá abordar questões ligadas a cultura e a relação existentes entre estes dois países.
Marcel lembra ainda que o evento está sendo realizado em parceria com a UNE e a UEE-RJ e acontecerá no Auditório do Palácio da Cultura. Os temas abordados serão: Política externa entre Brasil e África; Sincretismo Religioso; Relação social e pessoal entre senhores e escravos; Quilombos no Sudeste; A importância do negro na história brasileira.
Atualização 17:10: O horário do evnto será sempre, nos três dias, a partir das 19 horas.
Quando a mensagem não combina com o conteúdo
Uma coisa não casa com a outra
Os marqueteiros chamam de institucional, aqueles comerciais que não vendem diretamente um produto e sim uma imagem ou símbolos, para valorizar uma marca. Normalmente para atrair a atenção do telespectador, os comerciais (também chamado de propaganda) têm um conteúdo e uma forma que apelam para o lado emocional deixando o racional passar subliminarmente.
A Rede Globo até o ano passado veiculou o seu institucional de fim de ano juntando os seus artistas, que apareciam felizes e bem vestidos brindando as festas e a chegada do novo ano, sob uma música que quase fazia chorar. Neste ano, este espaço foi até aqui, ocupado por um belo institucional com imagens apelando para o fim do trabalho infantil, proteção à infância, inclusão social, cuidado ao meio ambiente, etc.
A decepção de quem assiste é ver que, ao final de tudo aquela é uma mensagem de um banco comercial. Imagino, que nenhum de nós, acredita que verdadeiramente enquanto empresa, este banco, esteja preocupado com aquelas questões. A mim soou falso e assim, a admiração acaba se transformando irritação. É como se o lobo mau quisesse parecer bom porque agora lembra e pensa nas dificuldades dos demais bichos da floresta, mas continua a comer com voracidade a vovozinha..., mas também pode ser, apenas uma implicância minha!
PIB: “Produto Ilusório Bruto”
Tenho dito e aqui repito, que a ótima – não basta a boa - utilização destes recursos é a única fórmula de mantê-la na proporção atual. A divulgação feita pelo IBGE que Campos, Macaé, Quissamã, Rio das Ostras e Carapebus estão entre os maiores PIBs (Produto Interno Bruto) total ou per capita, entre as mais de 5 mil cidades brasileiras, me faz compreender, que de forma voluntária ou não, estamos sendo empurrados para mudanças na forma atual de distribuição destes recursos.
Este é um dos parágrafos do artigo publicado na Folha da Manhã da última sexta-feira, 15 de dezembro e que acabei de postar na seção ao lado “Meus últimos artigos”. Caso deseje leia-o na íntegra aqui.
domingo, dezembro 17, 2006
Colorado filho da p…
Quem gosta de futebol sabe como surge uma simpatia ou antipatia por um time. Não falo do time que a gente escolhe ou nos ensinam a torcer. Refiro-me aos outros. Esta história ajuda a explicar porque fiquei alegre com a vitória do Internacional hoje. Pirraça ao Grêmio seu maior rival. Sabe como?
Por volta de 1996 ou 1997 estando em Porto Alegre, para um seminário sobre educação profissionalizante representando o Cefet vi pelos jornais e pela TV, que na quinta-feira à noite haveria no estádio Olímpico do Grêmio, um importante jogo, acho que uma semifinal da Copa Brasil, em que o time da casa jogaria contra o São Paulo.
Conseguimos o ingresso e fomos. Chegamos atrasados, o jogo havia começado às oito da noite. Na verdade nunca fui fã do Grêmio e lá vi de perto, o que muitos já falavam, que se tratava de um time de torcida elitizada, besta, etc. e tal, o que pode ser também, apenas bronca de rubro-negro. Sem torcer por nenhum dos dois vi o Grêmio vencer de um a zero, com um gol aos trinta e cinco do segundo tempo.
Até aí uma noite bonita e um belo espetáculo de futebol em majestoso estádio, que havia recebido um enorme público, que imaginei, como, próximo do seu limite máximo. A saída do estádio foi um sufoco, nada de táxi ou ônibus. Ficamos quase uma hora no ponto, aguardando o alvoroço passar junto com o táxi que nos levaria de volta ao hotel.
Nesta longa espera vimos centenas de carros com as bandeiras azuis e pretas sendo balançada das janelas dos carros. O problema era que os fanáticos torcedores ao verem eu e meu parceiro Nelson Bagueira quietos aguardando táxi, os gremistas nos consideravam torcedores adversários e daí para a agressão, não custava nada e assim ouvíamos: colorado filho da p., colorado... etc.
Como torcedor compreendo perfeitamente estes arroubos sem maiores problemas, da mesma forma, que sem maiores problemas passei a desejar sorte ao Internacional em qualquer coisa que pudesse ser ruim ao Grêmio, inclusive à conquista de hoje quando o Inter tirou do Grêmio a supremacia de um título que eles conquistaram em 1983, mesmo sabendo que nos pontos de ônibus hoje, em Porto Alegre qualquer torcedor silenciado deve estar sendo chamado de gremista f. da p. O fato de Abel ter vestido, em 1984 a camisa do Goyta foi apenas, um complemento nesta antiga história.
Mais um campeão mundial com a camisa do Goyta!
sábado, dezembro 16, 2006
Cheirosa!
Mais uma do leitor e parceiro Ronaldo Araújo para alegrar o final de semana:
Um funcionário passa pela colega de escritório e lhe diz que o seu cabelo tem um cheiro gostoso. A mulher vai, imediatamente, ao gabinete do chefe e diz que quer fazer queixa de assédio sexual.
O gerente fica admirado e lhe diz:
- Mas, afinal, qual é o mal de um colega lhe dizer que o seu cabelo tem um cheiro gostoso?
A mulher:
- O safado é anão!
sexta-feira, dezembro 15, 2006
Vasculhando os arquivos
Na tentativa de levar adiante, a idéia de publicar um livro sobre a história e a paixão pelo Goytacaz tenho encontrado verdadeiras raridades. A última consegui encontrar nos arquivos pessoais do ex-goleiro alvi-anil, Jorge Luiz, o Cebolinha.
A foto é de 1984 e foi tirada no Arizão. Nela você pode ver, da esquerda para a direita, depois do próprio Cebolinha, o lateral-esquerdo Valtair e o quarto zagueiro Cléber fazendo companhia, ao zagueiro central do Goytão, o hoje prestigiado, técnico Abel Braga. Abelão, como também já era chamado à época, pelo seu porte físico, estará neste domingo comandando o Internacional de Porto Alegre na disputa do campeonato Mundial em Tóquio. Dá-lhe Goyta!
Vereadores em Campos terão salários superiores a R$ 10 mil
Com a decisão de ontem dos parlamentares federais, quase dobrarem seus salários e o efeito em cascata que contemplará a turma da Alerj, o ponto final desta decisão acabará sendo, no nosso caso, a avenida Alberto Torres. Ali os dezessete vereadores da Câmara Municipal terão seus vencimentos aumentados para mais de R$ 10 mil mensais, fora as verbas extras, sem nenhum desgaste político por isso.
Se não estou enganado a proporção aqui é de 60% sobre os deputados da Assembléia Legislativa, que por sua vez ficam com 75% dos R$ 24,6 mil. A dúvida fica é sobre a data em que esta correção pode ser feita. Os jornais de hoje falam que apenas na nova legislatura, em 2009, mas nos bastidores a movimentação é de reajuste já! Também como sexto PIB do país, dinheiro não falta. A quantidade de teta é grande, mas as bocas não param de crescer.
Sonhar em ficar velho?
O IBGE dá uma no cravo e outra na ferradura. Leio hoje nos jornais que em 2030 a expectativa de vida subirá dos atuais 74,9 para 78,3 anos. Faço as contas e vejo que se durar, até lá eu teria 71 anos. Sendo assim, a notícia de hoje equivale a um prêmio (será?) de mais 7,3 anos de vida.
Enquanto isso, outros de meia idade como eu ficam sonhando com a aposentadoria temendo mudanças na idade mínima de aposentadoria em nova reforma da Previdência. Bobos. Desejam isto, sem se lembrar, que este sonho equivale ao desejo em ficar mais velho. Na atual situação não há aposta mais arriscada, tal qual pata de cavalo, do que acreditar no IBGE e confiar na Previdência. Melhor viver!
Carona boba
As declarações ontem, de assessores da prefeitura de Campos e hoje, do prefeito de Macaé nos jornais comemorando, o resultado do PIB de seus municípios, divulgados na quarta-feira pelo IBGE, além de ser uma carona não ingênua, que tenta propagandear resultados que não lhes cabem, reforça a metodologia que devia estar sendo questionada. Inocentes úteis seria o termo apropriado, caso fossem crianças.
quinta-feira, dezembro 14, 2006
A história é outra
Ao contrário dos comentários que tratam como factóide, a auto-escolha que o prefeito César Maia estaria fazendo para a vaga de conselheiro do TCM (tribunal de Contas do Município) do Rio de Janeiro que ele insinuou ontem, em seu ex-blog, eu particularmente, acho que no fundo, o que ele queria mesmo é dar uma estocada no futuro governador. Ao fazer a insinuação ele contou ou lembrou para todo mundo que o velho Cabral, o Serjão estava neste paraíso sem que quase ninguém soubesse. O prefeito continua o mesmo enquanto a cidade que administra parece cada vez pior.
quarta-feira, dezembro 13, 2006
Análise do PIB per capita das cidades fluminenses
Analisando comparativamente, o PIB per capita divulgado pelo IBGE, com o divulgado junto com o Anuário Estatístico Fluminense a cerca de uma semana, pela Fundação CIDE-RJ, para os demais municípios fluminenses que constam, da lista dos dez maiores PIBs per capita entre todos dos municípios brasileiros temos:
Quissamã (3° ranking nacional): IBGE – R$ 231.213,00 x CIDE-RJ – R$ 8.686,00 – diferença – 26 vezes;
Porto Real (4° ranking nacional): IBGE – R$ 180.499,00 x CIDE-RJ – R$ 177.794,00 – diferença de 1,6%;
Carapebus (6° ranking nacional): IBGE – R$ 167.391,00 x CIDE-RJ – R$ 4.947,00 – diferença de 34 vezes;
Rio das Ostras (7° ranking nacional): IBGE – R$ 162.663,00 x CIDE-RJ – R$ 9.444,00 – diferença de 17 vezes;
Macaé (10° ranking nacional): IBGE – R$ 120.602,00 x CIDE-RJ – R$ 25.921,00 – diferença – 4,6 vezes.
Observações:
1)Os questionamentos feitos sobre a metodologia do IBGE, não invalidam os questionamentos sobre a má utilização e sobre a necessidade, da sociedade intervir sobre ela, considerando a impossibilidade desta receita se manter na era pós-petróleo, mesmo que houvesse uma boa utilização destes recursos, no presente . Gosto de facilitar o entendimento sobre esta questão ao dizer que a indenização, ou qualqur que seja o conceito que queiramos dar aos royalties do petróleo, é como se este recurso, fosse um prêmio da loteria, com a única diferença que ao ninvés de ser pago, de uma só vez está sendo parcelado, em 240 ou 300 meses;
2) Para vizualizar melhor, o que está sendo falado do absurdo de se inserir, a riqueza bruta do petróleo nesta conta do PIB basta observar, nas informações acima, que no caso do município de Porto Real, onde a riqueza é consequência da presença de uma montadora de automóveis que efetivamente está instalada na cidade, o PIB nas duas formas de cálculo, praticamente não existe;
3) Ainda, prosseguindo na análise acima observe na comparação feita, na nota anterior, que a diferença entre o PIB de Campos e o de Macaé, feita por um e outro cálculo é diferente. Em Campos a diferença é maior porque a riqueza do petróleo deixa quase que só as parcelas dos royalties (embora não sejam pequenas, elas são irrisórias diante do valor total do barril produzido), enquanto que, em Macaé a cadeia produtiva do petróleo movimeta mais recursos, por conta de lá estar, a sede da Unidade de Negócios da Bacia de Campos. Esta diferença é identificada na conta feita pela Fundação CIDE-RJ.
5) De qualquer forma vale o debate, embora fique a sensação de que tudo isto pode fazer parte do aumento da pressão por aumentar as fatias de quem recebe estas maravilhosas receitas dos royalties. Na realidade, este estudo, dá força e espaço político para a mudança na legislação na qual a ANP (Agência Nacional de Petróleo) se baseia para fazer a atual distribuição entre as quotas mensais dos royalties e a participação especial por conta da produção de ptróleo em nosso país. A bola da vez é a PEC (Projeto de Emenda Constitucional) da deputada Iriny Lopes do estado do Espírito Santo.
Atualizado 15:42: Reforçando as observações de número 2 e 3 lembro que, Duque de Caxias que é o décimo maior PIB, entre os 5.571 municípios brasileiros pelo cálculo do IBGE. Neste caso,vê-se que a diferença, entre o cálculo do IBGE R$ 17,9 bilhões e o da Fundação CIDE-RJ - R$ 15,8 bilhões, para o ano de 2004 em questão, não é tão grande. O fato se explica, porque lá a riqueza principal está relacionada ao refino do petróleo com base instalada no município. A diferença de R$ 2,1 bilhões explica-se pelo valor bruto do petróleo, que o IBGE atribui ao município e que é proporcional ao que a cidade arrecada, como royalties a que tem direito pela legislação, como município limítrofe e com bases industriais e de dutos ligados, à cadeia produtiva do óleo e do gás. O PIB per capita lá é pelo IBGE, R$ 21.968,00 e pela Fundação CIDE-RJ, R$ 19.117,00.
PIB de Quissamã é 26 vezes maior pelo IBGE do que pelo CIDE-RJ
Comparando os números do PIB per capita dos municípios de Quissamã (3° nível nacional), Campos dos Goytacazes e Macaé:
Quissamã : IBGE – R$ 231.213,00 x CIDE-RJ – R$ 8.686,00 – diferença – 26 vezes;
Campos dos Goytacazes - IBGE – R$ 50.495,00 x CIDE-RJ – R$ 7.521,00 – diferença – 6,7 vezes;
Macaé - IBGE – R$ 120.602,00 x CIDE-RJ – R$ 25.921,00 – diferença – 4,6 vezes.
Estudo do IBGE que aponta Campos como o 6° PIB merece questionamento
Mais uma vez o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga o PIB dos municípios brasileiros no ano de 2004 colocando Campos em sexto e Macaé em oitavo nos maiores PIBs entre os 5.571 municípios brasileiros. Campos e Macaé se juntam a Guarulhos (SP) e Duque de Caxias (RJ) como as únicas da relação que não são capitais.
Nesta avaliação o IBGE identificou que apenas dez municípios brasileiros concentram 25% de toda a riqueza produzida no país. A relação dos dez municípios é:
1) São Paulo (capital);
2) Rio de Janeiro (capital);
3) Brasília (DF);
4) Manaus (Amazonas);
5) Belo Horizonte (MG);
6) Campos dos Goytacazes (RJ);
7) Curitiba (Paraná)
8) Macaé (RJ);
9) Guarulhos (SP)
10) Duque de Caxias (RJ).
O grande questionamento sobre esta metodologia é a de considerar toda riqueza do petróleo produzido em nosso caso no litoral como sendo do município o que é no mínimo questionável. Porque ele não movimenta riquezas no município para além das parcelas dos royalties e das participações especiais que são pagas aos municípios. A fundação CIDE-RJ ligada à Secretaria Estadual de Planejamento divulgou a poucos dias este mesmo PIB não incluindo a riqueza do Petróleo e encontrou entre seis e sete vezes menor no caso de Macaé e Campos.
PIB per capita sete vezes maior com o petróleo
Para se ter uma idéia desta distorção, o PIB de Campos com a inclusão da riqueza do petróleo (pelo IBGE) alcança a magnífica quantia de R$ 21,3 bilhões e sem o valor do petróleo (CIDE-RJ) apenas R$ 3,1 bilhões. Em Macaé, com o petróleo (IBGE) R$ 18,3 bilhões, sem o petróleo (CIDE-RJ) R$ 3,9 bilhões.
Em valores per capita: Campos com o petróleo (IBGE) R$ 50.495,00 e sem o petróleo (CIDE-RJ) apenas R$ 7.521,00; Macaé com o petróleo (IBGE) R$ 120.602,00, sem o petróleo apenas (CIDE-RJ) R$ 25.921,00. No caso de Quissamã, no ano passado esta diferença chegou a até 23 vezes, este ano, pelos dados divulgados até aqui pelo IBGE, não foi possível fazer os cálculos como feito acima para Campos e Macaé.
Ano passado, este blog já havia publicado, no dia 18 de novembro, nota sobre este questionamento. Veja aqui (veja no arquivo de novembro do blog, as notas do dia 18 os diversos comentários sobre este mesmo estudo referente a 2003).
Ano passado O professor Rodrigo Serra do CEFET Campos e da Ucam-Campos já havia também questionado tal análise quando fez a provocação chamando o PIB de "Produto Ilusório Bruto". Veja aqui o quadro comparativo que ele divulgou ano passado no dia 20 de dezembro.
O preferido nas charges
terça-feira, dezembro 12, 2006
Goyta no Museu do Futebol no Maracanã
No Museu do futebol que o governo estado inaugurou ontem no Rio de Janeiro com o patrocínio da Embratel através da Lei de Incentivo à Cultura, entre as diversas atrações há uma pelo menos uma sobre o Goytacaz. Não se trata da goleada tomada para o time do Fluminense no primeiro campeonato estadual de 1976, o primeiro disputado pelo time campista, depois da fusão dos dois estados.
O Goytacaz acabou por entrar na história, por ter sido o time que levou o maior número de gols, de um único jogador no Maracanã. Zico fez seis gols na goleada que o Flamengo aplicou de 7 a 1 sobre o time da rua d Gás em março de 1979. O Goytacaz entrou na dança, mas na sua ótima fase Zico fez mais. Ele foi ainda, o maior goleador da história do Maracanã num único campeonato, em 1975 com trinta gols e também o maior goleador de toda a história do estádio, até os dias atuais com um total de 320 gols feitos em toda a sua carreira, no maior estádio do mundo.
A torcida do Americano não pode levantar poeira nesta questão, porque também enfrentando o poderoso Mengão daquela época sofreu goleada ainda maior: levou de 7 x 0 do Flamengo em 3 de junho de 1981. Porém, nem o Goytacaz e nem o Americano figurarão na história do estádio como tendo o sido a vítima, da maior goleada do Maracanã. Esta proeza coube ao São Cristóvão, que em 27 de outubro de 1956 apanhou também para o Flamengo de 12 a 2. Como se vê o Museu do Maracanã parece coisa de rubro-negro.
Esta e outras histórias estarão sendo contadas no livro em preparação: Goytacaz: paixão da cor do céu!
Anúncio de classificado
Os jornais de Campos trazem hoje em seus classificados um comunicado da MPC Mineração, Pesquisa e Comércio Ltda. empresa do grupo MMX comunicando sobre a Audiência Pública que realizará hoje como parte do processo de Licenciameno Ambiental junto à Feema, 18 horas no Cine Teatro São João da Barra no município de mesmo nome. É importante a participação de todos aqueles que desejam questionar aspectos de impacto que serão trazidos junto com o projeto.
Infelizmente, por compromissos docentes no Cefet não poderei participar. Sobre todos os impactos sobre os quais ouvi ou li sobre o empreendimento - e foram poucos - os que mais preocupam são sobre as medidas mitigadoras para redução dos impactos ambientais são: a dragagem do mar, a proteção às lagoas da região e sobre o descarte da água que será retirado da minério hidratado que será transportado por mais de quinhentos quilômetros pelo mineroduto de Alvorada em Minas Gerais até o Açu. Também não podem ser esquecidos os impactos sociais na região sede do projeto. Considerando as fortes pressões a favor do projeto há que se exigir compensações ambientais e sociais significativas para que seja feita a liberação do mesmo.
segunda-feira, dezembro 11, 2006
Shadow Cabinet para acompanhar a preparação dos Jogos Panamericanos: Rio 2007
Gestor eficiente?
O prefeito Cesar Maia que gosta de discutir marketing político acaba misturando propaganda com realidade. Quando fala de gestão enche o discurso com teorias e os famosos, embora agora, escondidos: factóides. Não consegue eleger seus candidatos, talvez não os queira reinando junto consigo e, além disso, tem performance para lá de questionável, na questão da eficiência na gestão pública. Um bom exemplo é a confusão que anda aprontando com a preparação do Rio de Janeiro para sediar os jogos Panamericanos de 2007.
A maioria dos prazos de entrega de obras não está sendo cumprido. O orçamento delas já cresceu na ordem de treze vezes, repito, treze (deve ser um número macabro para o alcaide). Agora ainda há o risco de suspensão das competições à Vela por conta da encrenca que ele arrumou, ao liberar, por conta própria, as obras na Marina da Glória, consideradas irregulares pelo Ministério Público Federal e pelo Iphan, por conta do impacto ambiental em área protegida. Cada vez pede mais dinheiro ao governo federal que vem cumprindo a sua parte, especialmente na liberação dos recursos (R$ 406 milhões) para a construção sos prédios da Vila Panamericana, com 16 prédios e um total de 1.480 apartamentos.
Considerando os problemas e a sua ocupação na feitura diária do seu ex-blog, talvez coubesse à sociedade fluminense a proposição, da criação de um “shadow cabinet” de acompanhamentos da gestão de preparação dos jogos. Como gosta de usar a mídia para transformar situações, daqui a pouco vai querer jogar o apagão dos jogos no colo de alguém. Esperem para ver.
Critérios de seleção para projetos na incubadora
No edital lançado pela incubadora TecCampos, são informados os seis critérios que serão usados para a seleção dos projetos:
1) Os projetos ou idéias deverão estar voltados para o estímulo e criação de novos
produtos, bens ou serviços, baseados em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias inovadoras ou que substituam tecnologias ainda utilizadas, mas cuja realização representa dependência externa para o Brasil ;
2) Os projetos ou idéias desenvolvidas deverão atender à demanda de um mercado específico ou serem geradores de novo mercado;
3) Viabilidade técnica, gerencial e empreendedora da equipe candidata para o
desenvolvimento do projeto;
4) Conteúdo tecnológico e inovador do projeto ou idéias a serem desenvolvidas;
5) Potencial de impacto no desenvolvimento regional;
6) Impacto ambiental do projeto.
Edital para concorrer à incubação
Foi lançado na última sexta-feira, o primeiro edital para a inscrição de projetos e planos de negócios que serão selecionados, até o número de dez, que terão o direito de serem incubados na TecCampos, a incubadora de empreendimentos de base tecnológica instituída pelo Cefet e Uenf, com apoio da PMCG, Fenorte e ainda do Sebrae, Acic e Firjan.
Os sócios deverão apresentar além do nome e dos objetivos do empreendimento, qual será a área de atuação, sendo permitidas as seguintes opções: engenharia, design, agronegócios, biotecnologia e tecnologia da informação.
Uma das partes mais importantes da proposta a ser analisada deverá ser a avaliação do mercado para o produto ou serviço que o empreendimento pretenda oferecer ao mercado. Além disso, a proposta deverá informar o apoio que necessita da incubadora, além de espaço físico, escritório com computador e recursos de comunicações que serão oferecidos a partir contra o pagamento de uma pequena taxa.
Na inscrição que deverá ser feita na secretaria da TecCampos no VIP’s Center Shopping, instalado na rua Saldanha Marinho, 416, centro, sobreloja 219, no período de 2 de janeiro até 2 de fevereiro de 2007, das 9h às 18h. Na proposta deverá também constar, um plano de ação para os primeiros seis meses de atuação do empreendimento.
Porta-voz de quem?
Veja o que disse Roberto Jefferson hoje, em seu blog, sobre a coluna de Miriam Leitão no jornal O Globo deste domingo:
“Show de bola”
“Sem partidarismos nem passionalidades, a jornalista Miriam Leitão conseguiu sintetizar em duas colunas de O Globo de domingo tudo o que penso e sinto sobre o governo da Venezuela. Parabéns pelo brilhantismo”.
Em função disto começo a imaginar que ultimamente, a colunista só esteja fazendo a cabeça de gente que até ela preferiria esquecer.
Perguntar não ofende VII
Tudo bem, o Fundecam apesar de diversos problemas, ainda é uma das poucas e boas iniciativas feita com os recursos dos royalties. Sendo assim, somando a idéia da implantação de uma unidade de biodiesel com este novo financiamento melhor, não? O assunto foi notícia até na coluna de economia & negócios de O Globo.
Porém, antes de só aplaudir vale perguntar: o investimento da Vital Planet de R$ 10 milhões, sendo R$ 6 do Fundecam, não é muito pesado para se gerar apenas 50 empregos como a PMCG noticiou? O custo do investimento por um emprego está, neste caso, na ordem de R$ 200 mil que é quase igual ao custo do emprego de uma indústria altamente automatizada como uma montadora. Não considerando apenas este caso da fábrica de biodiesel, que tem previsão de funcionar na Tapera, não seria melhor investir em projetos com melhor relação entre emprego e investimento? Lembro, o blog só quer saber!
Pesquisa como instrumento de mudanças
Tenho insistido com a tese de que, o simples fato, de possuirmos um parque de instituições e vagas no ensino superior, não torna nosso município, obrigatoriamente, dotado da poderosa ferramenta do conhecimento. Fala-se e repete-se aos quatro cantos que o conhecimento, é o instrumento mais poderoso para transformar a economia de cidades, regiões, estados e até de países. Neste aspecto, há que se separar o que é saber, do que é conhecimento novo, além de estudo e graduação da pós-graduação e da pesquisa organizada e sistematizada.
Este foi o primeiro parágrafo do artigo publicado na sexta-feira na Folha da Manhã que acabei de postar na seção ao lado "Meus últimos artigos". Se desejar você pode ler na íntegra clicando aqui.
Elogio à Sinfônica de Campos
O futuro secretário estadual de Cultura, Luiz Paulo Conde fez ontem, no final da noite, no programa Entrevista Coletiva na TV Bandeirantes, rasgados elogios à Orquestra Sinfônica organizada a partir do Centro de Cultura Musical, como exemplo das boas iniciativas do interior do estado que merece ser apoiada.
Conde citou inclusive, a excursão internacional realizada pela orquestra. Bom que o secretário enxergue o restante do estado, para além da baía de Guanabara, ao mesmo tempo, que merece elogio, este grupo que conseguiu, a duras penas romper o cerco a que é submetido todo o trabalho, que mesmo sendo de boa qualidade tende a ter pouca visibilidade, por não acontecer na metrópole.
domingo, dezembro 10, 2006
Charge de fim de ano
Mais de treze mil alunos participaram da seleção ao Cefet
Distribuídos em sete diferentes escolas e faculdades de Campos, cerca de 13 mil candidatos participaram da prova de ingresso, aos cursos do Cefet Campos para a unidade sede e para a unidade descentralizada, Uned de Guarus, que será inaugurada em março do ano que vem, em área ao lado das instalações do 56° BI.
Os concorrentes às 809 vagas oferecidas, nos cursos do ensino médio e técnico da instituição federal de ensino tiveram, até 3 horas para responder a uma prova de 40 questões. Na área técnica as ofertas de habilitações se dão pelas áreas de Construção Civil, Indústria, Informática, Química, Telecomunicações e Saúde-Segurança do Trabalho. O Cefet Campos prevê o dia 27 de dezembro, como data limite para publicação da relação dos classificados com matrícula entre os dias 9 e 12 de janeiro de 2007.
sábado, dezembro 09, 2006
Diga o que pode haver de positivo na foto
Esta trágica foto foi feita pelo fotógrafo Leonardo Berenger na assassina BR-101 e saiu publicada na Folha da Manhã de hoje.
Outro indicador sobre as obras
A observação sobre o setor da construção civil em nossa cidade ajuda a mostrar àqueles que acham (disse acham – sem pesquisas) que o aumento de obras em Campos demanda automaticamente empregados por aqui. Os dois operários mortos: Severino na obra do centro de convenções e Leonardo, na obra da Schulz eram moradores da Baixada Fluminense.
Um indicativo: três mortes em um mês
Em apenas um mês, pelo menos três mortes por acidente de trabalho foram divulgadas na imprensa local. Duas na construção civil, a primeira no Centro de Convenções junto a Uenf e o outro ontem na obra da Schulza na Codin. A terceira aconteceu, esta semana, na Usina Santa Cruz e a vitima foi um operador de guindaste. A pressa foi com certeza, fator determinante na primeira. Na segunda, ainda não tenho elementos para fazer esta análise, assim como na terceira.
Diz-se sempre, que a construção civil é setor campeão de acidentes de trabalho e quase sempre arrolam, como as duas principais causas: a pouca escolaridade e a rotatividade da mão-de-obra do setor, mas sabe-se que outras causas são deixadas de lado.
Há que se ter olhos mais atentos ao desenvolvimento do trabalho neste setor. É preciso mais treinamento e profissional especializado para auxiliar as empresas a organizarem, o processo de trabalho de modo, a torná-lo mais seguro. Isto talvez ajude a explicar a procura que o curso de Técnico de Segurança do Trabalho terá, no concurso de seleção que o Cefet Campos realizará amanhã. Cerca de 2 mil candidatos que disputarão 35 vagas para o primeiro semestre e outras tantas, no segundo, numa relação extraordinária de 39 candidatos por vaga.
sexta-feira, dezembro 08, 2006
Perguntar não ofende-VI
Quem deve controlar o absurdo das emissoras de TV que aumentam de forma exagerada o volume do áudio nos intervalos comerciais? O da TV Bandeirantes e da InterTV, emissora que retransmite o sinal da Globo está atingindo limites estratosféricos, que afeta até as relações familiares, quando se reclama destes níveis a cada intervalo. Os comerciais das Casas Bahia então... Se o problema não for de controle que estabeleçamos um boicote. A pergunta que fica: a quem cabe a fiscalização e ação sobre este abuso?
Cachaça a favor do meio ambiente
Um programa de certificação, no setor de cachaças artesanais implementado pelo Sebrae, junto com o Inmetro, no estado de Minas Gerais exigiu, entre outros critérios, no campo ambiental, o reflorestamento de mata nativa em áreas próximas aos alambiques e às fazendas onde a cana-de-açúcar, a matéria-prima do primeiro, é plantada. Idéia similar foi a que propus para o Fundecana, em artigo publicado em 6 de outubro passado. (leia aqui)
quinta-feira, dezembro 07, 2006
Perguntar não ofende V
Se estão elaborando um Plano Diretor que se diz participativo, porque será que grandes decisões, a respeito de investimentos públicos estão sendo tomadas à revelia de qualquer discussão? Vide: Parque Ecológico, Sambódromo, Centro de Convenções, nova Ponte sobre o rio Paraíba, etc. Lembro que as perguntas desta série, não pretendem ofender ninguém apenas buscar respostas.
Primeira resposta às perguntas
Recebida por e-mail: sobre o custo da obra do Centro de Convenções junto a Uenf: R$ 18,8 milhões. O que vai haver por lá:
“Terá uma área de 8.260 metros quadrados composta por três níveis, sendo um nível semi-enterrado, outro intermediário e um terceiro superior. O primeiro terá toda a infra-estrutura necessária para a operação do Centro de Convenções, incluindo anfiteatros (três deles com capacidade para 132 pessoas e um para 108 espectadores), camarins, foyer, cinema com 108 lugares, alimentação, depósito, exposições, administração e sanitários, num total de 3.600 metros quadrados”.
“Com a mesma área, o nível intermediário abrangerá palco externo com capacidade para 594 pessoas e praça, enquanto o nível superior terá áreas técnicas e platéia, com 1.060 metros quadrados. Uma grande praça para atividades diversas e programas culturais, além de um palco para a realização de espetáculos estão no nível superior, segundo o projeto de Niemeyer”.
Se não houver necessidades de suplementação, o custo da obra estará na casa dos R$ 2,3 mil por metro quadrado. Custo razoável, embora situado no limite superior desta razoabilidade considerando o desconhecimento sobre, os detalhes do projeto e do acabamento da obra. Trabalhadores da obra dizem que a governadora inaugurará no dia 28 de dezembro, apenas parte das obras (provavelmente a área aberta do piso intermediário) que se não forem interrompidas pelo novo governador deverá ser encerrada apenas em março.
Perguntar não ofende- IV
Comenta-se sobre o valor que a prefeitura está desapropriando o prédio do antigo hipermercado na estrada do contorno e também, sobre as obras de reforma e adaptação que serão necessárias para transformá-lo num centro de convenções. Por conta disso uma pergunta brotou e como perguntar não ofende lá vai: quanto está custando o centro de convenções que a o governo estadual, através da Norberto Odebrecht (ou CBPO Engenharia Ltda.) está construindo no terreno junto a Uenf?
Ficha suja
A informação é do colaborador e parceiro deste blog, José Carlos Salomão. Ele ouviu nesta quarta à noite, no programa noturno de Antonio Carlos Paes, na rádio Campos Difusora, a entrevista com o superintendente da CEF Rider Gonçalves em que entre outras coisas ele informou que, dos 2.000 inscritos para os 496 apartamentos que a Caixa Econômica Federal vai construir na Penha, em parceria com a PMCG, somente 800 foram habilitados a concorrer ao financiamento por motivos de impedimento no Serasa ou no SPC. Ao que se sabe, este projeto habitacional visou atender exclusivamente, a funcionários da prefeitura, o que aumenta o espanto com tão alto grau de inadimplência em negócios financeiros.
quarta-feira, dezembro 06, 2006
Perguntar não ofende – III
Da pergunta que já virou série, o blog insiste perguntando, sem querer ofender: que fim levou o processo em que o ex-prefeito, Arnaldo Vianna, o ex-presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), Fernando Leite e os dirigentes da escola de samba Imperatriz Leopoldinense haviam sido condenados por financiamento indevido nos desfiles de carnaval em 2002 por parte da prefeitura de Campos?
O processo já estava transitando em segunda instância, sendo que na primeira, o presidente da FCJOL havia sido condenado à perda do cargo e dos seus direitos políticos, o prefeito a devolver o valor referente ao camarote ganho da escola e esta, à devolução do dinheiro recebido no valor de R$ 1,8 milhão. A série está aberta aos leitores que também queiram perguntar sem ofender.
Mídia & mídia
Faz exatamente uma semana que o jornal Folha de São Paulo saiu com a seguinte manchete: “Bancos lideram doações a Lula”. Até aí tudo bem. Há muito tempo que isto não seria, digamos, uma novidade. O detalhe viria na mesma edição, só que em subtítulo e em tamanho imensamente menor: “a mesma importância doada à campanha de Lula coube também à de Geraldo Alckmin.” Por que a separação? O fato de ser Lula o presidente justificaria a inversão da manchete que poderia ser: Bancos lideraram as doações para os dois principais candidatos Lula e Alckmim. Acho que este blog está sendo exigente demais, não?
Mais fotos da enchente em Sto. Eduardo
O leitor e parceiro Eduardo Inácio Almeida mandou para o blog mais registros dos danos causados pelas chuvas, no último final de semana, no distrito de Santo Eduard,o na área norte do município de Campos, vizinho ao município de Bom Jesus de Itabapoana e ao estado do Espírito Santo. Entre as mais de cinqüenta fotos enviadas ao blog selecionamos:
terça-feira, dezembro 05, 2006
Benedito dos Santos – o jardineiro fiel
Fui e continuo sendo muito abordado por aqueles que conheceram de perto o Sr. Benedito, pela homenagem que prestei-lhe, no último artigo publicado na Folha da Manhã (leia aqui). Para aqueles outros que não o conheceram em vida, mas sim através do breve relato do artigo, em que descrevi uma pequena parte do que foi aquele grande homem, publico ao lado a foto, que sua neta, Samila, que me agradeceu pela homenagem disponibilizou em seu fotolog. Esteja em Paz e seja cada vez mais Bem-dito!
Perguntar não ofende-II
Lendo hoje matéria em jornais do Rio, que falam de empresários canadenses da província de Quebec, que estão em nosso país buscando parcerias e negócios com empresários fluminenses, especialmente, os ligados às áreas petróleo & gás, máquinas agrícolas e softwares, lembrei-me das conversações entre o executivo local e outros empresários deste mesmo país, interessados em negócios relacionados, ao mercado de crédito de carbono que poderiam redundar em investimentos na região. Autoridades e empresários campistas estiveram no país da América do Norte e voltaram entusiasmados com as perspectivas. E daí?
Minc aceita desafio e convoca reunião
O deputado estadual reeleito mais uma vez pelo PT, Carlos Minc aceitou o desafio de assumir o cargo de secretário estadual de Meio Ambiente e está convidando “amigos(as), eleitores(as), companheiros(as) e ecologistas para uma reunião na próxima quinta-feira, às 18:30 no Sindicato dos Professores no Rio de Janeiro com o seguinte texto:
“Como vocês acompanharam pela imprensa, o governador eleito Sérgio Cabral convidou o PT para fazer parte da sua administração. Eu fui um dos indicados para a secretaria de Meio Ambiente e referendado pelo partido.”
“Após muita reflexão, resolvi aceitar. Acredito que posso, depois de tantos anos vivendo a experiência de acompanhar a gestão ambiental em nosso estado, demonstrar que é possível colocar na prática pelo menos uma parte das nossas utopias”.
“Pretendo dar agilidade aos órgãos ambientais, oxigenar a gestão com transparência e participação popular, combater a corrupção, priorizar a educação ambiental, articular as ações e políticas dos demais órgãos e secretarias com o meio ambiente, a saúde do trabalhador, a educação ambiental, a agricultura orgânica, as tecnologias limpas”.
“Vamos manter metade do atual gabinete cuidando, a partir do ano que vem, dos nossos temas: estudantes, mulheres, rádios comunitárias, GLBTlivre expressão sexual, política democrática de drogas, etc. Queremos dialogar com vocês, ouvir sugestões e trocar idéias para mantermos os compromissos e avançarmos na gestão.”
Aguardo todos e todas! Saudações eco-libertárias do, Carlos Minc
Minc ao aceitar o desafio de trocar de lado saindo da condição de estilingue para a de vidraça mostra coragem, coerência e compromisso com a causa. Terá imensas dificuldades até pelo desmantelamento que a área sofreu, especialmente nos últimos dois mandatos. Espera-se que suas intenções se transformem em ações, nesta área estratégica para o desenvolvimento sustentável de nosso estado.
segunda-feira, dezembro 04, 2006
Projeto do Porto do Açú foi apresentado na Câmara Municipal de SJB
O projeto de que prevê um investimento de R$ 720 milhões do grupo empresarail MMX foi apresentado, hoje cedo, na Câmara de Vereadores e no Cine Teatro São João no município de São João da Barra. A apresentação segundo a assessoria de imprensa da prefeitura foi feita, pelo gerente de porto da MMX, José Salomão. Segundo ele o Terminal Portuário irá viabilizar a exportação de minério de ferro, oriundo da região ferrífera de Minas Gerais.
O projeto que tem despertado a preocupação de ambientalistas da região, pelos impactos sociais e ambientais que redundará para a região. O porto, além de exportador de minério de ferro, está sendo projetado segundo seu gerente, para também exportar produtos siderúrgicos, granéis líquidos e outros produtos da região. O terminal portuário também atuará como base off shore de companhias de petróleo que atuam nas áreas na Bacia de Campos.
PS.: Veja abaixo, slide apresentado durante palestra pelo gerente do porto, José Salomão, a partir de foto da Ascom da PMSJB.
Enchente em Sto. Eduardo
O parceiro e leitor deste blog, de nome igual ao distrito, Eduardo Inácio Almeida mandou estas e outras imagens da enchente que atingiu fortemente as localidades na área do norte do nosso município. A primeira mostra os danos na área urbana do distrito e a segunda, o interior do hospital local.
Perguntar não ofende
No final do ano passado o governo estadual fez um estardalhaço dando prazo para o governo federal resolver o problema da ponte na BR-101 na altura do município de Silva Jardim. Agora, o problema é numa ponte na RJ 106, uma estrada estadual sob o controle do DER (Departamento de Estradas e Rodagem). A ponte fica entre os distritos de Tamoios pertencente ao município de Cabo Frio e de Barra de São João no município de Casimiro de Abreu.
No caso da BR-101, o Dnit (Departamento Nacional de Infra-estrutura) acionou o exército e em menos de uma semana, a situação foi contornada. Resta saber agora, como o governo estadual resolverá o problema, de forma a diminuir o impacto sobre o turismo e sobre os negócios ligados à área de petróleo, na sede da Bacia de Campos, em Macaé que utiliza bastante esta rodovia estadual. Além de Macaé, também os municípios de Rio das Ostras, Casimiro de Abreu, Cabo Frio e Búzios já estão sendo diretamente atingidos. Qual o prazo que se deve dar ao governo estadual que não cumpriu a sua parte na manutenção da ponte? Lembro que perguntar não ofende, pelo menos àqueles que em muitas vezes têm mais língua que competência.
Assinar:
Postagens (Atom)