Em seu e-mail ou blog por e-mail (é uma palhaça este papo de ex-blog – é igual a ex-aluno, ou ex-esposa ou ex-marido, quem é só deixa de ser, se voltar a ser aluno, marido ou mulher ou se morrer) o alcaide carioca e botafoguense sonha como um domingo de primavera como a vivida pelo Sarkozi ontem na França.
Como título de Ségolène Alckim ele escreveu a seguinte nota:
“Numa entrevista postada por este ex-blog semana passada, Campbell, diretor das campanhas de Tony Blair, chamava a atenção para os riscos de mudar de personagem no segundo turno. Foi isso o que fez Alckmin. Foi isso o que fez agora Segolene Royal. Ambos viram a diferença do primeiro turno aumentar. Lição para todos nas próximas eleições!”
O alcaide está tentando tirar lições, onde me parece que não há, porque no primeiro turno a diferença ente Ségolène Royal e Nicolas Sarkozi foi de 4,8% (30,5% x 25,7%) e no segundo turno de 6% (53% x 47%). Que diferença? Entre o primeiro e segundo turno Royal, proporcionalmente, cresceu mais do que Sarkozy. Royal ganhou 21,3% a partir de 25,7% e Sarkozy 22,3% a partir de 30,5%.
O alcaide reproduz melhor análise, quando expõe no seu blog em outra nota, um artigo de Daniel Cohen que diz:
“Os limites da clivagem direita/esquerda apoiado numa pesquisa publicada pelo Nouvel Observateur durante as eleições, mostrava que o corte -direita/esquerda- já não servia para 40% dos eleitores franceses. E mostrava que um importante segmento, que ele chamou de "desconfiados" - que é conservador no terreno cultural – valores - (lei, ordem, costumes, família) - o era também no campo econômico. E sublinhava: "Esta confusão decorre, contudo, também de uma outra especificidade: a direita francesa não é na realidade liberal no sentido econômico da palavra". Com este corte -não liberal nos valores e não liberal na economia, Sarkozy venceu as eleições e atraiu os "desconfiados".
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