segunda-feira, março 05, 2007

Empregos empacam em Campos

O Observatório Socioeconômico da região Norte Fluminense, um projeto de pesquisa que envolve cinco universidades de Campos e é coordenada pelo professor Romeu e Silva Neto do Cefet Campos. O Observatório está no momento concluindo o seu décimo sexto boletim que trará informações, sobre a situação de emprego formal nas nove cidades do norte fluminense. O boletim é o sexto que anualmente é publicado, com este diagnóstico sobre o emprego e também faz uma comparação com os números de empregos de outras cidades de médio porte do estado e do país.

A previsão é de que o Boletim seja divulgado até o final desta semana. O professor Romeu adiantou a este blog alguns dos dados apurados. Entre estes é possível ver que o emprego formal em Campos praticamente se estabilizou no último ano, em relação a 2005. Em dezembro de 2006 o estoque de empregos formais em Campos era de 60.461 contra 60.328 em dezembro de 2005.

Enquanto isso, em Macaé houve um aumento em números absolutos de 6.340 empregos em apenas um ano. Em dezembro de 2005, o número de empregos formais em Macaé era de 65.897 e no último mês do ano passado chegou ao recorde de 72.237 empregos. O incremento de empregos que a cadeia produtiva do petróleo produz em Macaé é altamente relevante e provavelmente sem nenhuma semelhança, com qualquer outro município do país, mesmo aqueles que tenham vivenciado a instalação de grandes empreendimentos. Em 1997 Macaé tinha 38.910 empregos e na época ficava atrás de Campos com 47.188 empregos. Hoje Macaé tem a significativa marca de 72 mil empregos. Veja no gráfico abaixo, a evolução dos números do emprego formal em Campos, na última década:
PS.: Para ver a imagem em tamanho maior clique sobre ela.

2 comentários:

Clube de Leitura Alexander Seggie disse...

Caro Roberto, como sou médico e não tenho capacitação na área administrativa, vou dar apenas o meu pitaco sem nenhum compromisso técnico. O que é preciso para que se aproveite o potencial integral da cana de açúcar? É viável econômica e eticamente a participação do município como parceiro econômico de uma empresa na área de biodíesel por exemplo?

Roberto Moraes disse...

Olá Flávio,

O potencial da agricultura e da cana-de-açúcar é muito grande, especialmente quando aliado a novos projetos, como o biodiesel.

O problema do setor é complexo. Os grandes investidores do setor, inclusive estrangeiros, estão preferindo as regiões onde haja maior concentração de terras e área de plantio, por considerarem ser de menor risco, as decisões e os entraves que normalmente envolvem os pequenos produtores, como é o nosso caso.

Por outro lado, os produtores locais têm um certo preconceito com o biodiesel e outras novidades que eles julgam mais ao molde de assentamentos dos quais desejam fugir como o diabo da cruz. Querem apoio, dinheiro e subsídios, sem nenhum risco, com raras e honrosas exceções.

No meio desta já grande dificuldade está o poder público, com seus gestores de olho, menos nos resultados econômicos e de geração de empregos e mais atentos e interessados, em dividendos eleitorais considerando que eles são os "sheiks" sentados sobre a grana, que no final cooptará os votos necessários à manutenção do "status quo".

Diante de tudo isso, não tenho como não ser pessimista em interpretar, que não será fácil obter resultados que verdadeiramente interessem à sociedade.

E quanto a ser médico, isso não é problema. O prefeito antigo era médico, o atual também, o deputado estadual e outro federal também, além de cinco dos dezessete vereadores... Sendo assim, você tem mais que direito à opinião, talvez até a uma eleição, desde que reze na cartilha, hi!

Abs,