Sou Goytacaz acima de tudo. Do meu pai herdei também a torcida complementar pelo Flamengo que se extendeu ao meu filho Caio, que com a sua juventude adolescente, vai aos limites de até adoecer. Quando possuía sua idade, ou um pouco menos, tinha uma rixa com os botafoguenses que a idade levou. Vendo o jogo de ontem, ainda zonzo de uma viagem longa e um sábado inteiro batendo perna, queria mais a vitória do Flamengo pela alegria do Caio, do que pela minha própria.
Desde que parei para analisar a frase que botafoguenses repetem, de que há coisas que só acontecem ao Botafogo, passei a ver nela, o sentimento similar que a torcida alvi-anil do Goytacaz carrega. O pior, ou talvez melhor, é que no Botafogo, este sentimento seja ainda mais presente dentro de campo, do que propriamente no torcedor de arquibancada. Para quem ainda duvida disto é só lembrar da cara dos jogadores do Botafogo antes da disputa dos pênaltis.
Sem vencer um clássico no campeonato, o Flamengo foi campeão, ganhando a Taça Guanabara (primeiro turno do Vasco) e a final contra o Botafogo, ambas, nos pênaltis. Enfim, há coisas, que também só acontecem ao Flamengo.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
Um comentário:
Pessoal, paixões à parte, mas pessoalmente, acho que o futebol, perdeu seu encanto, devido a hoje, termos salários astronômicos que obrigam o mais dedicado dos jogadores a vender-se de uma hora para outra para outro clube. É a lei do leilão, quem der mais leva a peça. Assim, não há paixão que possa resistir, pois o encanto, outrora oferecido por jogadores de quilate de um Mané Garrincha, de um Milton Santos, hoje, é substituído por nomes sem expressão, frutos do descaso com a educação e do oportunismo, onde o mau futebol prevalece. Uma coisa, sei de coração: O futebol é uma alienante paixão nacional e é o jogo das incertezas. Abraços do SKF.
Postar um comentário