Vi em mais de um jornal local até como manchete a alucinada interpretação de que a implantação das fábricas da Schulz Campos tinha se tornado na capital mundial do aço. Agora, também em mais de um jornal aparece outro exagero: Campos teria se transformado também no maior pólo de biotecnologia do país, por conta da fábrica da Policam BioTecnologia, da HC Sucro-Química junto à usina Paraíso em Tocos e a antiga Purac Sínteses.
É verdade, que estes três empreendimentos pode representar a possibilidade de se organizar uma cadeia produtiva no setor, algo que aliás, faltava enquanto direcionamento dos empreendimentos do Fundecam para firmar uma expertise em determinada área. Porém, daí a se dizer que se trata do maior pólo do país, já demais.
A origem é a mesma, a comunicação oficial da municipalidade. Se já não é aceitável que os releases oficiais cometam extravagâncias que comprometam a credibilidade de suas informações, o que devemos dizer dos matutinos locais? A Folha da Manhã de ontem foi mais cuidadosa e disse que com estes investimentos "Campos é referência em biotecnologia".
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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