Há algum tempo atrás, ao conversar sobre as conseqüências, quase sempre conhecidas que as chuvas têm produzido sobre estradas e pontes, o professor e ambientalista Aristides Arthur Soffiati fez uma observação que eu, até então, tinha passado de minhas análises. Soffiati a meu ver, mesmo não sendo engenheiro, acerta em mais esta opinião, quando diz que a quantidade enorme de estradas e pontes que são dragadas pelas águas das chuvas e enchentes, não são apenas acidentes citados por alguns, como naturais.
Assim como nos países que tem ocorrências de terremotos, as exigências para as estruturas dos prédios são maiores e diferenciadas, os nossos riachos, córregos, valões e rios não podem mais, serem canalizados da forma reduzida como têm sido feitos nos projetos de engenharia, quase que minimalistas.
Aparentemente, os engenheiros projetistas, têm feitos previsões de volumes de água, bastante aquém, daqueles que ocorrem em muitas das chuvas. Os recursos aparentemente economizados com estas reduções em manilhas e dutos têm causado enormes prejuízos ao meio ambiente e direta ou indiretamente à sociedade, como um todo.
Na verdade, os custos posteriores com estes reparos em rodovias e pontes são extremamente elevados, até porque obra emergencial tem sempre um custo superior àquelas em condições normais, inclusive pelo fato de que as dispensas de licitação acabam por permitir certas farras que o cidadão conhece.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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