sábado, abril 21, 2007

O blog entra em recesso

Junto vai o blogueiro. Desde agosto de 2004, nós só tivemos, uma parada: em janeiro de 2005. Serão apenas duas semanas, isto se o blogueiro conseguir ficar efetivamente longe das teclas. Os comentários estão liberados, mas os posts (melhor falar, as notas) com certeza voltam no dia 7 de maio. Até!

sexta-feira, abril 20, 2007

Momentos com Lenilson Chaves

Lenilson e seus dois amores: sua companheira Kátia e sua mãe Valdeia na festa do aniversário dela em Lagoa de Cima!



Na mesma festa discursando em homenagem à mãe.





Em 2006 discursando (Lenilson gostava de falar!) no lançamento do seu livro na 4ª Bienal do Livro.





Lenilson feliz autografando seu livro "Artigos e reflexões".



Lenilson na torcida pelo Goyta na última Seletiva, no dia 1 de novembro de 2006, num jogo contra o Macaé acompanhado deste blogueiro, do parceiro Nelson Bagueira e Renatinho.

Morre o parceiro Lenilson Chaves

Depois de enfrentar e lutar com dignidade contra dois cânceres, o professor Lenilson Chaves cedeu e de forma sutil, se despediu da vida. Na foto ao lado, o momento em que ele presenteou este blogueiro, com uma camisa do Goytacaz que tinha sido do time bi-campeão juvenil de 1972 que ele guardava desde esta época. Éstavamos junto do ex-presidente e diretor do Goytacaz, Edecyr Oliveira.

Ainda de neste dia, Lenilson me confidenciou de forma serena, que o segundo câncer havia retornado e que ele havia desistido, de enfrentar os tratamentos mais pesados de quimioterapia e radioterapia, que tantos traumas lhe havia causado. Disse que havia tomado esta decisão depois de conversar de forma franca e aberta com o seu médico. Lenilson falou isto de uma forma tão tranquila que me deixou espantado até por saber que era ateu, já que recusava até o conceito de agnóstico.

Lenilson era, botafoguense roxo, ou melhor, alvi-negro, vibrou quando eu lhe disse que estava tentando escrever um livro sobre o Goytacaz, me apresentou diversos ex-jogadores e torcedores do azul. Lenilson conhecia e primava da amizade de uma vasta legião de pessoas na nossa região.

Lenilson também era petista roxo desde ajudou a criar o partido em Campos no início da década de 80. Foi o primeiro candidato a deputado pelo partido em Campos em 1982. Teve uma bela performance à época. Foi depois candidato a vereador por duas vezes, a última em 2000. Em 2001 assumiu a presidência da Fundação Jornalista Oswaldo Lima onde fez um bom trabalho no pequeno tempo. Entre as atividades propôs a Bienal do Livro que a partir daí passou a fazer parte a cada dois anos do calendário cultural da cidade. Ao falar de Lenilson, não se pode deixar de falar do Colégio Municipal 29 de Maio, uma outra paixão. Instalado no bairro onde nasceu e viveu a juventude, a escola era como que uma cachaça, que não bebia. Lenilson, além das funções docente, por diversas vezes também dirigiu o educandário.

Lenilson fazia política com prazer, mas possuía uma característica pouco comum para quem milita nesta área: era direto, objetivo. Dizia o que pensava e o que queria. Embora, eu algumas vezes questionasse esse seu jeito de fazer política, aprendi com o tempo, que esta era uma fórmula melhor e mais autêntica de se relacionar mesmo nas rodas dos políticos.

Lenilson viveu e lutou o bom combate. Merece nossos aplausos e o abraço amigo que agora vai sob a forma de lembrança. Lenilson vai com Deus e até qualquer hora!

Da linha férrea para a BR-101

Há rumores de que a FCA (Ferrovia Centro-Atlântica) já estaria inclinada a suspender os seus serviços de transporte ferroviário na região. Estudos já teriam sido feitos inclusive, para trocar o transporte de combustíveis, que hoje é o de maior intensidade que a FCA (herdeira por concessão da ferrovia antes operada pela RFFSA) que assim seria transportado entre Duque de Caxias e o terminal (pool) de Cacomanga na Tapera em Campos, através de caminhões-tanques e não mais pelos vagões-tanques operados pela empresa. Três conseqüências danosas podem ser consideradas se esta decisão for efetivamente tomada: 1) eliminação de um recurso de transporte importante em termos de logística para a região como é o transporte ferroviário; 2) aumento do tráfego pesado de caminhões na já, quase saturada e mal conservada BR-101. O impacto disso será o estrago maior da rodovia e o aumento do índice de acidentes já bastante alto, especialmente com caminhões neste trecho da BR-101; 3) o abandono da idéia que a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) chegou a anunciar de implantar o transporte de passageiros no trecho entre Campos e Macaé com o uso da ferrovia. Enquanto os royalties crescem, a logística regional acompanha, só que como rabo de cavalo!

Ronaaallldooo...

Charge do Tako X para Charge On Line oportuna com a notícia da compra de todas as lojas da rede americana na América Latina pelo grupo econômico do Armínio Fraga.

Sai desta jacaré!

O blog do Ancelmo Gois, uma extensão da sua coluna no jornal O Globo, se reportou ao site Carnaval Carioca para falar da novidade de Rio das Ostras.

Depois da toda a confusão por conta da pressão da CNM (Confederação Nacional dos Municípios) de olho nos royalties locais, nem bem a poeira assentou e a turma de prefeitos já volta a fazer estripulia. Agora foi a vez de Rio das Ostras. O prefeito Carlos Augusto Baltazar, de olho em fazer sua cidade aparecer, teria procurado a escola de samba do grupo especial, Porto da Pedra, do município de São Gonçalo, para patrocinar seu carnaval de 2008 e assim se transformar em seu enredo.

A moda não é nova. Aliás, é comum se dizer que em termos de moda, ninguém inventa nada, tudo é cíclico, de tempos em tempos elas voltam, tal como antes. Vocês devem se lembrar que em 2002, Campos foi enredo da Imperatriz Leopoldinense. Todos sabem no que deu ou se esqueceram? A carnavalesca disse que Campos não dava samba pegou o nosso dinheirinho e... o resto você sabe.

Seria bom que o ex-prefeito, Arnaldo Vianna, pudesse alertar o prefeito de Rio das Ostras sobre a dor de cabeça e o tamanho do processo em que se meteu, ou melhor, foi metido. Calma gente, estou falando de processo civil por improbidade administrativa. Se quiser ouvir gente de outro lado da política pode ouvir também o ex-presidente da FCJOL (Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima) o jornalista Fernando Leite. É Armando Carneiro, o presidente da Ompetro, vai ter mesmo muito trabalho para fazer crer que os royalties são criteriosamente usados.

Diretor do SEPE questiona truculência na municipalização de escolas estaduais

O blog recebeu do diretor do SEPE, Fábio Siqueira o seguinte texto sobre a questão: "Sempre atento às convocações das profissionais da educação, pude constatar, por duas vezes, nas últimas semanas um estilo, digamos, "voluntarioso" na concepção de “parceria" da Prefeitura de Campos." "Explico. Estive nas duas ocasiões em reuniões, convocado por professoras de dois CIEPs do município, aflitas com especulações envolvendo a municipalização das unidades de ensino. Em ambas ocasiões, estava presente a professora Joilza Rangel, coordenadora regional de educação da SEE. Atesto aqui que a colega coordenadora, nas duas ocasiões, se pautou de forma firme, em defesa do interesse público e da rede estadual de educação, sob sua responsabilidade no município." "No caso do CIEP Arnaldo Rosa Vianna - será que no cenário de rivalidade atual o nome acirrou a sanha da PMCG? - no Parque Aurora, o pedido de municipalização foi, de fato, formalizado pela SMEC junto ao titular da SEE, Nelson Maculan e o processo está em curso. Na reunião com a comunidade escolar, foi relatado o processo em curso e expostas as alternativas colocadas para o pessoal da unidade. Foi difícil resistir à solicitação da prefeitura nesta unidade por duas razões: o pequeno número de alunos matriculados na escola (ensino fundamental, prerrogativa prioritária do município) e a presença de duas outras grandes escolas da SEE que oferecem ensino médio (prerrogativa prioritária do Estado) no bairro. Por coincidência, na saída da reunião, fiquei impressionado - e pude perceber a surpresa e o desconforto da coordenadora Joilza - com a forma acintosa com que funcionários da prefeitura adentraram o prédio à guisa de "levantamento" das instalações. Não traziam qualquer ofício ou identificação que caracterizasse o procedimento - extemporâneo, visto que a municipalização ainda não é favas contadas. As professoras e a direção da escola relataram que não era a primeira "visita", a própria secretária municipal de educação Beth Landim já havia estado lá." "Ontém, estive no CIEP Nilo Peçanha, o CIEP da Lapa. Lá houve uma reunião onde foi esclarecida situação que inquietava a comunidade escolar e dava conta de possível municipalização daquela unidade. A comunidade e os profissionais da escola foram tranqüilizados pela professora Joilza que esclareceu não haver processo em curso neste caso e negou a hipótese, absurda pois a unidade em questão tem cursos de ensino médio nas modalidades regular e EJA. O que afligiu a comunidade da escola foi um convênio para projeto social que se desenvolveria no prédio da escola sob gestão da FENORTE. Tal fundação do governo do Estado teria envolvido no projeto, que não está formalizado, a Fundação Municipal de Infância e Juventude. A Fundação Municipal, então, sem qualquer ofício ou registro de patrimônio, transferiu mobília e equipamentos para o prédio da escola, ESTADUAL! Isso mesmo. A direção da escola foi constrangida - não ficou muito claro por quem - a permitir o ingresso do material no CIEP, sob a alegação que os governos do Estado e do município agora são "parceiros". A reunião deliberou que a Escola e a FENORTE oficiariam à FMIJ, determinando a imediata retirada do material do CIEP e a comunidade escolar avaliaria à partir de proposta concreta - por escrito - o projeto social a ser desenvolvido exclusivamente com a FENORTE." "O que fica claro para mim é o atropelo que os órgãos da prefeitura imprimem ao que eles chamam de "parceria" entre Estado e município. Nós, do movimento social, não temos nada contra a integração de iniciativas entre Estado e Prefeitura. Muito pelo contrário! Isso pode ser muito bom para o interesse da sociedade. Mas achamos que tem de ser feito de forma oficial, transparente e seguindo procedimentos regulares, previstos em lei. Assim age o gestor responsável." "É preciso que o prefeito e seus auxiliares de primeiro escalão atentem que as relações oficiais entre Estado e Prefeitura, por mais "amistosas" ou "parceiras" que sejam devem observar procedimentos regulamentares, não podem se pautar pela informalidade, não se trata de uma ação entre amigos. Acho que há um Procurador no município. Ele poderia orientar seus colegas secretários sobre a questão." "Confesso estar assombrado com o que presenciei. Esse pessoal de hoje não tem noção, acham que podem tudo, é tipo "pé na porta". Assustador! Um abraço, Fábio Siqueira."

quinta-feira, abril 19, 2007

Água de poço será também controlada e cobrada

A Serla (Superintendência Estadual de Rios e Lagoas) e a concessionária, Águas do Paraíba iniciarão na próxima segunda-feira, às 11h, em Campos, a campanha que eles chamam de “regularização do uso da água no município”. Todos os usuários que não têm autorização (outorga – documento que autoriza a utilização dos recursos hídricos) vão ter que obtê-la através deste cadastramento. 17 de julho é a data limite, em todo o Estado do Rio de Janeiro, para que os usuários se cadastrarem para obter esta outorga.

A Serla diz que o seu objetivo é controlar e cobrar pela água captada em cada manancial, qualquer que seja ele, superficiais ou subterrâneos. A Serla entende que “o uso indiscriminado de água de mananciais coloca em risco a saúde da população.” Estima-se que atualmente em Campos haja cerca de 5 mil usuários não cadastrados, que serão visitados pelos técnicos da Serla e da Águas do Paraíba.

O órgão estadual avisa que a regularização do uso destas águas pode ser feita através de informações prestadas, pelo próprio usuário de água, ao Cadastro Nacional de Usuário de Recursos Hídricos (CNARH), via internet no site da Serla (http://www.serla.rj.gov.br/) ou na sede física da Serla, ou ainda, em quaisquer das agências regionais do órgão. A Serla informa também que “a regularização da captação de água de origem diferente da ofertada pela concessionária responsável pela distribuição de água no município, se dará com a instalação do medidor de vazão (hidrômetro), em todas as captações ou poços, que serão feita pelos técnicos da Serla.”
PS.: A partir de matéria do Globo Online.

Literalmente na teta dos royalties

O acordo entre Parmalat, produtores rurais, o governo do estado e a prefeitura de Campos através de recursos do Fundecam, divulgado hoje na coluna Negócios & cia, da jornalista Flávia de Oliveira, no jornal O Globo de hoje, o negócio da produção de leite se pendura em uma das tetas ainda disponíveis dos royalties. Petróleo gerando leite e divisas. E vamos em frente que as tetas estão acabando, embora bufem de royalties que pingam pelo caminho. Espera-se que o leite se sustente nas tetas, quando o petróleo secar nas plataformas.

Facilit-a e empurra o concurso

Há indícios fortes de que a prefeitura de Campos empurra como pode o concurso que a justiça determinou para substituir os mais de 15 mil contratados de forma precária por serviços prestados. Agora, depois de repassar para a Fundação José Pelúcio todos os antigos contratados resolve, de forma emergencial, contratar uma empresa, que tem o sugestivo nome de Facilit, para dar conta de uma parte destes contratados. A PMCG acena apenas, com o preenchimento de 80 cargos num concurso para os hospitais de Guarus e Ferreira Machado, cujo edital ainda não foi sequer anunciado. Não é possível que seja assim, tão difícil realizar estes concursos. Alguns já foram feitos recentemente para contratar novos funcionários. Os editais são similares. Só para ter uma idéia, os jornais do final de semana divulgaram uma lista de diversas prefeituras que estão realizando concursos para o preenchimento de um bom número de vagas, entre elas: Nova Friburgo – 2.483 vagas; Nova Iguaçu – 642 vagas e Vitória – 505 vagas. Repito estão Facilit-ando não cumprindo a decisão da justiça. E é lógico que a intenção disto é empurrar o problema até depois das eleições de outubro do ano que vem. Depois... Por menos que isso tiraram um prefeito do cargo e agora?

É de lascar!

Essa Míriam Leitão é difícil de engolir. Vive defendendo os “mercados” etc. e tal. Na época de FHC defendia o BC e as altas taxas de juros. Agora, que as taxas estão nos seus menores patamares históricos, com 12,5%, ela diz que “mesmo que ela caísse 2 pontos percentuais, os juros reais brasileiros continuariam sendo os maiores do Mundo.” É duro de engolir a pretensa neutralidade jornalística que ela diz possuir. Quem não te conhece te compra! Por tudo isso e algo mais é que julgo, que cada vez mais, pode-se considerar normal, os órgãos de mídia se firmarem com posições sejam elas políticas, econômicas, ideológicas, etc. Ou não?

Novo canal de TV em Campos

Barbosa Lemos, um misto de empresário de diversos ramos, inclusive comunicação e também radialista, colocou no ar recentemente, a TV Difusora. Pelo que se sabe, a nova emissora transmite tanto no canal aberto quanto na transmissão, através da Via Cabo no canal 8. O esquema é similar às outras já conhecidas como da TV Litoral e Plena TV com transmissão ao vivo dos programas radiofônicos direto dos estúdios da rádio e inserções de alguns clipes e transmissão de DVDs de shows de artistas. Mais uma forma de faturamento na terra que esbanja os royalties.

Curral das éguas alagado

O antigo e famoso lugar conhecido antigamente, como o curral das éguas, que está tendo seus resquícios demolido, para dar espaço para a pista de acesso ao viaduto de acesso à ponte estadual sobre o rio Paraíba do Sul, junto ao Mercado Municipal, está quase que todo alagado. É provável que seja um vazamento de esgoto, mas como é uma área baixa, que no passado fazia parte das margens do canal Campos-Macaé, não é impossível que seja o lençol freático ainda alto, por conta do espraiamento das águas do canal coberto, na altura do Parque Alberto Sampaio. O parceiro, professor e advogado, Luiz Ribeiro Gomes, foi quem remeteu para o blog o registro da situação.

quarta-feira, abril 18, 2007

A meia entrada: objetivos, controle e resultados

Os trambiques que cercam este instituto (permitam-me que chame assim) estão desmoralizando este investimento da sociedade e permitindo que os empresários, gananciosos de sempre, tentem desvalorizá-lo e suspendê-lo em prol do lucro simples e burro. Digo burro, porque assim será temporário e finito.

É preciso que todos entendam o objetivo de tal instituto. O que na verdade ele propicia é a formação cultural de um povo e até, para os negocistas e financistas, de um novo e maior mercado consumidor de cultura. Para quem pensa na nação e na sociedade como um todo fica mais fácil ver o retorno.

Há gente, que ao contrário, se sente subtraída, ao ver um espectador, estudante ou idoso ter este direito, quando deveria ser o inverso. É normal, que quem esteja na idade chamada de produtiva, perceba que é sua vez, de dar a sua contrapartida, pelo benefício que teve quando era estudante e que terá quando for idoso. Um raciocínio, de certa forma similar, ao seguro.

Quando os idosos ganharam este direito, o entendimento é o de que a sociedade deseja retribuir aos cidadãos que já deram sua contribuição ao país e às suas famílias, o direito de acompanhar o cotidiano das coisas, de refletir, pensar e ainda, conforme, suas capacidades retornar, sob a forma de debate e ações pelo lazer, pelas informações e formação obtida com o consumo destes espetáculos. Ainda para os financistas, vale pensar que o idoso que vive melhor, que tem mais atividade, representará menos gastos em saúde para a própria sociedade.

Por tudo isso, nossa sociedade devera se orgulhar por viver num ambiente social que pensa estas compensações inter-geracionais. Talvez, até pudéssemos ir além, com o incremento de compensações sociais de inclusão cultural. A bolsa cinema, bolsa teatro, etc. Porém, se continuarmos a achar que a bolsa ou o desconto concedido ao outro, nas condições citadas é uma usurpação de algo que me pertence, estaremos na verdade vivendo em sociedade, mas querendo viver só e reclamando das coisas, da violência, da gestão, da falta disso ou daquilo.

Aperfeiçoar estes mecanismos e aumentar o controle contra fraudes na concessão destes benefícios é dever da sociedade. Querer ser estudante ou idoso sem ser é começar a encerrar a boa prática que este instituto possibilitou. Pense nisso!

terça-feira, abril 17, 2007

Urna eletrônica francesa

Na França existem três tipos urnas eletrônicas homologadas pelo ministério do Interior. A mais vendida é esta do clip. Apesar da França ser um país do primeiro mundo, por lá, nas eleições de primeiro turno do próximo domingo, as urnas eletrônicas somente serão usadas, por cerca de 1,5 milhão de eleitores do total de 44,5 milhões, espalhados por 80 cidades com mais de 3.500 habitantes. Apenas estes vão poder apertar botões pra escolher o presidente. Os demais vão ter que votar à moda antiga: chegar na sessão, pegar 12 papéis (cada um com o nome de seu candidato), se dirigir até a cabine e colocar o papel com o nome do escolhido num envelope e depositá-lo na urna. A informação é do blog do Mário Câmera sobre as eleições francesas. Veja mais detalhes aqui: http://oglobo.globo.com/blogs/afrancesa

Imagens que mudam comportamentos!

Era um CrossFox. Se desejar ver cenas mais terríveis clique aqui.

No calcanhar do “bom rapaz”

Garotinho através do seu blog está no calcanhar de seus ex-liderados. Depois de puxar a orelha de Vagner Victer, agora parte para cima do secretário de Agricultura, Christino Áureo, a quem chama de “bom rapaz” dizendo: “Os 50 veículos novos que o secretário de Agricultura, Christino Áureo entrega hoje a EMATER para atender aos 70 mil produtores rurais do estado, foram comprados no governo Rosinha, quando o presidente do órgão era o ex-deputado Nilton Salomão. Vamos ver se o Christino, como bom rapaz, vai se comportar diferente de Wagner Victer, e no discurso reconhecer que os recursos para a compra dos carros vieram do governo Rosinha.” É ainda interessante, a forma como o ex-governador coloca a questão das medidas da gestão passada que repercutem na atual. Se observarem bem, vocês perceberão que, quando ela fala dos recursos que o governo passado empenhou em determinados gastos fica parecendo, que são recursos do seu próprio bolso.

Moradores do Pq. Santa Helena e Fundão reclamam

O blog do Luciano Azevedo informa, que ontem foi realizada uma reunião, com 200 moradores, dos bairros que serão atingidos pela ponte municipal que sairá na rua Estilac Leal em Guarus.

A reunião teria acontecido a partir de protestos dos moradores em relação ao tratamento recebido da Prefeitura Municipal de Campos. Segundo o blog um morador teria afirmado: “Eu recebi um telefonema da Prefeitura dizendo que eu tinha que sair da minha casa no prazo de 15 dias, e a PMCG daria R$ 200,00 reais para cada família pagar aluguel!”

A revolta das famílias reproduz o que aqui já foi dito sobre a falta de estudos de impacto de vizinhança que gera, a falta ou um planejamento inadequado para esta intervenção urbana. A foto da reunião é do blog do Luciano Azevedo.

ISO 26000

Você já deve ter ouvido falar nas normas de cerificação em qualidade, a série 9000. Agora a Organization Standard Internacional está organizando modelos de gestão para definir diretrizes para normatização (orientação) e certificação (expedição de um selo ou certificado) para os projetos de Responsabilidade Social. A idéia é de que a ISO 26000 seja, um guia que contenha parâmetros para servir de orientação nos projetos de responsabilidade social, que terá apenas adaptações com os locais de implantação. Até hoje, algumas das empresas que possuem atividade classificada como sendo de responsabilidade social utilizam-se das orientações da SA 8000. Esta é também uma normativa internacional que estabelece parâmetros relativos proibição do trabalho infantil, trabalho forçado, saúde e segurança do trabalho, liberdade de associação e direito à negociação coletiva, etc. A ISO 26000 pretende ser mais ampla em termos de definições e parâmteros. É um bom caminho, mas melhor mesmo é que as empresas passassem a ter mais interesse social do que a simples visão de marketing.

Falta luz para enxergar o aumento do custeio da máquina

Um rápido passeio no site oficial da municipalidade permite identificar, medidas do cotidiano que provocam o aumento vertiginoso, daquilo que se chama máquina pública. Além dos quase trinta mil servidores na folha de pagamento, o que não quer dizer trabalhando, não pára de crescer a aquisição de imóveis para as atividades chamadas meio. Elas se diferem das atividades fim, porque não atendem diretamente o cidadão, também chamado, neste caso de munícipe.

O caso em questão foi noticiado ontem com o seguinte release pela prefeitura de Campos: Campos Luz vai mudar de endereço
“O prefeito Alexandre Mocaiber baixou decreto no último sábado, dia 14, autorizando a ocupação de um dos imóveis desapropriados pela prefeitura para a Companhia de Iluminação Pública do Município – Campos Luz. A nova sede será na rua Tenente Coronel Cardoso, nº 91, perto da Sorveteria Líder.”

O caso em questão é emblemático. Esta é uma empresa que não tem um único funcionário que segure uma chave de fenda, suba em um poste, estique um fio ou atarraxe uma lâmpada. Todo este tipo de serviço que ela faz de iluminação pública é terceirizado, através de contratos de prestação de serviços divididos, por áreas do município. A empresa municipal que não necessita controlar estoque ou pessoal diretamente vai ter uma sede, que demandará despesas de água, luz, telefone, recursos de informática, manutenção predial, segurança, etc.

É desta forma que cresce a máquina pública do município de Campos que hoje, já consome, mais da metade da receita obtida com os royalties. A pergunta que resta: precisa disto? Quem vai alertar o alcaide? Estava na hora dele admitir trocar, pelo menos uma parte dos atuais bajuladores, por gente que possa dizer coisas pelas quais ele pudesse refletir. Ou seja, uma LUZ para Campos, que é diferente de Campos Luz.

segunda-feira, abril 16, 2007

O olhar de cada um no traço do Bessinha

Olho grande nos royalties continua

Engana-se quem imagina, que a garantia do aumento do repasse do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) em 1%, vai saciar a demanda de recursos dos municípios que hoje ouvem falar desta maravilha. Há quase dois anos, Niterói e Rio de Janeiro, conseguiram convencer a ANP de que por possuírem estaleiros e outras instalações ligadas, à cadeia produtiva do petróleo, era por ela impactada e como tal, também fazia jus a uma determinada parte do bolo, como produtores, dividindo a quota mensal, apenas ficando de fora da participação especial. Por isso, seus vizinhos passaram também, a ter direito pelo fato de serem seus limítrofes. Com o mesmo argumento no final de 2006, o município de Angra dos Reis tenta – e segundo informações extra-oficiais da ANP estariam, prestes - de ser também contemplado, de forma similar a Niterói e Rio de Janeiro. Seus vizinhos também já se alvoroçam para também terem direito como vizinho de produtor. Com se vê, as formas e os meios de se tentar alçar os recursos dos royalties, dividindo o bolo dos municípios produtores locais, são diversos e tenderão a aumentar. Além da luta com os produtores, dezoito municípios já constituíram a Associação Brasileira de Municípios com Terminais Marítimos, Fluviais e Terrestres de Petróleo e Gás Natural (Abramt), para lutar pelo que chamam de luta pela valorização dos municípios que são sede de terminais marítimos, onde propõem um re-divisão dos royalties entre os que têm uma base de terminais e os seus vizinhos. O secretário de Comércio, Construção Naval, Porto e Energia do município de Angra dos Reis, Francisco José de Almeida, afirmou que “os valores do repasse são desproporcionais aos riscos considerados permanentes pela legislação da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Hoje, os valores praticados são os mesmos de 1980, quando foi criada a lei do repasse dos royalties. O objetivo não é impedir que outros municípios recebam sua fatia dos royalties, mas sim que seja proporcional.”

O Dia: "Arnaldo Vianna está fora da disputa de 2008"

A versão On-line do jornal O Dia publicou no sábado, a seguinte matéria: “Contas rejeitadas afastam ex-prefeitos de nova eleição”. Lá o repórter, Ricardo Villa Verde, diz que:
“Pelo menos 20 ex-prefeitos do Estado do Rio que deixaram os cargos em 2004 podem ficar impedidos de tentar voltar às prefeituras de suas cidades nas eleições de 2008. Todos tiveram contas do último ano de sua gestão (2004) rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). Pela legislação eleitoral, administradores públicos com contas reprovadas não podem concorrer.”
A matéria diz ainda que: “O impedimento só vale, porém, quando a Câmara de Vereadores da cidade mantém o parecer do TCE. Se os vereadores aprovarem as contas, apesar do parecer contrário do tribunal, o prefeito fica livre da punição. No total, o TCE do Rio já reprovou 41 contas referentes a 2004, quase a metade dos 91 municípios fiscalizados pelo tribunal. Em sete cidades, os vereadores mantiveram a decisão do TCE; em 12, as Câmaras ainda estão analisando os casos. Nas demais, as contas foram aprovadas pelos vereadores ou ainda nem começaram a ser discutidas pela Câmara.” “Arnaldo Vianna (PDT), de Campos, teve as contas de 2004 rejeitadas pelo TCE, mas aprovadas pela Câmara campista. Vianna, porém, teve problemas com relação a 2003. O parecer do tribunal contrário às contas desse ano foi mantido pela Câmara. Eleito deputado federal em 2006, Vianna só conseguiu assumir o cargo com uma liminar judicial. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) cassou sua candidatura, mas ele alegou que não teve direito de defesa no TCE.” Bom lembrar que pesquisas de opinião não divulgadas, mas de conhecimento amplo na cidade, dá conta que Arnaldo seria eleito como prefeito, caso a eleição acontecesse hoje. Mais detalhes aqui.

Shi... agora a coisa ficou séria!

Quer dizer que o título do carnaval pode ter sido comprado? Depois das prisões da sexta-feira, que obrigou as revistas, de final de semana, a terem que refazer, em parte seus conteúdos, poderia haver notícia mais grave, do que esta que levantou a suposição da compra do título do carnaval deste ano? Os bicheiros dono de todas as escolas não fariam isto...

Passado e presente - II

Alguém já deve ter concluído que o presente é o futuro do passado, da mesma forma, que o passado foi o futuro do presente que passou.

Passado & presente

Na sociedade do espetáculo e das imagens, o presente é sem dúvida o que vale, porém, mais que nunca ele é frugal e superficial. Por conta disso, qualquer um, que deseja algo mais denso e profundo acaba tendo que procurar no passado que assim, pode tornar-se, paradoxalmente, mais relevante que o presente. Este, por sua vez, mesmo turbinado com toda a parafernália “high-tech on-line” sem referências, vale menos que a folha seca que cai da árvore num fim de outono.

domingo, abril 15, 2007

Uma entrevista que merece ser lida

Feita pelo jornal O Estado de São Paulo com o jornalista Franklin Martins, que depois de ter sido, recentemente, comentarista político de duas importantes redes de TV, assumiu o controle da Secretaria de Comunicação Social que tem estado ministério. Aqui.

As adaptadas brincadeiras da mulecada

Registro também do professor Marco Maciel:

"Caro amigo, nas minhas andanças aqui pelo lado de cá, no caso, o Parque Cidade Luz, encontrei esse jogo (triângulo) onde a garotada substituiu a nossa famosa baleba, por atuais tampas de refrigerantes (garrafas PET). Tempo bom aquele, em que toda mulecada tinha acesso a pequenas bolas de vidro para brincar. Independentemente disso, nossas crianças continuam com muita criatividade.
Um forte abraço!"

Machismo comprovado por teorema

Para descontrair o final do domingo. A contribuição é do professor e parceiro, Marco Maciel:

Como ninguém quer falar sobre o artigo...

Ia, desde já, suspender as atividades aqui, da mesma forma que fiz com os artigos no jornal, que pode ser lido, na última frase do artigo abaixo, mas resolvi ficar por mais alguns dias, antes das férias também no blog. Vi que não adianta insistir ninguém quer tratar do assunto apresentado no artigo, nem mesmo para dizer que o blogueiro enlouqueceu. Que se há de fazer?

sexta-feira, abril 13, 2007

O Day after dos royalties

Não costumo postar, aqui neste espaço, integralmente o artigo quinzenal que sai publicado na sexta-feira Folha da Manhã. Normalmente faço aqui no blog apenas um link para a seção ao lado "Meus últimos artigos". Porém, como considero o tema um debate não só atual, como urgente resolvi deixá-lo por inteiro aqui também. É um simples exercício de cenário, para o qual torço que esteja errado. Ele nada tem a ver com a sexta-feira, 13. Ou, será que... Leia, avalie, comente, critique, reformule, corrija, etc., pelo amor de Deus diga que é absurdo. O que significa ter que viver sem os royalties? Mesmo tendo passado o primeiro susto sobre a implantação de uma nova forma de rateio dos royalties é bom imaginar o cenário e planejar mudanças quando do seu fim. No caso de Campos, que é o município com a maior receita de royalties e participação especial, significaria perder este ano, uma quantia da ordem de R$ 900 milhões de um orçamento total de R$ 1,3 bilhão. O argumento aqui exposto trata-se de um simples exercício do drama que poderemos viver num futuro mais próximo, ou mais longínquo, num cenário, que na melhor das hipóteses, se estima para daqui a 20 ou 25 anos. Dizer que o petróleo é uma riqueza finita virou voz corrente. O problema é saltar desta afirmação para uma aplicabilidade que venha amenizar as conseqüências futuras. Já afirmei neste espaço e repito, que não há fórmula mágica que possa gerar no futuro recursos iguais, aos dos atuais royalties. Nem mesmo, os investimentos produtivos como o Fundecam ou Fundecana, multiplicado em cem vezes, têm poder de gerar receita, no plano municipal, equivalente à dos royalties. Não há ISS, IPTU, ITBI e outros impostos, somados a taxas municipais, que possam fazer caixa equivalente para os cofres municipais. Sendo assim, os royalties devem ser encarados, como uma receita finita, possivelmente até mesmo, antes do fim da exploração de petróleo em nossos campos. Voltemos ao exercício: sem os royalties teríamos que viver com R$ 300 milhões. Espera lá: antes é bom lembrar que os repasses estaduais devem também sofrer redução com a suspensão da receita dos royalties ao nível do governo estadual. Para não ser muito drástico, pode-se considerar, que com a soma das receitas próprias e das transferências governamentais é possível chegar a R$ 500 milhões, isso se as empresas bancadas pelo Fundecam, ainda permanecerem aqui no futuro. Pergunto: como sustentar a cidade e as demandas por ela gerada, se hoje com pessoal e com o custeio da máquina, já se tem, gastos superiores a R$ 800 milhões? Assim, não haverá dinheiro, para construir uma nova sala de aula, um leito hospitalar sequer e ainda faltarão R$ 300 milhões, para bancar o custeio, a cada dia ampliado por casas e mais casas compradas para hospedar setores governamentais, na sua maioria usados em atividades-meio, sem maior retorno para o cidadão? A situação seria grave. Como ficariam as faculdades, sem ter as prefeituras para sustentar as mais de dez mil bolsas? Como ficarão os hospitais filantrópicos hoje, cada vez mais dependentes do socorro público? Como ficarão os clubes de futebol e esportivos? Como se sustentarão os proprietários de imóveis diante da redução da demanda de aluguéis? Como ficará o comércio no dia que os quase trinta mil servidores municipais, não puderem ser mantidos nos quadros do governo? Mais: com a redução das atividades das instituições de ensino e de saúde, os empregos nesta área certamente serão reduzidos e conseqüentemente, as compras no comércio local, que por sua vez, também terá que conter custos e reduzir empregos. O patrimônio de quem conseguiu juntar, também perderá valor com a redução do seu valor de uso. Imóveis de R$ 200 mil cairão para R$ 100 mil ou menos. Os de R$ 1 milhão, cairão mais e talvez cheguem a R$ 150 ou R$ 200 mil. O quadro seria caótico. Tem gente que diante de cenários, mesmo, que talvez um pouco exagerado, porém possível, prefere apenas dizer: vira sua boca para lá. É um direito seu. Porém, os gestores públicos, não têm este direito e sim o dever, de planejar para transformar o futuro. Desejaria ter argumentos para ver o futuro de uma outra maneira, porque, como já afirmei no primeiro parágrafo, hoje existe consenso de que a única dúvida que há é sobre o tempo em que este futuro chegará. Pare o mundo que eu vou descer. Saio de férias e só retorno no dia 11 de maio.

Aprendendo a ler o cenário e a planejar

Você sabe que esta questão do aquecimento global e das emissões de CO2 pode ajudar nossa região na questão dos royalties? É difícil de entender? Explico: sei que com o petróleo estaremos produzindo mais queimas de combustível fóssil e ajudando no aumento das emissões de carbono. Porém, argumento que o aprendizado de ter que pensar no futuro, de forma abstrata, num exercício do que poderá acontecer com o aumento da temperatura média do planeta, poderemos aproveitar deste aprendizado, para também fazer um exercício do que poderá ser as nossas cidades ao fim do petróleo, ou com a redução dos royalties, que poderá acontecer muito antes da redução das nossas reservas petrolíferas. Esse tipo de exercício ajuda a gente a planejar. Ao conseguir enxergar o cenário futuro poderemos pensar e agir sobre o presente de forma a alterá-lo. Resolvi fazer este exercício em voz alta. O resultado você poderá ver no meu artigo de hoje na Folha da Manhã.

Ex-delegado da Polícia Federal em Campos é preso no Rio

O atual delegado da PF em Niterói, Carlos Pereira, que atuou durante um bom tempo na delegacia em Campos foi preso hoje, na "Operação Furacão”, junto com diversos membros do Tribunal Regional Federal, desembargador José Eduardo Carreira Alvim, além de diversos bicheiros como, Aniz Abraão David, o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba, Aílton Guimarães Jorge, o capitão Guimarães, e Antonio Petrus Kalil, o Turcão.

Finalmente uma boa notícia

Sexta-feira 13 é assim quem acredita em azar atrai o próprio. Melhor é viver e lutar. Daí que as coisas vão acontecendo. Está certo que entre a notícia e o fato pode demorar alguns anos, mas pelo menos é uma perspectiva. A notícia é sobre a BR-101. O governo federal praticamente já decidiu fazer os investimentos que seriam exigidos dos futuros concessionários para reduzir os valores dos futuros pedágios. Com isso, em nosso trecho estaria garantido a duplicação entre Rio Bonito e Rio Dourado, na entrada para Rio das Ostras, o novo contorno de Campos entre Itereré, SantaCruz até o Km 14 da Campos-Vitória. Melhor ainda, estas obras que no modelo de concessão anterior, teriam prazos de até 15 anos seriam feitos pelo governo federal, que assim, deixaria para a concessionária, o ônus da manutenção da rodovia em troca do bônus da cobrança de pedágios. Sobre estes também estão sendo definidas mudanças. Além de um re-estudo sobre a quantidade e locais de instalação das praças de cobrança, há também a possibilidade da implantação da bilhetagem eletrônica. Esta tecnologia já é utilizada nas auto-estradas da Europa e nos estacionamentos de alguns shoppings. A técnica reside na instalação de um sensor eletrônico no vidro do carro, que registraria a passagem e enviaria a fatura no final do mês para o motorista. Isso permitiria que o pagamento do pedágio fosse feito por quilômetro rodado. Espera-se que realmente haja uma redução das praças e dos valores dos pedágios e a antecipação da duplicação da rodovia. Porém, uma questão importante de ser resolvida é que, além do novo contorno, não há, pelo menos que se saiba, mudanças e melhorias previstas para dois trechos que são recordistas em acidentes em nossa região: entre Caixeta e Serrinha no trecho Campos-Macaé e no entorno de Morro do Coco, no trecho entre Campos e a divisa com o estado do Espírito Santo. Taí uma nova pressão a ser exercida!

Valei-me Deus!

Talvez seja a riqueza dos royalties, mas os costumes por aqui andam mudados: Autoridade promove a bandalha que deveria combater. Desabrigados de enchente vão para o motel, enquanto tomba a última lembrança do curral das éguas, na cidade que cada vez tem mais gente lavando a própria. Valei-me Deus e tan-tan-tan na madeira três vezes!

Sexta-feira, 13, no 7° ano, depois de 2000!

Só vale para os supersticiosos. Para os demais, apenas mais um dia, que o blog deseja que seja bom!
PS.: Veja também o horário da postagem.

quinta-feira, abril 12, 2007

Plantação de abacaxi em SFI

Muito antes da fruticultura se transformar num assunto corriqueiro na região, o município de São Francisco do Itabapoana, quando ainda era apenas o sertão de São João da Barra, já arriscava o plantio da cultura, tanto do abacaxi, quanto do maracujá. Neste período, os produtores têm tido altos e baixos conforme o preço que alcançam no mercado. Como não há planejamento e organização entre eles, quando plantam demais perdem dinheiro pela sobra da mercadoria.

Eles dizem que este ano, o plantio foi um dos maiores dos últimos tempos e por isto estão preocupados com o preço que vão auferir. Há no meio deles, muita gente que planta em terra de terceiros e negocia hoje, à base de 30% do resultado líquido para o dono da terra. Alguns deles estão avançando no trato e cultivo da fruta com o uso da irrigação tentando obter frutos de melhor qualidade. Estes têm maior valor e são mais procurados para a comercialização “in natura”, do que aqueles pequenos frutos descartados, especialmente quando a produção alcança patamares mais significativos.

A produção deles, além de atender ao mercado da nossa região vai também para o Rio de Janeiro e agora também para Minas Gerais. O Espírito Santo é praticamente auto-suficiente. Apesar da maior experiência, ainda é comum, os produtores terminarem a safra, cheios de cheque sem fundo recebidos, de intermediários que aqui vêem pegar sua produção. As fotos são de uma plantação na localidade de Morro Alegre, que neste ano, pela primeira vez, usa a irrigação por asperção.

Sentido

Oportuna e perspicaz como todo bom chargista, Sinfrônio, do Diário do Nordeste e da A Charge On Line sacou bem o fato.

Denúncia séria

Agora pela manhã eu estava saindo de uma entrevista na rádio Continental onde fui chamado para falar sobre os royalties, quando ouvi, no programa seguinte, o radialista Cacau Borges num programa ligado ao governo municipal falar: “Já enjoamos de falar aqui das reclamações sobre o transporte público na cidade, sobre as bandalhas e o pouco caso. Eu ouvi e quero crer que não é verdade, mas, o bochicho aumentou muito, que quem devia fiscalizar o transporte público na cidade é dono de 16 vans que estão atuando no município. Eu não posso acreditar, mas como não dão jeito no problema, a gente fica até começando a achar que é verdade.” Não se sabe sobre quem o radialista se referia. Se ele falava sobre o presidente da Emut (Empresa Municipal de Transportes) arquiteto Ronaldo Linhares ou sobre o diretor técnico da mesma empresa, Jonas Mendes a quem dizem caber todas as atribuições referentes ao transporte público na cidade, ou ainda, sobre qualquer outro gestor municipal. Porém, diante de tão grave questionamento, o Ministério Público também deveria dar o ar de sua graça.

Sugestão

Por que o MPE (Ministério Público Estadual) não acompanha esta transferência de contratação, por serviços prestados, da PMCG para a Fundação José Pelúcio (UFRJ)? A simples comparação entre quem estava em uma e outra lista vai trazer informações que até Deus duvidaria. A quantidade de gente é tão grande que o blog soube que a quantidade de caixas de papelão que guardam as carteiras de trabalho expostas na Secretaria de Administração é um volume tão expressivo, que espanta até o mais incauto e desligado servidor que por lá vai cuidar de seus interesses.

Manifestação pesada

Particularmente, não gosto destas críticas genéricas aos políticos. Considero que elas despolitizam a sociedade e junta todo mundo no mesmo saco, o que não é verdade. Porém, também não posso deixar de considerar como criativa, embora pesada, a manifestação deste pessoal de que usa a rodovia da foto ao lado situada, entre Cataguases e Leopoldina, no estado de Minas Gerais. Esta foto está circulando, naquilo que o Ancelmo Gois chama de “território livre da internet”.

Agora saiu mesmo!

Segundo o botafoguense e vencedor José Carlos Salomão que faz troça com a nota de ontem aqui, agora saiu o Vasco, Romário, Renato e dizem que também esta na lista de saída, o Eurico Miranda. Vocês não imaginam como eu fico triste pela tristeza do meu porteiro Marcos. Viva a rivalidade do futebol. Sem ela o futebol não tem graça.

quarta-feira, abril 11, 2007

Indicador de sustentabilidade ambiental para o campo

A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) está organizando um indicador a ser usado, nos produtos agropecuários em nosso país, com a intenção de levá-lo a ter credibilidade internacional. O IS (Índice de Sustentabilidade) que é o nome sugerido pretende relacionar, a qualidade dos alimentos com os impactos ambientais gerados nas áreas produtivas. A idéia inicial é a de começar pela cadeia produtiva do açúcar e álcool e com isso ajudar a transformá-los em commodities. Tendo o etanol como energia renovável todo um cenário favorável pela frente, é mais do que o momento, para a nossa região estipular critérios ambientais a serem cumpridos pelo setor canavieiro. O Zoneamento ecológico-econômico das áreas de plantio seria uma destas ações. A outra, este blog já sugeriu neste espaço: o de que o Fundecana, financiamento que a prefeitura está fazendo para auxiliar o produtor com a ampliação da área plantada no município, tenha esta preocupação e exija, entre outras contrapartidas do produtor, a reserva de uma área, próxima a mananciais atuais ou antigos de água, para o replantio de matas nativas. Seria bom, que a questão pudesse ser analisada.

Mecanização na área rural

Na foto vê-se o corte de capim napier que depois de picado é servido para o gado leiteiro. Usa-se para isso, essa picadeira acoplada ao eixo de tração do trator que moe e joga na caçamba. Fala-se na implantação de uma picadeira junto da cortadeira na colheita da cana-de-açúcar.

No interior de São Paulo já estão sendo usados, caminhões caçamba fechados que levam a cana já picada até a usina. Com isso reduz-se de forma significativa a perda, que hoje se tem no transporte entre o campo e a usina. Aos poucos, a mecanização chega à nossa lavoura. A imagem ao lado foi feita próximo à localidade de São Diogo na divisa dos municípios de Campos e São Francisco do Itabapoana.

Nem na rua das casas da luz vermelha...

Evitei até aqui tratar do assunto publicamente, especialmente, pelo meu afastamento dos debates e discussões dentro do partido. Porém, como entendo que uma coisa não elimina a outra e considerando ainda, que algumas vezes, o debate e a exposição de idéias aqui pode ser mais dinâmico e até saudável, não consigo mais resistir em tocar no assunto sobre o interesse do PT, em participar da atual administração do município de Campos. Nem na rua das casas da luz vermelha, as profissionais, se oferecem tanto e por tão pouco, como alguns petistas locais, em relação ao senhorzinho, dono local da chave do cofre dos royalties. Além, dos problemas gritantes na administração e da ausência de um projeto político ousado, transparente, popular e eficiente para a gestão de nosso município, por parte daqueles com os quais se deseja aliar, o partido no município deveria se dar o respeito. Se ele não faz isso, quem o fará?

Foi um dedo, depois pode ir a mão!

Final feliz para a região na mobilização dos prefeitos brasileiros atrás de recursos para os seus municípios. Duas lições podem e devem ser tiradas, do episódio da proposta de reformulação dos critérios para repartição dos royalties. Primeiro: a fragilidade da sustentação da receita dos royalties. Apenas uma lei que foi, e não tenham dúvidas, mais adiante, voltará a ser questionada; segundo: a força da CNM (Confederação Nacional dos Municípios). Há outros organismos reunindo os prefeitos, inclusive uma Frente, mas nenhuma conseguiu um grau de organização, mobilização e interlocução a nível nacional, como a CNM. (Veja aqui seu site) Não tenham dúvidas, de que mais adiante, ela voltará a usar a arma do acesso a estes recursos, em prol de todos os municípios. Nesta ocasião, o presidente Lula ainda tinha alguma gordura para queimar, ao autorizar o aumento de 22,5% para 23,5% do repasse do FPM (Fundo de Participação dos Municípios). Em reivindicações futuras é certo que o presidente, não terá como saciar a demanda dos gestores locais por mais recursos. Bom para a região, que além de não ter os royalties divididos por mais partes, ainda receberá uma beirada deste bolo de R$ 1,5 bilhão. É interessante ainda saber, que este montante que será rateado entre os 5.571 municípios brasileiros é, coincidentemente, a mesma quantia que os quatro municípios produtores da nossa região receberam ano passado como receita dos royalties. Diante deste quadro, só muita irresponsabilidade ou ingenuidade, pode levar os gestores da região a considerar, que a questão foi ontem resolvida. Quem ganhou um dedo vai querer a mão e depois o braço. Bom que as medidas para o bom uso dos recursos nos coloquem bem expostos na vitrina, quando do surgimento de nova ameaça.

terça-feira, abril 10, 2007

A eterna BR-101

Hoje fui procurado pelo pessoal da Inter Tv. Queriam uma opinião sobre o posicionamento que o governador Sérgio Cabral teria defendido ontem, em entrevista de estúdio à emissora, no qual defendia, que o governo resolvesse o problema da rodovia, sem a concessão para a iniciativa privada.

Minha opinião foi de saudação de ver finalmente, depois de sete anos de luta pela melhoria e duplicação da BR-101, ver o governo estadual tratar do assunto. Ótimo que na opinião dele – observem que governador não tem opinião e sim, posição política – o governo federal tem que ampliar e duplicar com recursos próprios, a rodovia. Torço para que ele efetivamente faça pressão e gestão pra que isso aconteça aproveitando, considerando inclusive, a boa ocasião por conta do governo federal ter suspendido os leilões de concessão para reavaliar, a fórmula de cálculo do que seriam, os futuros pedágios.

Além disso, a ampliação se não for feita, não será por falta de bom relacionamento entre eles. Espero que o início deste processo se dê com a construção do novo contorno de Campos pelo qual, também torço, para que não seja esquecido, depois que se resolveu fazer mais uma ponte sobre o rio Paraíba do Sul. Por fim, espero não ter me transformado apenas num torcedor.

Beleza formal e informal

O setor de beleza cresce em diversas direções na sua cadeia produtiva. Não só no número de pontos de atendimento que, segundo especialistas, já se aproxima, só em Campos, de 5 mil estabelecimentos entre legalizados e informais, mas também na cadeia de suprimento que possui hoje, pelo menos, 20 distribuidoras instaladas na cidade. Há também os formadores de mão de obra para a área. Duas feiras "Expo Rio Beauty" já foram realizadas em Campos, amabas nos pátio do Cefet. A última que aconteceu em julho de 2006 teve 45 expositores e recebeu a visita de cerca, de 12 mil pessoas movimentando, segundo seus organizadores, a significativa quantia de R$ 5 milhões. O Senac é a instituição mais conhecida e credenciada para a formação de pessoas especializado para o setor. Faz isso há mais de trinta anos e atualmente forma, em torno de 400 cabeleireiros, a cada ano. No vácuo de uma demanda crescente por formação na área, já surgiram outras escolas atuando na cidade. Hoje, uma delas já possui cerca de 60 turmas com a média de 20 alunos. Ao custo de uma mensalidade de R$ 149,00 estima-se que só esta escola profissionalizante tenha um faturamento, que inclui ainda material, uniforme e matrícula, algo superior a R$ 3 milhões por ano. Eu não acreditei quando em 1996, quando ao participar de um curso de especialização em Formação de Gestores em Educação Profissional em Oklahoma nos EUA, ouvi um dos palestrantes traçar um cenário que apontava dois setores como os que tendiam a estourar em termos de demandas de serviços: educação e serviços de beleza. Pensei com os meus botões: papo de americano, nós no Brasil somos diferentes! Pois vejo, que tirando o tamanho o PIB per capita, estamos em alguns aspectos, parece que infelizmente, cada vez mais parecidos com os filhos de Tio Sam.

Dá-lhe Raul Seixas

Da outra série: Pare o mundo que eu quero descer O candidato de extrema-direita à Presidência da França, Jean-Marie Lê Pen exortou os jovens a se masturbarem, em vez de usar camisinha, como forma de contracepção e ainda afirmou que a masturbação era menos perigosa que o uso de preservativos. Proprietários de frigoríficos maquiavam frangos com tinta de urucum para valorizá-los como se fossem do tipo caipira. Caseiro mata a golpes de foice menino que colhia frutas, depois de autorizá-lo a entrar no sítio e ainda diz que matou por prazer. Enfim, os tempos estão muito mudados: hoje caipira tem mais valor, a masturbação é solução e criança correndo atrás de fruta é um risco.

Acabou o jogo vou levar a bola para casa

A Folha de São Paulo hoje traz uma matéria semelhante à do Estadão na semana passada reafirmando, que a divisão do bolo dos royalties é uma das pautas da Marcha dos prefeitos em Brasília, durante esta semana. O Título da matéria é “Royalties do petróleo dividem confederação de municípios”. Infelizmente a matéria só está disponível para quem é assinante. Ela informa que os prefeitos de nossa região ameaçam tirar seus municípios da confederação, se a pauta for aprovada como proposta a ser encampada pela confederação (CNM). Bobagem e infantilidade. Parece aquela história da criança mimada que é a dona da bola e quando perde o primeiro jogo quer a bola para voltar para casa. O negócio é entrar na discussão, participar, gritar, defender com argumentos plausíveis e convincentes seu município, a região e o estado. Fora disso é entregar o ouro, ou melhor, os royalties ao bandido. E olha que eles são em muito maior quantidade.

Agora sai!

Como na maioria dos prédios, onde moro, há quase sempre, um torcedor fanático do Flamengo e outro do Vasco. O vascaíno, Marcos me disse ontem à noite: “agora vai professor. O Baixinho ta invocado, ta queimado e assim ninguém segura ele. Vai sair o gol mil e nós vamos enfrentar o Flamengo na final do estadual”. Não sei se toda a profecia dele vai se cumprir, mas tenho que admitir que Romário só cresce na adversidade e no desafio. O Baixinho nunca foi jogador para ser unanimidade. Quando isso acontece, ele fica paralisado, bobo, previsível. Romário gosta e precisa da polêmica. O pior, ou o melhor, é que ele sabe disso, daí que construiu uma nova polêmica com o treinador Renato Gaúcho e com um outro atacante vascaíno (desculpe porque não sei o nome) disparando o fogo cruzado de que no Vasco, quem não estiver satisfeito deve pegar sua mochila e zarpar. Fico com a opinião de Marcos, agora o gol mil sai, mas o resto, eu já acho que pode ser exagero de torcedor, que quando acerta é só uma vez.

Praça São Salvador ao vivo

O provedor local Censanet disponibilizou, desde a semana passada, cameras on-line icialmente em três pontos da cidade. Uma aparentemente no alto da catedral, que pega a imagem da praça São Salvador (veja aqui). Outra da avenida XV de novembro na altura da ponte estadual (veja aqui) e a última, por enquanto, na ponte da Lapa (vide). A mais vizualizada tem sido, a que foi instalada na ponte da Lapa, por conta do interesse em ver como anda o trânsito. Mais cameras estão previstas, uma delas deverá ser na avenida 28 de março. Para você visualizar precisará rodar um programa, que será pedido automaticamente em seu computador. Pena que o zoom seja distante, senão seria o princípio do big-brother local.

Aprenda a escrever crônicas

Esta é sensacional. Seu autor é colunista de O Globo. Por lá, depois do novo formato on-line não há como fazer link para quem não é assinante. Porém acabei achando o texto aqui no blog do Noblat. Entre outras boas falas ele disse que: “qualquer linha que não seja aguda é crônica — o resto é cada um por si e o prazo contra todos”.
Estou falando do Joaquim Ferreira dos Santos. Ele às vezes tem umas crônicas chatas de doer, mas, nesta Cumequié!? ele caprichou dizendo também que se deve evitar os “mas”. Porém, contudo, todavia como falar isto, sem usar a conjunção adversativa. Conjunção? Melhor largar a gramática e ficar com as palavras. Com ou sem mas, não deixe de ler.

segunda-feira, abril 09, 2007

IPTU, ISS e certidões negativas pela internet

Enquanto em Campos, a gente aguarda, porque, mais uma vez, o carnê do IPTU foi impresso atrasado, em outros municípios, inclusive do nosso estado, a emissão pode ser feita pela página da prefeitura na internet. Um exemplo você pode ver em Angra dos Reis aqui. Por lá, além do IPTU, você pode tirar certidão negativa, ITBI, ISS on-line, etc. Veja aqui. Isto é a verdadeira inclusão digital. Ela, além de dar acesso a computadores e à internet para as pessoas que não têm condições econômicas para isso, ela facilta a vida do cidadão e dá transparência ao munícipe com um sítio na internet que faz algo além, da divulgação (propaganda) dos feitos do governo.

Da série: perguntar não ofende

Que fim levou a conta-salário da prefeitura de Campos? O governo estadual está renegociando a sua contas-salário dos servidores que há dez anos foi feita junto ao banco Itaú. Sérgio Cabral quer passar o valor do contrato dos atuais R$ 200 milhões para R$ 1 bilhão.

Se a moda pega em outra parte do litoral

Tamoios distrito de Cabo Frio está na luta pela emancipação do município de Cabo Frio. Por trás da reivindicação está a divisão do bolo dos royalties. O pessoal de Cabo Frio diz que se for efetivada a separação, R$ 175 milhões dos R$ 218 recebidos recebidos em 2006 seriam repassados para Tamoios. Por aqui, o tombo seria maior. Se o balneário do Farol de São Tomé imaginar em se separar de Campos, ele simplesmente fica com toda (repito toda) a bolada dos royalties do município, que ano passado alcançou a cifra de R$ 847 milhões. Campos deixaria de ser muncípio produtor e passaria a ser apenas, muncípio limítrofe e nesta condição passaria a receber uma quantia anual, em torno dos R$ 5 milhões, que é o que hoje recebe São Francisco do Itabapoana. Esperem que logo, logo aparecerão os defensores da Baixada.

Bolha no mercado imobiliário local

Empresários e especialistas no mercado imobiliário em Campos não escondem a preocupação com o que chamam de bolha, no comércio de imóveis no município. Pequenos e simples apartamentos de dois quartos em prédios de três pavimentos, construídos em bairros periféricos, já estariam sendo comercializados, em valores próximos a R$ 100 mil. Outros, em construções ainda não iniciadas, em bairros mais atraentes, com três quartos estariam sendo vendidos, em valores próximos a R$ 400 mil à vista. Alguns destes corretores dizem, que esta bolha começou com o frisson do etanol que empurraria o setor rural regional e estaria também fazendo com o que, o valor do alqueire de terra tenha dobrado seu valor comercial. Estas propriedades rurais, hoje, dependendo do local e condições, estariam sendo ofertadas e os negócios discutidos, na faixa de R$ 80 mil por alqueire. Estes corretores temem esta bolha e consideram que ela, num segundo momento, tende a quase sempre trazer frustrações e perda de dinheiro. Pois, eu volto a perguntar, da onde está saindo este dinheiro?

Carros abandonados?

O parceiro professor José Carlos Salomão identificou sete veículos (foto ao lado), modelo Gol, estacionados (abandonados?), fora da faixa adequada - que é do lado esquerdo da pista - na rua da Baronesa, quase esquina da avenida Alberto Torres, desde o início de janeiro. Ele foi além e investigou pelas placas, a propriedade dos mesmos no site do Detran e lá achou que seis deles estão em nome de Themistocles e um em nome da Norte Luz (ex-Coomerj).

domingo, abril 08, 2007

Resgate pelas fotos

Este blog recebeu um comentário do Sr. Fernando Bensi que merece estar aqui exposto em nota. Não pela referência ao blog ou ao blogueiro, mas pela descrição emocionada a partir do passeio por entre as fotos da “Campos de outrora” aqui apresentada. Ao ler o texto você poderá ter a dimensão da importância do resgate da memória de uma vila ou de uma cidade com a nossa história e nosso porte. O blog é que agradece ao Sr. Fernando por este depoimento. Ele justifica por inteiro o esforço pela sua elaboração. “Agradeço sua atenção e as palavras a mim dirigidas, sabendo que seu tempo é escasso para as inúmeras obrigações diárias. Uma foto é a comprovação de um momento real, vivido por alguém, em algum instante da vida. É também uma história silenciosa interpretada de formas diferentes por cada pessoa que viveu aquela época. Dentre as fotos vistas, algumas trazem lembranças mais marcantes, que não estão em ordem cronológica de data:
- Estação da Avenida – local de embarque de minha família para a viagem até a Estação de Santo Amaro (hoje em ruínas) por ocasião das festas. Outro fato marcante era ver as crianças correndo ao lado dos vagões que transportavam canas para as usinas para apanhar as que caiam ao longo da ferrovia; - Bonde do Caju – condução obrigatória diária para o meu local de trabalho. No balaústre, ao embalo do bonde até o antigo “Triturador”, vizinho ao Cemitério, lendo sempre os mesmos cartazes de propagandas fixados nos painéis; - Porto do Rosário, A compra de caranguejos nas pranchas vindas de São Fidélis, carregadas de sacos de cereais, achas e “toquinhos” de lenha, bananas, etc. com suas velas arreadas passando sob as pontes. (Já que não existe a via fluvial navegável que ligava São Fidélis a São João da Barra, quem sabe, no futuro teremos a “Via Marginal do Rio Paraíba” ligando Santa Cruz a Martins Lages); - Club de Regatas Saldanha da Gama - A regata aos domingos, sem ter noção do alinhamento das raias que determinava o vencedor, torcia sempre pela vitória do Saldanha. - O Coliseu dos Recreios. O Termômetro para saber se o filme era bom, era a quantidade de bicicletas no estacionamento de “Seu” Amaro; - Ponte de Pau - O som dos barrotes ecoando nas águas, na travessia a pé, sobre o Rio Paraíba (hoje Ponte Barcellos Martins); - Ponte de Ferro - A espera dos pedestres e ciclistas na hora da passagem do trem a fim de evitar o vapor que saia da válvula de retenção e escape da caldeira da “Maria Fumaça”; - 3º Regimento Infantaria - Meu caminho diário na Travessa Cabral até o Externato Mello onde fiz o “primário”; - Igreja São Francisco - além de ajudar nas missas, às vezes eu gazeava as aulas e passava as manhãs sentado no banco, comendo a merenda e meditando no silêncio da Igreja; - G.E. Mariana Barreto - O Namoro à noite, sentando na mureta da escola.- Ao Livro Verde - O atendimento sempre atencioso dos Srs. Cícero, Tardin e João; - Canal Campos-Macáe - Percorrer da Rua Salvador Corrêa à travessia solitária e tranqüila sobre a passarela do canal, naquela imensidão de área às 10 ou 11 da noite, após as aulas no Colégio Bittercourt, até à pensão de meus pais na rua Barão de Amazonas; Como vê, são muitas as recordações que trouxeram pra mim, as fotos apresentadas no seu “Blog”. E calcule a emoção de cada uma e também a expectativa diária a espera de uma nova... Assim como eu, outras pessoas da mesma época ou épocas anteriores e que hoje acessam o seu “Blog”, também se emocionam com o acervo das fotos, e voltam à memória relembrando sua história real em silêncio. A exemplo das pessoas que colaboraram para a elaboração de “Campos de Outrora” e “Campos de ontem”, outras também, poderiam enviar fotos antigas de momentos de nossa cidade a fim de enriquecer mais o acervo de fotos de seu “Blog” que acredito sendo o pioneiro da nossa Campos, através da internet, pode demonstrar a todos, não só o que Campos é, mais também o que Campos representou para o engrandecimento de nosso Brasil.
Um abraço de Fernando Bensi”

"Descaso com a saúde"

Este blog recebeu, por e-mail, de um leitor que prefere se manter no anonimato, o desabafo abaixo com o pedido, de que fosse dada divulgação ao seu texto. Não sou jornalista e como tal fico a salvo de resguardos teóricos da área. Reafirmo teóricos. Vejo os blogs como uma manifestação cidadã em que leitores participam comentam e mandam seus desabafos. Num jornal até na seção de Cartas dos Leitores seria exigido nome, endereço, CPF, tipo sanguíneo, etc. Aqui não há isso. Desde que não seja agressão gratuita a indivíduos vai para o ar. Sendo assim, sobre o texto abaixo, desde já, o blog se coloca à disposição de quem puder e tiver interesse, em dar outra explicação ou até, corrigir as informações abaixo relatadas:
"A situação abaixo descrita reflete o descaso com a saúde pública em que se encontra a saúde em nossa cidade. Leiam e Reflitam, pois não é uma obra de ficção. Sexta feira, 30/03/2007, você e seu namorado, felizes, saem para comemorar seu noivado e após muitas alegrias, sofrem um acidente em plena Avenida Pelinca, sendo jogados para fora do carro em que ocupavam.” “Após o acidente, são levados para o Hospital Ferreira Machado, dando entrada no serviço de emergência do mesmo e para surpresa dos funcionários do hospital, a mulher que havia sido vitimada pelo referido acidente é uma das funcionárias e Enfermeira do HospitalFerreira Machado: A enfermeira Marilane (31 anos), funcionária do HFM se não me engano, na UTI Neo-Natal do mesmo e professora universitária de uma das universidades de nossa cidade (Universo).” “O curioso é que a acidentada deu entrada na emergência do HFM andando, mais ou menos entre 2:00h e 2:30h da madrugada e, por estar sob efeito supostamente do consumo de bebidas alcoólicas, ao ser reconhecida por alguns plantonistas, foi recebida com desdém pelos mesmos, que fizeram comentários maldosos: -“ Ta de pileque minha filha! Tomou wiskinho por aí!” – “ Encheu a cara de noite benzinho. ” e não agiram com presteza em seu atendimento. Saliento que uma das que fizeram comentários maledicentes, é também professora universitária da Universo e também funcionária do HFM.” “É bom salientar, que a referida enfermeira (acidentada) havia sofrido traumatismo craniano e facial, o que para qualquer acadêmico de Medicina, deveria ser encarado como um grave caso de emergência, mas como foi relatado por alguns funcionários que testemunharam o ocorrido, a mesma foi colocada no corredor do hospital sem que fosse prestado o devido cuidado com sua grave situação. (Não realizaram prontamente uma tomografia craniana).” “As horas correram e a Marilane, começou a apresentar forte hemorragia nasal e auditiva e pela manhã, uma das enfermeiras ao dar entrada em seu plantão reconheceu a colega na situação em que estava (jogada nos corredores) e prontamente mobilizou a todos para o seu atendimento, tendo que acordar médicos que estavam e “ repouso” e acadêmicos que também “ repousavam” no HFM. Tiveram que realizar até uma craniostomia emergencial na Marilane, poisdevido a hemorragia intra-craniana, a pressão também intra-craniana estava a valores insuportáveis, o que causa dores lascinantes que eram tantas, que Marilane estava em posição fetal devido às enormes dores.” “Infelizmente, Marilane faleceu, faleceu devido ao descaso com a saúde que deveria ser encarada como um serviço essencial à população. A ironia de tudo isso é que a Marilane era Enfermeira do HFM, querida professora da Universo e amiga de todos, e o que maisnos deixa transtornados é que a chacota existe nos plantões e nas emergências do HFM e isto não é novidade para a população. O pior de tudo: infelizmente, poderemos ser as próximas vítimas do descaso com a saúde em nossa cidade. O mais curioso, é que o fato relatado não foi relatado pela imprensa campista. Aonde vamos parar ???"

A extravagância continua

Vi em mais de um jornal local até como manchete a alucinada interpretação de que a implantação das fábricas da Schulz Campos tinha se tornado na capital mundial do aço. Agora, também em mais de um jornal aparece outro exagero: Campos teria se transformado também no maior pólo de biotecnologia do país, por conta da fábrica da Policam BioTecnologia, da HC Sucro-Química junto à usina Paraíso em Tocos e a antiga Purac Sínteses. É verdade, que estes três empreendimentos pode representar a possibilidade de se organizar uma cadeia produtiva no setor, algo que aliás, faltava enquanto direcionamento dos empreendimentos do Fundecam para firmar uma expertise em determinada área. Porém, daí a se dizer que se trata do maior pólo do país, já demais. A origem é a mesma, a comunicação oficial da municipalidade. Se já não é aceitável que os releases oficiais cometam extravagâncias que comprometam a credibilidade de suas informações, o que devemos dizer dos matutinos locais? A Folha da Manhã de ontem foi mais cuidadosa e disse que com estes investimentos "Campos é referência em biotecnologia".

Ponte: o pedaço que falta

A primeira ligação entre os dois lados é feita pela lança do caminhão-betoneira:

sábado, abril 07, 2007

Mãe Terra

Da Ong Earth One. Para refletir e agir nestes tempos de cenários dramáticos. Talvez, você possa iniciar se perguntando sobre o que efetivamente é necessário consumir. Chamam isto de "Consumo responsável".

Ligando o nome à profissão!

Nomes perfeitos para as respectivas atividades. Contribuição do parceiro Ronaldo Araújo para descontrair: Ana Lisa - Psicanalista; P. Lúcia - Fabricante de Bichinhos; Pinto Souto - Fabricante de Cuecas; Marcos Dias - Fabricante de Calendário; Olavo Pires - Balconista de Lanchonete; Décio Machado - Guarda Florestal; H. Lopes - Professor de Hipismo; Oscar Romeu - Dono de Concessionária; Hélvio Lino - Professor de Música; K. Godói - Médico especialista em hemorróidas; Alberta Alceu Pinto - Garota de Programa; H. Romeu Pinto - Garoto de Programa; Eudes Penteado - Cabeleireiro; Sara Vaz - Mãe de Santo; Passos Dias Aguiar - Instrutor de Auto-escola; Édson Fortes - Baterista; Sara Dores da Costa - Reumatologista; Jamil Jonas Costa - Urologista; Iná Lemos - Pneumologista; Ester Elisa - Enfermeira; Ema Thomas - Traumatologista; Malta Aquino Pinto - Médico especialista em doenças venéreas' Inácio Filho - Obstetra; Oscar A. Melo - Confeiteiro

Patrocinador surpresa no programa da Rosinha

Causou perplexidade a identificação, de que um dos três patrocinadores do programa Simplesmente Rosinha na TV Bandeirantes era o Banco Cédula. Para ajudar você a ligar o nome à pessoa, este blog informa que este agente financeiro era aquele que dava sustentação à financeira BMC que quebrou centenas de correntistas em Campos.

Depois não adianta querer malhar o Judas

A data não é propícia para tratar do assunto. Se bem que o dia, religiosamente falando, propõe reflexões, de natureza íntima ou pessoal. A que eu trago é interna, mas de âmbito coletivo e está na ordem do dia e como tal merece análise. O assunto é antigo, mas sempre atual. Insisto naquilo que já escrevi aqui neste espaço: não há na história da República do nosso país, nenhum registro, em qualquer dos três níveis de governo, de um município com igual crescimento de receita, em tão curto espaço de tempo, como o nosso. Os dois parágrafos acima fazem parte do artigo publicado ontem na Folha da Manhã que acabei de postar na seção ao lado "Meus últimos artigos". Se desejar ler na íntegra clique aqui, analise junto comigo a questão dos olhos grandes sobre os nossos royalties e depois comente abaixo.

sexta-feira, abril 06, 2007

Criatividade & lazer na periferia

Juninho curte a bicicleta de dois quadros que fazia a festa da gurizada em Travessão.





O problema é subir e descer, mas para isso Juninho disse que tem o poste.

Tradição & costume

Fui tomar a benção. Aprendi bem cedo que este era um dever da sexta-feira santa. Dizem que a obrigação é com o padrinho, os mais velhos e também com aqueles a quem consideramos. Nem sempre cumpro o dever, mas, é verdade que sem considerar como tal, sempre que faço me sinto bem. Hoje cumpri com prazer do almoço e da prosa, o compromisso de pedir a benção ao meu avô Manoel Estevam de Moraes, personagem do livro citado ao lado: “O caboieiro do pé rachado – A saga do camponês e patriarca da família Estevam de Moraes, na sua trajetória do Caboio à Liberdade” que você pode conhecer aqui.

Com 95 anos ele valoriza a visita, sobretudo, a prosa em qualquer dia do ano. Diz com sua religiosidade sem religião, não se importar, com as mudanças de hábito e costumes. Diz que hoje é assim e amanhã será diferente. Porém, fez questão de dizer que antigamente a sexta-feira era sagrada e que “as pessoas respeitavam, sequer se descascava laranja ou uma cana. Até isso se fazia de véspera. Quando se pegava o cavalo para tomar benção ao padrinho era proibido usar espora para tocar o animal”. Na foto ao lado, a benção pedida pelo blogueiro que aprecia as tradições, mas gosta mais de entender as suas origens.

O que pode estar por trás do caos aéreo

Nota veiculada na revista Istoé, edição do dia 27/11/2006. Contribuição do professor Hélio Gomes Filho: Interesses ocultos” “Antes de começar o caos aéreo, o deputado Alberto Fraga (PFL-DF) promoveu um churrasco com os controladores de vôo, a 24 de setembro, numa chácara em Brasília. Queria votos. Prometeu apoio logístico para os controladores em suas reivindicações salariais. Então revelou que havia um grupo internacional interessado na privatização do sistema de controle aéreo brasileiro. Só privatizando, explicou, seria possível aumentar os salários.”