sábado, junho 30, 2007

Um novo ângulo da igreja da Lapa

Uma para descontrair o sábado

Ela me foi repassada por e-mail pelo Gustavo Rangel. É um pouco é machista, mas num grau digamos que aceitável dentro da lógica de que com humor se evita a guerra ou não? Amizade masculina x feminina Sabem qual a diferença que existe entre a amizade feminina e masculina?
A esposa passou a noite fora de casa.
Na manhã seguinte, explicou ao marido que tinha dormido na casa da melhor amiga.
O marido, então, telefonou para dez das suas melhores amigas.
Nenhuma delas confirmou. O marido passou a noite fora de casa.
Na manhã seguinte, explicou à mulher que tinha dormido na casa do seu melhor amigo.
A esposa, então, telefonou para dez dos melhores amigos do marido.
Sete deles confirmaram, e os três restantes além de confirmarem, garantem que ele ainda está lá!

sexta-feira, junho 29, 2007

O estádio do PAN do Rio

Recebi do Alexandre Magno Berwanger, um dos grandes especialistas em estatísticas do futebol mundial e participante da entidade RSSF, sete belíssimas fotos do estádio João Havelange no bairro do Engenho de Dentro no Rio de Janeiro.
Respondi para ele, que mesmo para quem gosta de esportes, mesmo considerando o absurdo dos valores que acabou sendo gasto nas obras do PAN, especialmente na construção deste estádio (falam em R$ 238 milhões) não há como não reconhecer a beleza de uma praça esportiva como esta. Escolhi duas para o leitor do blog.

Incor-SP investigará o coração dos canavieiros

O Instituto Observatório Social informa que uma pesquisa com avaliação cardiorrespiratória dos cortadores de cana será feito pelo médico pneumologista, Ubiratan de Paula Santos, do Incor - Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo. O objetivo é avaliar o risco cardiovascular e respiratório dos trabalhadores no corte de cana queimada, no início e no fim da safra, e esclarecer se as mortes dos cortadores estão, de fato, associadas à sobrecarga de trabalho.

Há notícias de que nos últimos dois anos, ao menos 15 mortes de trabalhadores no corte de cana teriam ocorrido pelo excesso de trabalho. Hoje, a média de produção diária exigida do cortador é de 10 toneladas de cana e informações de os campeões atinjam mais de 20 toneladas cortadas por dia. "Há suspeitas que centenas de mortes com registros pouco esclarecidos podem ter origem no processo de trabalho, tendo como porta inicial de desequilíbrio do corpo o sistema cardiovascular", afirma Ubiratan.

O estudo prevê o acompanhamento de 30 trabalhadores com idade superior a 20 anos e inferior a 40 anos, durante cinco semanas, começando no final da atual safra de 2007 (outubro a novembro). A reavaliação seria feita em março/abril de 2008, ou seja, três a quatro meses após os trabalhadores deixarem o corte de cana.

Seria interessante se a nossa Faculdade de Medicina resolvesse fazer um estudo semelhante em nossa região. Quem sabe até integrada com a pesquisa do Incor-SP. Fica a sugestão do blog.

“Deixamos a Sirley com o olho roxo”

Este é o título do artigo que o jornalista Nelito Fernandes escreveu hoje no jornal O Globo. Ele merece ser lido e distribuído, especialmente, entre os pais da classe média. Ele dá prosseguimento às lições que o pedreiro, Renato Moreira Carvalho - o pai de Sirley - na sua simplicidade e sabedoria endereçou, àqueles, que ainda têm ouvidos para escutar. Gaste (ou melhor, invista) um pouco do seu tempo e leia devagar: Deixamos a Sirley com o olho roxo” “Dei um soco na Sirley. Quando a empregada doméstica estava sendo espancada covardemente no ponto de ônibus, um dos socos quem deu fui eu. Você também deu um soco na Sirley. Nós esmurramos a Sirley quando compramos aquele brinquedinho que apareceu no comercial do Cartoon e que nossos filhos abandonam depois de cinco minutos. Nós deixamos a Sirley com o olho roxo quando fomos grossos com o frentista que errou e pôs mais gasolina do que nós pedimos. Nós derrubamos e chutamos a Sirley quando não respeitamos os mais pobres, os mais fracos, e passamos aos nossos filhos na prática o oposto do nosso discurso politicamente correto.” “Nós demos uma surra na Sirley quando pagamos R$ 380 às nossas empregadas domésticas. Quando pedimos, “por favor”, que elas façam uma hora extra no sábado à noite para que possamos ir ao cinema e jantar, enquanto elas tomam conta dos nossos filhos. E gastamos num vinho o que elas ganham de salário. Nós damos um soco na Sirley quando vestimos as babás de branco e pedimos que elas passeiem na Lagoa, no Baixo Bebê, para que possamos dormir um pouco mais. Você bate na Sirley toda vez que passa na Avenida Atlântica e olha as prostitutas com desprezo, quando ri do mendigo que passou fedendo, quando vira a cara para o menino malabarista, quando xinga o garoto que jogou água no pára-brisa do seu carro novo e pediu uns trocados. A mídia espanca a Sirley quando usa eufemismos para tratar os delinqüentes de classe média, mas não hesita em chamar de criminosos os meninos do morro. Nossos filhos são “pitboys”, “estudantes”, “rapazes de classe média”. Os deles é que são bandidos. Os jornais quebram o braço da Sirley quando chamam ladras estudantes de direito que roubavam roupa no shopping da Barra de “cleptomaníacas”. As revistas dão socos na boca do estômago da Sirley quando perguntam onde os pais de classe média erraram quando os filhos deles cometem crimes; mas pedem a redução da maioridade quando os filhos dos miseráveis fazem o mesmo”. “Eu e você saímos por aí num carro de madrugada para espancar a Sirley quando optamos por ser o “pai amigo”. Aquele cara legal, que sempre entende os filhos, que nunca dá limites, que não cobra nada. Quando nosso filho chega às 5h da manhã de porre, dirigindo, e a gente não fala nada porque acha que ser jovem é assim mesmo, nós estamos batendo na Sirley. Nós entramos no carro e fugimos rindo da cena do crime quando dizemos: “Eu fiz tudo por ele, eu dei tudo a ele. Por que ele fez isso?” Nós batemos na Sirley. O melhor que temos a fazer, agora, é confessar”.

ZEE ainda este ano

A decisão da secretaria estadual de Ambiente de começar, ainda este ano, a elaboração do Zoneamento Ecológico Econômico em todo o estado é uma vitória do movimento ecologista e uma importante conquista do secretario Carlos Minc, que vem tendo algumas medidas questionadas por especialistas e militantes da causa ecológica. Os efeitos deste zoneamento para nossa região é não só oportuno, como uma grande contribuição para ordenação e controle dos investimentos econômicos. Com ele poderá se determinar os limites de expansão da fronteira agrícola das culturas da cana-de-açúcar e do eucalipto na região noroeste. Alem disso, poderá ajudar a ordenar a ocupação do solo ao redor de projetos com significativos impactos ambientais, como a instalação dos portos do Açu e da Barra do Furado, das indústrias com apoio do Fundecam e também ampliar o controle sobre as unidades de conservação ambiental, APAs e sobre as nossas bacias hidrográficas e também das lagoas, no nosso caso, a Feia, De Cima, Salgada, Campelo e Vigário. A elaboração do zoneamento que tem um orçamento previsto de R$ 1,5 milhão terá a participação de universidades, IBGE, Embrapa e outras secretarias interessadas no assunto, como Agricultura, Planejamento e Desenvolvimento Econômico, além de estar garantido em lei, a participação popular neste processo. O estudo tem um prazo máximo previsto para o final de 2008. O Zoneamento foi aprovado na Alerj no dia 12 de junho e agora aguarda a sanção do governador Sérgio Cabral. O ZEE prevê que as atividades agrícolas, que possam ser considerados como monoculturas, deverão realizar o plantio de percentuais que variarão de 12% a 20% de espécies de Mata Atlântica para cada 100 hectares de monocultura implantada. Mais detalhes aqui.

quinta-feira, junho 28, 2007

PMCG: no afã de propagandear falam bobagens!

Não sei se a origem da matéria é da própria secretaria de comunicação, da assessoria de imprensa da concessionária ou ainda da empresa contratada como publicitária da prefeitura, ou ainda das três. Fato é que extrapolaram no release da notícia sobre a inauguração de uma ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) em Guarus. (veja aqui) Finalmente estamos conseguindo ver aparecer, os recursos do empréstimo feito, há seis anos atrás, pelo BNDES à empresa concessionária pública dos serviços de distribuição de água e esgoto e de coleta de esgotos em Campos. Bom que estejam, mesmo que tardiamente cuidando da instalação da rede coletora e de uma ETE nos bairros da margem esquerda do rio Paraíba do Sul. Porém, em tudo isso, o interessante foi ver quem escreveu o release ou se enganou ou, o próprio prefeito se equivocou ou se entusisamou ao dizer que: “o projeto vai beneficiar 197 mil famílias que, atualmente, não contam com esgoto tratado no município”. O município inteiro, com certeza não tem todo este número de famílias, muito menos alguns bairros que serão atendidos em Guarus com este, que é um bom projeto. Em 2000 o IBGE em seu último censo contabilizou, incluindo as favelas – comunidades de baixa renda - em todo o município, um total de 112 mil domicílios. Em 2005, no “ultimo número oficial” sobre as chamadas “economias” de água que são faturadas pela empresa concessionária, no município de Campos era de: 108.043: incluído aí, tanto as do setor residencial, quanto comercial e ainda, as industriais. A informação é da própria PMCG feita ao Sistema DataSUS. O blog fica por aqui pensando com seus botões: para que R$ 16,8 milhões para a secretaria de Comunicações deixar de informar tantas coisas e ao mesmo tempo falar tanta bobagens?

Por que não um ProUni municipal?

O ProUni - "Programa Universidade para Todos" do governo federal foi criado pela MP nº 213/2004 e institucionalizado pela Lei nº 11.096, de 13 de janeiro de 2005. Tem como finalidade a concessão de bolsas de estudos integrais e parciais a estudantes de baixa renda, em cursos de graduação e seqüenciais de formação específica, em instituições privadas de educação superior, oferecendo, em contrapartida, isenção de alguns tributos àquelas que aderirem ao Programa. O antigo ISS, hoje é chamado de ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) é um imposto municipal. Em Campos até dezembro de 2003 vigorou a Lei Municipal N° 6.297/96 que previa alíquotas de 2% até 10% para uma relação de serviços. Desde 19/12/2003 passou a vigorar uma nova lei municipal sobre o assunto, a de número 7.529. Ela estabeleceu novas alíquotas que agora variam, de 2% até 5%. Um anexo desta lei lista 40 tipos de serviços detalhados em um total de 163 itens com a identificação das suas respectivas alíquotas. Nesta relação esta incluída “Serviços de Ensino e Educação (fundamental, médio e superior) com alíquota de 3%”. Este blog estima em, no mínimo R$ 100 milhões por ano, a quantidade de dinheiro que circula pelas instituições de ensino particulares, não isentas deste tipo de imposto. Sendo assim, tal tipo de serviço deveria estar gerando uma arrecadação de algo próximo de R$ 3 milhões para os cofres municipais. Se isto não esta ocorrendo, algo há, que deveria ser apurado. Informações a serem checadas indicam, que as dívidas referentes a este imposto não estariam sendo cobradas pela prefeitura. Considerando esta hipótese e o levantamento destes valores, o município, a exemplo do que fez o governo federal com a instalação do programa ProUni citado acima que consegue com este artifício, contemplar mais de 100 mil universitários com bolsas por ano, por aqui com contrapartida semelhante, só que das dívidas do ISS de possíveis dívidas e de possíveis dívidas do IPTU das universidades particulares poderiam ampliar o atual programa de bolsas. Numa estimativa pessimista é possível vislumbrar que um ProUni municipal poderia redundar em quase 1.000 bolsas integrais em cursos de licenciatura nestas universidades aqui instaladas. Por que isto ainda não foi pensado? Poderia ser um grande complemento ao programa de bolsas aos universitários, citado abaixo, que é bom que se lembre, que o atual necessita de maior transparência, assim como a arrecadação do ISS destes estabelecimentos de ensino. O afrouxamento de cobranças ou coisa que o valha pode ser interpretado como prevaricação por parte das autoridades competentes.

quarta-feira, junho 27, 2007

Bolsa para universitários - está faltando informação!

O site da prefeitura de Campos informou ontem, que o programa ProCampos (ex-Probo) aumentou duas mil bolsas a universitários das nove instituições não públicas e privadas, que ministram ensino superior em Campos, em relação ao que foi concedido no ano passado. Embora já estejamos, praticamente no segundo semestre, só agora a saiu decisão que concedeu 8.500 bolsas com valores variando de 10% a 90%, de um total de 9.500 requerimentos feitos por universitários. Bom que esta informação finalmente seja liberada. Porém, ela é insuficiente. A sociedade tem o direito de saber quais critérios “sócio-econômicos” foram analisados para esta definição. Em segundo lugar está errado a prefeitura determinar “que os alunos inscritos devem procurar se informar diretamente na sua faculdade de origem” para tomar conhecimento da resposta ao seu requerimento. É dever da prefeitura, por se tratar de recursos públicos dar publicidade ampla e irrestrita das suas decisões. Neste caso, não só informando ao aluno interessado, mas a sociedade que está bancando tal concessão, saber também quem são estes alunos (nome e cpf) e qual o percentual de bolsas que receberam. Além disso, a sociedade tem o direito de saber, quanto de bolsa vai ser bancado por instituição, assim como o valor total que o referido programa receberá do orçamento público. Além das informações que a sociedade tem o direito de ter proponho uma reflexão: 8.500 estudantes universitários amparados por um programa municipal sem contrapartidas? O cidadão pobre que se candidata ao “bolsa família” em valor em torno de R$ 50 ou R$ 75 tem obrigação de manter o filho pequeno na escola, garantir-lhes a aplicação da relação de vacinas, enquanto, um estudante de medicina que pode chegar a receber de bolsa mais de R$ 5 mil por ano com esta bolsa não tem obrigação nenhuma? PS.: A referência do exemplo se deve ao fato de, sabidamente ter o curso de medicina, o maior custo entre as diversas graduações atendidas pelo programa.

E Campos?

Mais uma prefeitura fluminense acaba de fazer licitação, para escolher o (s) banco(s) que vai (vão) gerir as folhas de pagamento e as contas do município. O jornal O Globo noticiou ontem, que em Teresópolis, o banco Santander se dispôs a pagar a quantia de R$ 10 milhões por este direito e se comprometeu ainda a abrir cinco agências na cidade para atender, aos 5.200 servidores ativos e inativos. O Santander já ganhou licitação semelhante nos municípios do Rio de Janeiro e Nova Iguaçu. Imagine se com 5 mil funcionários e um orçamento em torno de R$ 150 milhões o Santander pagou R$ 10 milhões em Teresópolis, quanto não pagaria por uma conta de um orçamento municipal de R$ 1, 165 bilhão e mais de 30 mil servidores entre ativos, inativos e pensionista. Eu arriscaria um palpite na ordem de R$ 100 milhões que hoje o município está perdendo. Quem está ganhando com isto?

Exemplo e contra-exemplos

O caso dos meninos da Barra está mexendo com as famílias. Os pais não falam de outra coisa, no trabalho, no ônibus, no lazer e espero que em casa. O pai da trabalhadora agredida foi a voz mais sensata que ouvi sobre o assunto. Para mim, sua curta fala veiculada nas diversas TVs quase que encerra o assunto. Porém, encontrei hoje uma astuta repórter chamada Christina Nascimento do jornal O Dia, que foi além das evidências e ouviu mais detalhadamente o pedreiro Renato Moreira Carvalho. Uma belíssima entrevista da qual pincei o cabeçalho que copio abaixo. Este cidadão, na melhor e menos desgastada interpretação que o termo pode nos sugerir, em meio ao seu sofrimento, faz a gente pensar e lembrar que este país tem jeito e o que melhor do Brasil são os brasileiros. Leia aqui. “O retirante mineiro que jurou aos 12 anos para o pai que jamais entraria em uma delegacia chora ao lembrar a promessa quebrada. “Disse para o meu velho que nunca lhe daria esse desgosto.” Aos 54 anos, o pedreiro Renato Moreira Carvalho viveu a pior experiência da sua vida ao ver a filha, a doméstica Sirlei de Carvalho, 32, com hematomas pelo corpo. Por um capricho do destino, foi justamente numa unidade policial, onde sempre temeu entrar, que ele tirou lições e certezas para toda a vida. A mais importante delas é que, apesar do pouco estudo e da falta de recursos financeiros, acertou na educação dos quatro filhos. “Meus meninos nunca tiveram nada, mas receberam amor. O que não pude dar em bens materiais, dei em espiritualidade”, diz ele, abraçado a Everton, 25 anos, e Vitória, 7.”

Do dia-a-dia das nossas cidades

Esta é de mais um colaborador do blog que prefere o anonimato, mas informa que o flagrante que fotografou é de um estabelecimento localizado no município de Rio das Ostras.

Um contraponto e uma crítica à correria dos tempos modernos, na linha do movimento que na Europa chamaram de "slow-food" que questiona os Mac Donalds e estes estilos de vida. Além do letreiro veja, o símbolo do serviço de lavagem de carro.
PS.: Se desejar ver em tamanho maior clique sobre a foto.

Macaé, pelo menos, tenta acertar!

Macaé não é nenhum grande exemplo, porém serve para fazer algumas comparações com a administração da prefeitura de Campos. Embora, nada justifique o que se diz por aí, de que o prefeito de Macaé tem um salário de R$ 35 mil e seus assessores também possuem altos salários, vê-se por lá, esforços de gestão: Melhoraram o transporte público; construíram um belo centro de convenções por apenas R$ 20 milhões e também um centro administrativo e centralizado; planejaram e implantaram as perimetrais, para as quais deram nomes de cores para facilitar a adaptação e a localização dos moradores; construíram um centro universitário para o qual estão buscando parceiros; há dois anos planejam um pólo industrial; avançaram menos nas áreas sociais e não conseguem aplacar as demandas que o grande crescimento populacional vem gerando, especialmente na área de habitação na periferia. Apesar disto e outros problemas, como os altos salários dos gestores e vereadores, diz-se que por lá, os problemas vêem sendo enfrentados. Agora mesmo, assessorados pelo Ibam (Instituto Brasileiro de Administração Municipal) promoveram uma reestruturação do primeiro escalão de governo diminuindo, a quantidade excessiva de secretarias e extinguindo alguns órgãos da administração indireta. Estão deixando ainda, a meu ver, um número grande de secretarias que agora passaram a ser chamadas, de especiais: Desenvolvimento sustentável; Finanças; Educação; Saúde; Desenvolvimento Social e Humano; Planejamento e gestão; Comunicação Social; Controle interno; Infra-estrutura urbana; Cultura, esporte e Turismo; Desenvolvimento Local; Governo. Com este mesmo status de especial, foi considerada a Procuradoria geral do município e a Chefia de Gabinete. Verticalmente a estrutura se completa com: secretarias executivas e coordenadorias por áreas. Embora, julgue que nove já seria um bom número para as secretarias especiais, não se pode deixar de comparar com Campos, cujo número de secretários, gerentes e presidentes de fundação que têm o status de secretários, é próximo dos 50, o que torna uma simples reunião do primeiro escalão, uma assembléia, onde poucos conseguem usar a palavra, se é que, por aqui elas são realizadas. Embora, com muitos erros e problemas, pode-se dizer que por lá, pelo menos, eles estão tentando... Atualizado 10:30: PS.: Apesar do IBGE dizer que o mar em Macaé aumentou 15 centímetros em quatro anos correndo risco de submergir, este blog acha, que se as coisas andarem do jeito que estão por aí, vai ter cidade, que ainda assim, afundara antes que Macaé.

terça-feira, junho 26, 2007

Inundação com água mineral

Na história da água mineral comprada pela prefeitura parece, que quanto mais explicam, mais se complicam. Hoje pela manhã em meio ao périplo, que alguns gestores municipais fizeram pela mídia local tentando explicar se o galão era de 10 ou 20 litros, se com, ou, sem o vasilhame, o secretário municipal de Defesa Civil, Henrique Oliveira, deu uma explicação singular que este blog não tem como tentar explicar para você leitor. Deixamos para você mesmo entender ouvindo o próprio secretário. Clique aqui em http://www.arquivoweb.net/arquivo.php... e depois onde está escrito download do arquivo e ouça a pérola! Se desejar ouça o áudio clicando no YouTube acima.

R$ 1,0 milhão para iscas de ratos

O blog está dizendo que é para ratos. Não tem nada a ver se o galão é de 10 ou 20 litros. Se é com, ou, sem o vasilhame. O negócio aqui são os ratos. Repito: os ratos!

Em maio do ano passado a PMCG preparou dois processos de inexigibilidade de licitação pra aquisição de remédio para matar rato. Um no valor de R$ 483 mil de maio de 2006 e outra de R$ 539 mil de julho também de 2006. O mais interessante é que a publicação destas inexigibilidades, de Nº 1 e 2 de 2006, só hoje, 26 de junho de 2007, foram publicadas no Diário Oficial.

De Rodrigo para Rodrago
O nome da empresa contratada para fornecimento sem licitação é Rodrago Comércio e Representações Ltda. Depois ainda há gente maldosa que diz que não há planejamento em nosso município. Seis meses antes da enchente do rio Paraíba, já havia gente preocupada com os ratos. Porque você sabe como é, quando os gatos saem os ratos tomam conta!

Atualizado 18:58:
Um leitor atento, justo e confiável, lembrou ao blog que, provavelmente, esta data tenha sido da ocorrência da morte das três crianças num bairro de Guarus, cujas causas, até hoje não foram descobertas. Porém, a infestação de ratos identificada na região exigiu, uma ação rápida do poder público. Verdade. Isto pode justificar a inexibilidade da licitação para a compra, mas não sei, se isto poderia explicar o valor tão alto para produto tão simples. Fica o registro!

Assista o debate do Etanol

Aqui na TV O Dia o debate simultaneamente no auditório da Petrobras no Rio de Janeiro e no Cefet em Campos.
Atualização 11:20: Neste momento fala José Pessoa grupo proprietário da Usina Santa Cruz em Campos.
Atualização11:30
José Pessoa: "A estrutura fundiária precisa passar por uma modificação, modernização, fomento creditício e tecnológico para apoiar a mecanização que fica inviável para os pequenos produtores. A saída é montar duas cooperativas para facilitar o acesso à mecanização e com isso ganhar viabilidade econômica e facilidades de comercialização. É preciso baratear a produção, evitar o intermediário para a matéria-prima não chegar com preços inviáveis à indústria. O governo deve ajudar nesta formação das cooperativas. Ele disse também que falta infra-estrutura para escoamento da produção." Agora fala Luiz Eduardo Crespo da Asflucan.
Atualizado 11:40:
Luiz Eduardo Crespo da Asflucan ressaltou a realidade fundiária e dos produtores locais que precisa ser apoiado para usar esta potencialidade a favor da região. Frederico Paes presidente da Coagro: "A nossa região tem 9 mil produtores de cana e 5.700 estão na nossa cooperativa, a Coagro. A Coagro é exemplo único ao nível de Brasil, onde os produtores gerem diretamente uma usina arrendada desde 2002 em Campos. Foi a forma de comercializar a produção e industrializar diretamente. Defendo investimentos e arguo que a Petrobras possa retornar não só através de royalties, mas de investimentos a riqueza aqui extraída. O Dr. Paulo Roberto Costa disse em uma entrevista no domingo a um jornal do Rio que a Petrobras investiria mais de R$ 2 bilhões em construção de usinas. Aqui já temos a usina, teremos um porto que poderá exportar álcool. Acho que é dever da Petrobrás nos ajudar. Sugiro que se crie um Comitê, com as associações produtoras, com as usinas para criar projetos de desenvolvimento regional junto dos governos municipais e da Petrobras. Peço que a Petrobras olhe com carinho a região."
Agora o Luiz Mário Concebida fala sobre o Funceam a pedido do Luiz Nassif.
Atualizado 11:50:
Luiz Mário Concebida do Fundecam:
"O Fundecam está desde 2002/2003 e hoje já tem 60 projetos industriais desde 2003 entre eles, os do setor sucro-alcooleiro. O solvente verde pela HC Indústria junto à usina Sapucaia é um deles e agora o município resolveu apoiar os produtores, através de um novo programa semelhante ao primeiro, mas voltado para o agricultor, o Fundecana. Queremos uniformizar a lavoura para aumentar a produtividade. Este ano serão R$ 10 milhões e outros R$ 10 milhões nos próximos três anos que ao serem devolvidos possam otimizar o fornecedor. Imaginamos que o valor total possa chegar a um apoio de até R$ 70 milhões. O dinheiro emprestado terá três anos de carência e cinco anos para pagar."
José Pessoa:
"José Pessoa disse que tem o projeto de mais uma unidade para o estado do Rio de Janeiro, mas a prioridade número um está voltada, para a produção agrícola. Sem ela não terá investimento em unidades industriais. Algumas usinas que fecharam, as terras delas não estão produzindo. É preciso ocupar estas terras, plantar e aí sim com cana disponível teremos necessidade de implantar novas unidades industriais."
Atualizado 11:55:
Observação: Há uma clara intenção dos investidores de colocar na questão fundiária o problema que atravanca as nossas potencialidades. PS.: Agora novo painel cujo tema será sustentabilidade econômica, ambiental e social. Vicente Oliveira da Unidade de Pesquisa Ambiental do Cefet Campos. José Luiz da Uff em Campos e Geraldo Coutinho da Firjan no Rio de Janeiro.
Atualizado 12:10:
Vicente Oliveira do Cefet Campos: "As novas iniciativas do Cefet Campos nesta linha são: o mestrado em Engenharia Ambiental, o curso de Tecnologia em nível superior em Produção Agrícola que será renovado para a uma vertente maior para a Agroindústria, com preocupações de sustentabilidade ambiental. Além disso, o Núcleo de Pesquisas Ambientais terá um importante papel nesta linha de pesquisas em impactos ambientais dos atuais e futuros empreendimentos." José Luiz da Uff: "A Uff quer continuar a analisar as condições e relações de trabalho do setor sucro-alcooleiro na região que precisa superar problemas históricos. Antes o problema era o bóia-fria e o trabalhador sem carteira assinada. Agora se continua a ter problemas como a incidência daquilo que o Ministério do Trabalho chama de, condições de trabalho análogas ao trabalho escravo. Baseio-me, por exemplo, na exigência de corte que antes era de 4 a 6 toneladas por trabalhador, onde alguns campeões chegavam até 8 ou 9 por trabalhador. Hoje esta exigência fica entre 12 e 17 toneladas. Sendo que alguns, que são trabalhadores campeões a até 20 toneladas. A ausência do controle do processo de trabalho, para que o trabalhador saiba o quanto deverá ganhar. Há exemplos de unidades produtivas que desenvolvem o que podemos chamar, de boas práticas, que levem em conta, não só os processos e a tecnologia do trabalho, mas também as necessidades e os direitos do trabalhador."
Atualizado 12:26:
Geraldo Firjan da Firjan: "Pela primeira vez vejo um debate mais profundo em que a questão regional do setor é ampliada com a discussão da potencialidade desta região. Isto me dá um imenso prazer. A Firjan e o Senai estão respondendo às demandas formando pessoal, para o atendimento do grupo MMX que está implantando o porto em São João da Barra até cursos para as indústrias já instaladas."
Luis Nassif antes de sair da coordenação do debate para se dirigir a Brasília faz duas interessantes observações:
"A Certificação Social e Trabalhista “é o lado bom da globalização, porque sem isso não se consegue exportar”. Por isso, não se pode considerar esta como uma questão menor." "Pela primeira vez, desde que me conheço como jornalista econômico, vejo uma articulação com um jornal ajudando a fazer a reconstrução entre diversos setores que se complementam na atuação e no desenvolvimento de um programa. A Petrobras, universidades, fomento com fundos municipais, empresários, etc. Antes do IAA fazia isso, agora as partes vão ter que negociar, negociar e negociar. Se uma das partes falhar, as demais poderão tocar o programa adiante."
Atualizado às 12:55:
Mozart Schmitt de Queiroz – Gerente Executivo de Desenvolvimento Energético da Área de Gás & Energia da Petrobras Compara produtividade de energia produzida com cana-de-açúcar (renovável) com a produtividade com extração de barris de petróleo. Ao analisar a sustentabilidade econômica, ele julga ser possível com avanços tecnológicos, compensar a questão fundiária e a baixa produtividade. Otimizar a produção com co-geração de energia, uso do bagaço, etc. Sobre a questão trabalhista vê que se deve evitar a utilização de mão de obra temporária. Para isso poderia a força de trabalho deveria ser baseada na agricultura familiar usando o próprio produtor como mão de obra como se faz, por exemplo, com uma cooperativa. Há exemplos disso no Rio Grande do Sul onde uma cooperativa controla estes acordos entre produção familiar, industrialização e comercialização no momento adequado para maiores ganhos do próprio produtor. Geraldo Coutinho da Firjan: "Em Campos precisamos vencer a inércia que traz a desesperança e o descrédito entre produtores da nossa região. Nós podemos e temos responsabilidade, trabalhistas, ambiental, agrária, etc. Lá há responsabilidade social, mas isto não se redunda em responsabilidade social do setor produtivo. Sem um balanço contábil favorável nada pode ser feito, Por isso lá há que se reformar o modelo produtivo, dos micro-produtores." "Falar de consórcios de cultura na região é prematuro. Há sim que se falar em consórcio de produtores. Em Campos não se aplica o capitalismo na sua essência como produção de escala por conta da realidade fundiária. Porém, não há que se ver isso como um problema instransponível. Há que se usar os artifícios da organização de produtores de cooperativas, de consórcios para se juntar para vencer as dificuldades." "É preciso re-conceituar a monocultura. Monocultura para mim é quando há o domínio de latifúndios imensos como no Brasil só ocorre no centro-oeste. Em Campos não temos monocultura. Temos a melhor cultura com 7 mil produtores tirando de lá o seu sustento. O feijão, o arroz, a fruticultura e nada disso, se desenvolveu como cultura consorciada à cana. Na questão da soja, o problema é de escala. Com a estrutura fundiária local, não há como se pensar em consorciamento de outras culturas e sim de produtores para otimizar produção na lavoura." "Quanto à mão-de-obra quero dizer, que não pode considerar uma notificação do fiscal ou uma denúncia, como a interpretação de que isto é uma ocorrência verdadeira. Estamos melhorando estas questões aos poucos. O final da queima da cana-de-açúcar virá muito antes do que se pensa e não por imposição legal. A cana só é queimada para facilitar o corte para o trabalhador. Cada tonelada de cana consome 220 kg de CO2. Este valor seria ainda maior se pudéssemos deixar de queimar a cana para realizar o seu corte. Precisa-se também melhorar a infra-estrutura de logística entre outras coisas para que o tripé da sustentabilidade econômica, ambiental e social ocorra."
Agora no último bloco estão participando do debate:
Renata Bezerra Cavalcanti – Subsecretária de Estado de Energia, Logística e Desenvolvimento Industrial;
Alberto Messias Mofati – Sub-Secretário de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento .
Atualizado 13:10:
Nos últimos instantes do seminário que já caminha para o encerramento foi veiculado, um vídeo, com uma mensagem do governador Sérgio Cabral. Nele, o governador falou do papel e do interesse do governo estado em ajudar a articular e fomentar para que o potencial do setor possa efetivamente se viabilizar a produção do etanol na região e no estado. Paulo Fraga do jornal O Dia, como novo mediador no lugar de Luiz Nassif: Este evento mostra que o esforço para apoiar o setor é válido. O jornal O Dia que já edita o caderno Rio Rural há muito tempo já tem esta preocupação.Vimos que o tema é complexo e merece o esforço dos diversos setores envolvidos. Parabenizo a Petrobras que permitiu ter um evento desta qualidade. Agradeço em nome do grupo Ari de Carvalho, do jornal O Dia a todos que participaram no Rio e em Campos. Campos, a partir de hoje, está inserido na globalização e em todos os eventos que realizarmos daqui para frente. PS.: As transmissões foram uma iniciativa da TV Corporativa da Petrobras e da TV O Dia.
Comentário do blog:
As exposições e os interesses das partes ficaram tão claros que quase dispensam detalhamento. Ainda assim, este blog provoca a discussão e voltará a tratar do assunto se provocado.

Polícia Federal já realiza mais uma grande operação em Campos

Policiais de outros estados e jurisdições estão em Campos para cumprir mandados de buscas, apreensões e prisões na região. Ainda não foi divulgado o nome da operação e nem os alvos desta investigação. As rádios e TVs em Campos já noticiaram esta movimentação, mas ainda não deram mais informações. Atualizado 11:00: As novas informações dão conta, que se trata de uma outra etapa, da Operação Caça-níqueis em Campos. A operação que interrompeu o tráfego na rua Barão de Miracema até a poucos instantes, para facilitar a entrada e saída de policiais federais da Delegacia de Campos, está cumprindo um total de 13 mandados de buscas, apreensões e prisões, sendo cinco no Rio e oito em Campos. Dois carros já estavam detidos e recolhidos por volta de oito horas, onde existiam peças, materiais eletrônicos e computadores. Uma prisão já havia sido efetuada e outras estavam para ser efetuadas pelos policiais.

Novas esperanças

Muito se espera da nova diretoria da AIC - Associação de Imprensa de Campos. Sem desmerecer as diretorias anteriores há que se considerar que, finalmente, uma safra nova de jornalistas, se dispôs a assumir a entidade que possui 87 anos de existência. A entidade tem história e o espaço da sua sede já foi palco de inúmeras lutas democráticas entre elas, recordo-me do movimento comunitário, quando do primeiro acidente ambiental no rio Paraíba do Sul, se não me engano, em 1978. Ali também jovens encamparam lutas nacionais como a da Anistia, ampla geral e irrestrita. Particularmente, ali comecei a militar na política e depois participei ativamente do movimento estudantil no Rio de Janeiro no final da década de 70 e início dos anos 80. A exemplo da ABI (Associação Brasileira de Imprensa) que tem relevantes serviços prestados, não exclusivamente à área de imprensa (hoje mídia), mas à sociedade brasileira com a defesa corajosa, da democracia nos tempos de arbítrio, espera-se, que em Campos, nesta época de tentativa de implantação do Pensamento Único e de cerceamento de liberdades com chantagens, a AIC possa exercer o papel de mais um bastião de independência e de lutas. À luta! PS.: De início pemitam-me, uma sugestão: a criação de uma página ou um blog na internet.

segunda-feira, junho 25, 2007

Êpa! Mudaram o nome do seminário do etanol?

Só hoje, já vi mais dois diferentes complementos, do título do seminário organizado pelo jornal O Dia e patrocinado pela Petrobras. Num pequeno outdoor, colocado junto ao muro do Cefet está: “Etanol – Do plantio para o mercado global”. Agora à noite no site do jornal O Dia, ou melhor, junto do link da TV O Dia que amanhã transmitirá pela internet o evento está: “Etanol – do Brasil para o mundo”. Verdade que as duas são variações da primeira, mas sempre retirando o norte fluminense da jogada. Ocasional ou intencional? Lembrando da observação final colocada na nota abaixo, pode até ser uma boa, não?

Seminário Etanol: do norte fluminense ao mercado global



O Seminário é um evento proposto pela Petrobras e que visa discutir ações de integração do setor sucro-alcooleiro local com as demandas do mercado global, especialmenteo asiático. Apesar deste aceno local, a Petrobras está investindo no setor fortemente, mas na região centro-oeste e e Minas Gerais. Em um destes projetos a Petrobras investirá US$ 1 bilhão em apenas 5 usinas. Outros US$ 1,5 bilhão será posto na logística de escoamento do etanol com alccoldutos que ligarão as unidades industriais até os portos. Diz-se que o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa tem projetos para incluir as 5 usinas locais no projeto do chamado Complexo Bioenergético (Cbio).

Bom será se além da questão do mercado, da logística de transporte e da tecnologia de produção do etanol, a discussão avance para a sustentabilidade social e ambiental para as regiões que tiverem grandes áreas ocupadas pela matéria-prima do etanol. O que estará previsto como alternativa, para a mão-de-obra, quando a mecanização avançar para a maioria da colheita da cana? Qual o projeto para os pequenos produtores? Como será a consorciação com o biodiesel nos projetos para a região?

Infelizmente em grande parte do horário previsto entre 08:30 até as 13 horas estarei fazendo uma palestra em Furnas. O evento terá transmissão ao vivo para o auditório da Petrobras no Rio de Janeiro e em um dos auditórios do Cefet Campos. Se você possuir banda larga, na sua ligação à internet conseguirá assistir aqui na TV O Dia todo o seminário. Aqui você pode ver a programação completa com assuntos e debatedores no Rio e em Campos. Ainda sobre o assunto leia aqui uma entrevista com José Walter Bautista Vidal, físico, considerado por alguns como o "pai" do Proálcool.

Atualizado às 22:44:
Sobre o mesmo assunto, mas referindo-se ao crescimento da área agricultável em cana-de-açúcar, que o interior paranaense está vivenciando, José Dirceu, assim como este blogueiro vem fazendo, também alertou hoje em seu blog:

“Não resta dúvida de que é preciso fazer já um zoneamento agrícola em todo pais e regular essa atividade agrícola. Exigir compensações ambientais, como reflorestamento, preservação das matas ciliares, e compensações sociais e de infra-estrutura para as cidades que estão recebendo as novas centrais ou usinas sucro alcoleiras ou apenas produtoras de etanol e energia. Não podemos deixar esse crescimento ser espontâneo e sem regulação, ele é perigoso do ponto de vista social e ambiental.”

Agenda Social

O Programa de Pós-Graduação em Políticas Sociais da Uenf está anunciando o lançamento da revista “on lineAgenda Social. A reponsável pela edição é a professora e doutora em Ciências Humanas - Sociologia pelo IFCS/UFRJ, Adelia Miglievich, que afirma: “Perseguimos a qualidade neste empreendimento e contamos, por isso, com membros expert em nossos conselhos consultivos nacional e internacional. Enfatizamos que nosso foco multidisciplinar supõe o diálogo entre as distintas áreas do conhecimento". Neste primeiro número chamo a atenção, para o artigo “Economia Informal, Mercado de trabalho e Políticas Públicas: notas iniciais para um estudo do Norte Fluminense” de autoria de Hernán Armando Mamani. O artigo “trata da economia informal, nos municípios do Norte Fluminense a partir de 1998, e investiga a relação entre Estado, Economia e Sociedade na configuração destes mercados de trabalho. O texto é um exercício de construção de objeto: partindo de uma breve contextualização realizada a partir de notícias de jornais da cidade de Campos dos Goytacazes sobre políticas sociais e economia regional, e de estudos econômicos recentes, confrontam-se estes dados com a teoria e os campos de debate, propondo as hipóteses da pesquisa “Economia Informal, mercado de trabalho e Políticas públicas no Norte Fluminense”. Se desejar faça aqui o donwload do mesmo.

As faixas da manifestação

O movimento parece tem a coordenação do Sindisprev – Sindicato dos Trabalhadores em Previdência Social que assumiu assumido a luta pela tentativa de efetivação desta categoria profissional, que abrangeria no município os funcionários do CCA e os agentes comunitários do Programa de Saúde da Família, o PSF.

Manifestação em frente à casa do prefeito

Um grupo de cerca de 300 manifestantes, aparentemente agentes comunitários de saúde ou de funcionários do CCZ, gritam palavras de ordem e sopram apitos tentando pressionar, para serem recebidos pelo prefeito, em sua ex-casa, onde passou a despachar assuntos da prefeitura, na rua Voluntários da Pátria, ao lado da Santa Casa.

Além de reclamar da corrupção fizerem discursos falando do absurdo da prefeitura ter adquirido água mineral por mais de cinco (ou sete) reais e entoaram outras palavras de ordem:

“Olá prefeito, cadê você, eu vim aqui só para te ver!”; Agora já, efetivação!; “Você pagou por traição a quem sempre lhe deu a mão!” Depois de interromperem o trânsito na rua Voluntários da Pátria e serem comunicados que o prefeito está na sede da prefeitura eles seguiram em passeata pela avenida Pelinca em direção à prefeitura continuando as palavras de ordem.

Desastre

José Castello na mesma resenha citada, na nota abaixa e publicada, no caderno Prosa & Versos do jornal O Globo, parecia, que falava cifrado para nós campistas. Nesta passagem ele lembra de Maurice Blanchot em seu livro: “A escrita do desastre”: “O desastre é o momento no qual não é mais possível, através do desejo, da astúcia ou da violência, colocar a vida em jogo”.

Acostumado!

José Castello fez uma resenha do romance “Sementes Mágicas” de V. S. Naipaul com interessantes comentários. Uma afirmação constante do livro, sobre uma passagem do principal personagem, me chamou a atenção despertando o interesse em ler o livro: “Estar preso é o mesmo que subir em ônibus lotado. No início, parece impossível suportar. Mas logo que o ônibus volta a andar e o movimento acomoda os corpos, você se acostuma.” Não sei porque vejo semelhança entre esta observação com o que acontece em nossa cidade.

O povo quer saber - II

Aprofundando o tema da execução orçamentária. Seja custeio ou investimento este dinheiro é nosso. O povo quer saber e espera ser "comunicado". Qual o volume de recursos gastos e com quais órgãos, empresas e/ou pessoas físicas os R$ 16,8 milhões destinados no orçamento municipal à secretaria de Comunicação? Esse dinheiro equivale a 4 milhões de latas de leite em pó. Este órgão não depende de nenhum outro para cumprir o que determina a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) detalhando a utilização dos seus recursos. Lembrem que o valor é praticamente o mesmo destinada às bolsas pagas aos universitários de nove instituições de ensino superior do município. O povo que paga o salário e as despesas desta e outras secretarias quer saber.

domingo, junho 24, 2007

O personagem

Olha o desenho que o blogueiro encontrou hoje durante sua caminhada. O do olho de vidro e da perna-de-pau estava, num tapume de uma obra localizada na rua Barão de Miracema. O vendedor de rede - ao lado - que trabalha pesado, tenho certeza que ganha a vida mais dignamente...

Bolsa quadrilha

Calma gente não se trata da questão da chantagem das bolsas aos universitários em Campos. A idéia foi informada por diversos jornais de hoje. O fato: quadrilhas de tráfico de drogas, já algum tempo, passaram a adotar como tática de atuação, o finaciamento de alunos que estudam direito em universidades para, em troca, após se formarem advogados, trabalharem para os presos. O esquema foi descoberto, depois que uma PM pernambucana foi presa em São Paulo, depois de ter sido orientada por uma advogada, a solicitar tal ajuda ao traficante Fernandinho Beira-Mar, que está preso na Penintenciária Federal em Catanduvas no interior de São Paulo. Apenas uma perguntinha: o caso em tela seria investimento ou custeio?

Nosso rio como praia...

No primeiro domingo do inverno!







sábado, junho 23, 2007

Porque hoje é sábado

Taiguara - lembrando que o nosso sonho não acabou! Relembrando, relaxando e... sintam-se à vontade...

Melhor como pensador do que como político

Cristovam Buarque continua, como fez durante toda a campanha presidencial do ano passado, pensando, falando e escrevendo sobre educação. O hoje senador, costuma se sair melhor, como pensador do que como político. Neste artigo postado hoje em seu blog e também publicado, no jornal O Globo ele faz, uma interessante análise, sobre o papel, cada vez mais importante, deste tipo de investimento e das possibilidades de inclusão social que a educação pode representar nos dias atuais. Tenho algumas dúvidas e outras poucas discordâncias em algumas passagens deste artigo. Porém, mesmo que discordasse integralmente do que diz – que não é o caso - os argumentos que usa valem como elementos, para uma reflexão sobre o que está sendo feito na educação a nível nacional, estadual e municipal. Se desejar leia aqui este artigo.

Câmara cheia de assessores e o jornal precisando de uma...

Enquanto a Câmara Municipal vai colecionando assessores, o jornal O Diário, ao noticiar atividades do legislativo, apesar da existência dos corretores ortográficos dos processadores de textos dos computadores, mostra necessitar de uma assessoria em ortografia e língua materna. Veja: “A visita de cunho técnico foi acompanhada pelo futuro acessor de Cultura da Câmara, João Vicente Gomes Alvarenga, e do arquiteto Mário Sérgio Cardoso, que vai cuidar do projeto...”

Por que sigilosa?

Qual o motivo do sigilo da reunião do prefeito, com 14 dos 17 vereadores, na Câmara Municipal? O tema das denúncias é público e ganhou divulgação por um discurso em plenário de um dos conselheiros do TCE-RJ. A administração é pública. Os recursos são públicos. Que história é esta de conversa reservada? O pouco do que “teria sido conversado” acaba com um ou outro relato superficial e evasivo. O mesmo procedimento de conversas reservadas, como se fossem à parte do povo que representam, já foi adotado com outras autoridades municipais da Emut, secretaria de Educação e Promoção Social. A Casa do Povo agora vai ganhar um belo espaço, mas, pelo que se vê, continuará a servir apenas para títulos de cidadão, homenagens e outros convescotes do gênero. O mais estranho é que aparentemente todo mundo está julgando isto natural. Será apatia, cooptação ou dos dois um pouco?

Vale o registro

A leitura do último artigo, do presidente regional da Firjan, Geraldo Hayem Coutinho, ontem, na Folha da Manhã leva a reflexões. Um líder empresarial reclamando do fechamento do escritório do Ibama em Campos, como conseqüência de uma Medida Provisória que reestruturou, o mais importante órgão de gestão ambiental de nosso país. Alguma coisa isto quer dizer. Leia aqui o artigo e tire suas próprias conclusões.

sexta-feira, junho 22, 2007

Artigo das sextas

Luz amarela acesa: mais fatias no bolo dos royalties!
Este articulista já havia alertado, em artigo aqui neste espaço, que estava em ascensão o movimento de aumento de fatias sobre o bolo dos royalties do petróleo produzido em nossa região. Também em meu blog postei, em 16 de abril, uma nota sobre este “olho grande”.
(http://robertomoraes.blogspot.com/2007/04/olho-grande-nos-royalties-continua.html). Pois bem, nesta última quarta-feira, a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) decidiu, que a partir do dia 20 de junho, o município de Angra dos Reis, pertence à zona de produção principal do estado do Rio de Janeiro. O requerimento de inclusão de Angra dos Reis que redundou nesta da decisão da ANP foi formulado, no final do ano passado e partiu de um relatório técnico feito por especialistas da empresa “Petrobonus Consulting”. Nele, o argumento apresentado a ANP foi a da “existência de três ou mais instalações relacionadas às atividades de apoio à exploração e à produção de petróleo e gás natural no município” que foi considerado definidor da decisão da agência reguladora. As instalações a que se refere o estudo são a dos estaleiros que executam projetos de montagem e reformas de plataformas usadas, na exploração de petróleo em nossa bacia. Argumento semelhante foi usado, em 2004 por Niterói e Rio de Janeiro que assim, também passaram, a ser considerados, municípios da área principal de produção de petróleo em nosso estado. A decisão traz diversas conseqüências diretas e indiretas, além da repartição em mais fatias do bolo entre os municípios produtores. Com ela, os municípios vizinhos de Angra dos Reis automaticamente, passam a ser considerados como limítrofes. Assim, Barra Mansa, Barra do Piraí, Pinheiral, Porto Real, Piraí, Quatis, Resende, Rio Claro e Valença agora vão dividir o bolo dos municípios limítrofes de nossa região como: São Fidélis, Cardoso Moreira, Conceição de Macabu, etc. Se nossos vizinhos receberão proporcionalmente menos, as pressões sob os municípios pólos como Campos e Macaé tenderão a crescer. Além disso, se a questão for avaliada também sob a ótica, de que os repasses dos chamados royalties, incluindo as quotas mensais e participação especial que é trimestral são calculados, sobre o preço, em dólar, do barril de petróleo no mercado internacional e que estes estão em declínio, pode-se concluir que a luz de atenção, que tem sido sinalizada por gente da sociedade civil, precisa produzir efeitos que leve ao uso planejado, criterioso e controlado destas receitas, sabidamente temporárias. Há informações de que a pressão pelo aumento, ainda maior, de fatias está a caminho.
Roberto Moraes Pessanha PS.: Artigo publicado exclusivamente no blog.

Esta é nacional, mas talvez sirva para o regional...

Tristeza

O blogueiro e-aluno do Cefet e parceiro Luciano Azevedo emplacou hoje, uma foto e a pauta de uma matéria de capa, de um dos jornais de Campos. Luciano, ontem por e-mail, chamou a atenção para o problema dizendo tratar-se do filho de um amigo. A foto também exposta na primeira página do jornal é do seu blog:
"Mais uma vida ceifada por uma doença chamada MENINGITE menigocóccica.
"Cecílio Rocha Neto"
"Nasc. 06/02/2007 - Óbito 20/06/2007"

"Procure a Secretaria de Saúde de sua cidade e exija a sua vacina contra a MENINGITE. Aqui em Campos-RJ ( uma prefeitura bilionária) creio eu, ter a vacina!"

e-gov

Este é o apelido simplificado de governo eletrônico. No Brasil, algumas cidades e estados estão avançando bem na relação com o cidadão, que incluído digitalmente, passa a poder resolver muitos dos seus problemas sem sair de casa.

No Canadá, ainda em 2005, de um total de 584 milhões de consultas feitas pelos canadenses ao seu governo, 547 milhões (93%) foram por meio de serviços eletrônicos, 30 milhões (5%) por telefone e apenas cerca de 4 milhões pessoalmente. Por lá, documentos como passaportes, licenças, financiamento e até divórcios podem ser pedidos pela internet.

O professor Richard Heeks da Univesidade de Manchester na Inglaterra, considerado um dos maiores especialistas em governo eletrônico do mundo diz, com propriedade que: “nos países mais ricos, o governo não é tão importante na vida do indivíduo quanto nos demais”. Heeks disse que a relação do governo, com a sociedade vem se alterando, mas de forma mais significativa, ela vai se radicalizar: “quando os adolescentes e jovens da geração web assumirem posições-chave no poder, daqui a alguns anos, o cenário será outro.”

Por aqui, com a capacidade de investimento da prefeitura e com uma boa relação com as universidades, poderíamos estar avançando com a inclusão digital e o e-gov, mas, a preocupação é com a eleição e...

O adensamento da região da Pelinca e o valor das “coisas”

Este blog propôs em artigo publicado em novembro do ano passado e em documento enviado, a uma das Audiências Públicas do Plano Diretor, que os campos de futebol dos nossos dois mais tradicionais clubes – Goytacaz e Americano - fossem tombados em termos de patrimônio históricos. Veja aqui o artigo. Saiba aqui porque a proposta foi solenemente ignorada por todos lendo aqui, a edição de hoje do jornal Monitor Campista aqui. Apenas mais uma comprovação, de que são poucas as coisas que não estão à venda em nossa cidade dependendo apenas do valor da oferta. Por isso, tenho refletido sobre a tese - que algum dia haverá de ser debatida, apesar de já sermos hoje considerado um pólo acadêmico - de que é possível, que os royalties estejam produzindo mais mal, do que bem à nossa querida cidade e região. Pense nisto!

quinta-feira, junho 21, 2007

Para descontrair!

Esta é muito boa!
O excelente chargista Amarildo tem uma relação enorme de charges sobre o tema abaixo e outros atuais que você pode ver aqui. Além de muito bem desenhadas, elas revelam um capacidade aguçada de observação política, competência imprescindível para o exercício da profissão, ou melhor, da arte dos bons chargistas. Ele é do site Gazeta OnLine hospedado no portal da Globo.com.


Mais bocas sobre o bolo dos royalties

Como este blog já havia alertado, em nota do dia de 16 de abril cujo título era “Olho grande nos royalties continua”, a ANP decidiu ontem, inserir Angra dos Reis como município pertencente à zona de produção principal do Estado do Rio de Janeiro. O argumento é o mesmo que fez em 2004, Niterói e Rio de janeiro serem considerados também produtores de petróleo, mesmo estando distante de nosso litoral. Angra dos Reis já recebia royalties desde 1980, por ter em seu território instalações de terminais marítimos. Nesta luta, pelo que os municípios da região de Ilha Grande, chamam de valorização dos municípios que são sede de terminais marítimos, com uma proposta de re-divisão dos royalties entre os que têm uma base de terminais, eles já constituíram até, a Associação Brasileira de Municípios com Terminais Marítimos, Fluviais e Terrestres de Petróleo e Gás Natural (Abramt) com atuação e articulação nacional O aumento da quota dos royalties de Angra dos Reis já é um direito desde ontem, 20 de junho de 2007. Também serão contemplados, só que na condição de municípios limítrofes: Barra Mansa, Barra do Piraí, Pinheiral, Porto Real, Piraí, Quatis, Resende, Rio Claro e Valença entre outros. É como este blog vem batendo na tecla: a lei que garante o pagamento dos royalties do petróleo não será suspensa, mas sim pressionada para sangrar e aumentar as fatias como já está ocorrendo. A CNM (Confederação Nacional dos Municípios) não desistiu de aumentar a receita do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) que é repassada a todos os municípios com outra fatia dos royalties do petróleo. Só a boa utilização destes recursos garante argumentos neste debate.

quarta-feira, junho 20, 2007

Não tente jogar todos na lama em que chafurda

O secretário que deveria comunicar, fala bobagens, agride, calunia e quando revidado com dados diz: “vou questionar na justiça”. Argumento semelhante tem usado seus chefes, diante das denúncias que não param de crescer na cidade. Mesmo o mais inocente dos mortais sabe, que a proposta que me referi (aqui) colorida sob a forma de espaço de propaganda, de marketing, etc. Também é pueril imaginar que elas tenham sido feitas diretamente a mim e não sob a forma de sondagens, aos de minha confiança. O rechaço firme e ágil às indecorosas propostas, não me obrigava a ocupar meu tempo, com questões, que considerei, à época, equivocadamente, menores, em detrimento do trabalho árduo, em favor do desenvolvimento da instituição pela qual respondia. Na medida em que, envolvidos estejam hoje querendo dar as cartas e silenciar tudo e todos, não há porque, deixar de revelar a verdade dos fatos. Quem não deve não teme e não se esconde em prazos e prescrições. As provas? Vejam a data que citei e procurem no arquivo público. Peçam os jornais do período. Vejam as matérias do antes e do depois da proposta dissimulada e cretina e tenha aí, a evidência do “modus-operandi” da farsa manipulada entre o comércio e a informação comum aos jornalistas-piratas. O êxito, que tanto incomoda o secretário, referente ao período que, junto com uma valorosa e dedicada equipe dirigi, o Cefet não é, nem nunca foi “comunicada” por mim em outdoors ou qualquer outro meio. Ela é uma interpretação das pessoas e da sociedade, sobre a qual sempre qualquer um pode divergir e pensar o contrário. Até mesmo, gente, que teve interesses contrariados e repulsa da comunidade, quando submetida à consulta democrática em eleição interna. Quando da escolha do meu sucessor, o informante do secretário teve menos de 30% dos votos contra, o atual diretor que depois foi reeleito em 2003, por mais quatro anos. Este blog já afirmou e repete: o poder do dinheiro dos royalties tem servido para quase tudo nesta terra. Agora deram para requerer “danos morais” por acusações provadas de falta de moral. Tentam calar as vozes dissonantes, nas rádios, universidades, jornais, etc. Muitos não querem mais escrever nos jornais, porque ao se sustentarem exclusivamente de seus salários – ao contrário de alguns - não têm, como bancar advogados para defenderem o exercício do seu direito de crítica. A sociedade manietada e de pensamento único é o que pretendem. Os piratas dos royalties tentam com discursos e escaramuças passar a idéia de que todos são iguais. Que isto cara pálida? É bom explicar para onde estão indo os R$ 16,8 milhões da comunicação. Quem e quanto recebem cada parcela deste dinheiro? Aliás, é bom trabalhar. Na tentativa de explicar o inexplicável deixe de caluniar e chantagear os críticos. Pirata ou corsário? Pessoa, mais culta e inteligente que este blogueiro – que também não chafurda em lama petrolífera - procurou-me para sugerir a correção da condição de pirata que atribui a esta figura. Mesmo entendendo que a comparação havia sido estabelecida pelo tapa-olhos que só lhe permite ver o que interessa, num programa que pretende olhar toda uma cidade, ele considera que o personagem que melhor similaridade se aplicaria à figura, seria a de um corsário. Fui à wikipédia, a enciclopédia digital, ver a diferença: “corsário” era um pirata que, por missão ou carta de marca de um governo, era “autorizado a pilhar” navios de outra nação, aproveitando o fato de suas transações comerciais basearem-se, na época, na transferência material das riquezas. Os corsos eram usados como um meio fácil e barato para enfraquecer o inimigo...” Diante de tamanha identificação, não tenho como questionar meu interlocutor (o culto), mas, seja como pirata ou corsário, os munícipes têm o direito de saber: para onde estão indo nossos R$ 16,8 milhões? Quais os artefatos usados como cimento na execução deste majestoso orçamento? O povo quer saber!

Fapec: uma boa iniciativa – que agora seja pra valer!

O vereador Edson Batista parece que está conseguindo, pelo menos com esta iniciativa, se sobressair no meio desta legislatura, que parece uma das mais fracas da história da nossa Câmara Municipal. Batista apresentou e conseguiu que fosse aprovada, uma emenda ao orçamento do município que garantiria o funcionamento da Fundação de Amparo à Pesquisa de Campos dos Goytacazes (Fapec). Espera-se que ela possa representar, na prática, a implantação de uma política municipal de Ciência & Tecnologia. Para fazer justiça, desde 2001, quando a ong Cidade 21 começou a discutir o orçamento do nosso município que o vereador Edson Batista, na época ainda aliado do então prefeito Arnaldo Vianna, já aprovava e apoiava, a proposta que foi defendida por 23 entidades da sociedade civil, que apresentaram uma emenda ao orçamento municipal de 2002 destinando a verba anual de R$ 1 milhão para esta finalidade. A dotação agora aprovada é muito inferior a este valor, na verdade 12% do valor, na época negociado, entre as entidades e os líderes do governo na Câmara de Vereadores e depois abandonada, como quase todas as demais emendas, na área de educação, saúde, agricultura, meio ambiente, desenvolvimento e geração de renda, etc. Espera-se, que os R$ 120 mil agora aprovados, não tenha a mesma destinação anterior. Melhor, seria ainda a efetiva implantação da Fundação de Amparo à Pesquisa de Campos dos Goytacazes (Fapec) com a regulamentação da lei municipal n.º 7.274, de 15/08/02 que criou a referida fundação. Necessário também que a prefeitura de Campos reveja a posição externada pela secretaria de Comunicação, de interferir no resultado das pesquisas que sejam aprovadas num edital público, que é o instrumento adequado para a concessão de créditos para a pesquisas a serem apoiadas, pelo referido fundo.

Oficinas de criação literária

Nem tudo está perdido. É como este blog vem dizendo, há coisas pontuais acontecendo que merecem registro, no meio do turbilhão das piratarias. As oficinas de criação literária organizada pela Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima que ensina, organiza e estimula a produção de crônicas, contos e romances é uma delas. Tem acontecido sempre aos sábados. No último, o tema abordado foi “O conto e suas técnicas”, que foi ministrado pelo jornalista e escritor Furio Lonza, da Estação das Letras, do Rio de Janeiro. Nos próximos sábados estão previstos, os módulos para as narrativas mais longas como novelas e contos. Uma sugestão do blog: que tal aproveitar como exercício literário e coletivo, a produção de um ensaio “livre” escrito a várias mãos, sobre as mudanças que os royalties estão produzindo na vida e na sociedade campista? Particularmente, gostaria de ter arrumado tempo, para fazer este curso e desta forma, contribuir com mãos e cabeça para esta reflexão. Logicamente este blogueiro está falando de ficção porque a realidade... bom esta não está na mídia!

terça-feira, junho 19, 2007

Um interessante projeto...

Interessante evento e um belo cartaz como convite!

Nota conjunta dos dirigentes do Cefet Campos, Uenf, UFF/Campos e UFRRJ/Campus Leonel Miranda

Tendo em vista os recentes episódios envolvendo o titular da Secretaria Municipal de Comunicação Social de Campos dos Goytacazes (RJ) e um pesquisador da Universidade Candido Mendes, que ganharam a esfera pública, os dirigentes do Centro Federal de Educação Tecnológica – Cefet Campos, da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – Uenf, da Universidade Federal Fluminense / Instituto de Ciências da Sociedade e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – Campus Leonel Miranda declaram conjuntamente o que se segue: 1. A liberdade de pensamento e de expressão é um valor inalienável da democracia, e seu exercício é uma condição indispensável para a existência de um autêntico ambiente acadêmico; 2. A manifestação pública de um pesquisador sobre os dados indicados por suas pesquisas constitui não apenas um direito legítimo do cientista, mas sobretudo um serviço prestado à coletividade por ele e pela instituição na qual atue, sendo a expressão do compromisso com o desenvolvimento local, regional e nacional; 3. Os dirigentes do Cefet Campos, da Uenf, da UFF/Campos e da UFRRJ/Campus Leonel Miranda apelam para que seja restaurado o ambiente civilizado do diálogo, abandonando-se toda e qualquer postura de perseguição e execração pública de profissionais no exercício de suas responsabilidades e de instituições no cumprimento de seu papel social. Campos dos Goytacazes (RJ), 15 de junho de 2007
Cefet Campos - Diretor Luiz Augusto Caldas Pereira Uenf - Reitor Raimundo Braz Filho UFF / Campos – Diretor José Luís Vianna da Cruz UFRRJ / Campus Leonel Miranda – Diretor Jair Felipe Garcia Pereira Ramalho

A chantagem e a mentira têm pernas curtas, porém antigas

O blogueiro vai pedir desculpas, ao leitor deste blog para esclarecer uma questão que o silêncio, ao inverso, pareceria concordância, ou medo. Vez por outra, quando faltam argumentos, como agora, no debate sobre sua chantagem contra a UcamCampos, o atual secretário de Comunicação de Campos costuma vociferar esta mentira, na esperança de que muito repetida pudesse, um dia em seus delírios, se transformar em verdade. Ele calunia quando afirma que este blogueiro, quando no exercício do cargo de diretor-geral do Cefet Campos - no período que, aliás, a instituição galgou este patamar entrando de cabeça na implementação de pesquisas (que tanto incomoda o secretário) e na oferta de cursos superiores - teria cortado ponto de grevistas. Posso garantir e provar ao leitor, que em toda a sua existência de quase um século, isto jamais ocorreu naquela unidade de ensino. O fato que o secretário tenta desvirtuar ocorreu quando de uma das diversas greves do funcionalismo público e dos servidores das Escolas Técnicas e Universidades Federais. Mais precismante transcorria o ano de 1998, quando o Ministério da Educação (MEC) na tentativa de pressionar, pelo fim do movimento grevista ameaçou as direções destas instituições, para que elas apresentassem a lista daqueles que não trabalhavam para realizar o corte de seus pontos. Em Campos, eu como diretor-geral, não aceitei a pressão dos dirigentes do ministério e então o MEC procedeu a suspensão temporária dos salários de todos os servidores, inclusive do diretor-geral e demais membros da direção, não só da escola de Campos, como das demais que estavam em greve no país. Mesmo pressionado, por uns poucos servidores que não aceitavam os seus cortes de ponto e salário, por não terem feito a greve, mantive esta decisão até a assembléia dos servidores. Nesta, a posição que eu havia tomado foi aprovada e na ocasião, solicitei que os servidores indicassem um servidor para se dirigir comigo, enquanto diretor-geral a Brasília, para acompanhar diretamente, a negociação sobre a situação conflituosa com os gestores do MEC em Brasília. Assim foi procedido e após a conclusão das negociações, os salários foram pagos a todos os servidores, em troca de um calendário de reposição acordado entre servidores, direção do Cefet Campos e do MEC em Brasília. A confirmação do que aqui vai relatado pode ser obtido, junto a qualquer um dos mais de 600 servidores do Cefet Campos. Certamente não será confirmado pela fonte exposta pelo secretário, porque ela se mostra comprometida, por usar o jornalista para expor sua frustração por ter sofrido, três derrotas consecutivas nas disputas pela direção-geral do Cefet Campos (1 direta e duas com apoios a outros candidatos). O blogueiro pode ainda aproveitar para contar uma outra passagem, que permitirá o leitor compreender como alguns piratas fazem carreira no jornalismo. Cerca de um ano depois do episódio já citado, “notinhas maldosas e também mentirosas”, como a estória relatada acima, o Cefet foi pressionado pelo jornal em que este jornalista era sub-editor, para garantir um pagamento mensal de R$ 1 mil, em troca de espaços e notícias favoráveis. Colocamos para correr os imorais que apresentavam tal chantagem, que pelo que se mostra agora já fazia parte do meio em que atuava. A ameaça não foi velada: na hora mandaram dizer que o Cefet “não precisava mais mandar seus releases” e daquele dia em diante, as invenções tiveram este mesmo jornalista como redator. O atual informante é o mesmo, que ganhou, deste mesmo jornaleco, uma primeira página, sozinho, numa disputa entre quatro candidatos à direção-geral do Cefet Campos, quando da sucessão deste blogueiro em outubro de 1999. Como pode perceber o leitor que chegou até aqui, ninguém, de uma hora para outra, cai de para-queda numa discussão onde a chantagem é o principal enredo. Infelizmente agora quem está pagando conta é o munícipe. Em 1998 evitei que o erário tivesse que remunerar gente deste calibre, num jornal de cartas marcadas, infelizmente agora há quem acredite em gente deste tipo permitindo que exerça o poder gerenciando, a módica quantia de R$ 16,8 milhões. Termino mais uma vez pedindo desculpas, por ocupá-los com histórias, que talvez, não lhe interessem, embora seja oportuno conhecer melhor, aqueles que deveriam estar gerindo bem nosso dinheiro, em favor dos nossos conterrâneos que mais precisam e ao contrário estão aí a cooptar os cooptáveis e a chantagear e pressionar os que resistem.

segunda-feira, junho 18, 2007

Novas tecnologias avançam nas usinas de SP

Além do corte mecanizado da cana-de-açúcar, de novos tipos de canas, do avanço na irrigação, no setor de beneficiamento na parte industrial, o setor dá grandes salto com a absorção de novas tecnologias que reduzirão em até 15%, o custo da produção do álcool com eliminação de etapas do processo de destilação.

Alguns grupos industriais consorciados com universidades prevêem, para dentro de 5 anos, a obtenção do álcool a partir do bagaço da cana com o uso da chamada tecnologia de hidrólise que produzirá em larga escala, o chamado etanol celulósico. Além de usinas, a Dedini, conhecida empresa produtora de equipamentos para a destilação do álcool e até a Petrobras participam do projeto e apostam que os pesquisadores da Unicamp poderão viabilizar até antes do prazo de cinco anos esta nova produção. Veja mais detalhes aqui.

PS.: Na imagem acima, o bagaço que hoje em SP é aproveitado par a geração de energia elétrica e por aqui é queimado nas caldeiras. Veja abaixo a imagem da parte industrial de uma usina paulista com alto grau de automação e inovação tecnológica.

Blog do Ancelmo diz que Ruy Guerra vai ensinar cinema em São Fidélis

Minutos depois do Ancelmo postar a nota, que o famoso cineasta ensinará, 80 moradores da cidade poema, os segredos da sétima arte na sala Popular de Cinema, o fidelense Romildo Guerrante postou o seguinte comentário: “Vai ser difícil a convivência na minha terra entre o Ruy Guerra e a estátua dos Garotinhos...” Já este blog faz uma sugestão: por que nosso famoso cineasta, não estica a viagem um pouquinho mais e vem aqui filmar "Os piratas dos royalties"?

Novo e simples tipo de colheitadeira de cana é também pesquisada em SP

“A máquina deve funcionar como um barbeador, raspando a superfície sem afastar-se dela e tampouco revolver o solo. Também não pode ser sofisticada, apenas uma máquina suficientemente robusta e construída com eficiência em aço soldado. Equipada com transmissões convencionais de fácil ajuste e manutenção, seu preço e rendimento precisam torná-la competitiva no mercado. Por isso, certos recursos eletrônicos, hidráulicos ou corte laser, nem pensar. Este é o princípio da colheitadeira de cana que está sendo desenvolvida pela Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri) da Unicamp e que poderá viabilizar o uso de mais uma fonte de biomassa para a produção de energia: a palha da cana-de-açúcar.”

“Concebida inicialmente para reduzir o custo da colheita e dar mais qualidade à cana, a máquina ganhou uma nova dimensão diante da crise energética no país por seu potencial de aproximadamente 30 milhões de toneladas/ano de palha, que atualmente são queimadas ao ar livre.”

PS.: 1) Mais uma pesquisa da Unicamp com recursos da Fapesp. Saiba mais detalhes aqui;
2) Foto do Jornal da Unicamp.

"Só para desabafar"

De uma leitora do blog por e-mail:
"Oi, é só pra deixar meu protesto contra a posição do PT e meu testemunho de indignação de uma servidora pública municipal que assiste à ingovernança de perto!!!"

domingo, junho 17, 2007

Ninguém verá em Vavá a uva que a economia da era Lula vive!

O título da nota até parece lição de alfabetização. Quem sabe então, não ensina à parte da mídia que não consegue ler, a realidade que nos cerca, embora ainda haja, muito por fazer. A revista Época desta semana, apesar da capa, ser mais uma vez sobre “problemas” do Congresso, chama a atenção como uma de suas principais matérias:

O Brasil que cresce e prospera”. O subtítulo da mesma matéria não fica para trás: “Apesar do catastrofismo dos economistas e da choradeira contra o câmbio, alguns setores avançam mais que a China e a Índia.”

Fim da queimada da cana-de-açúcar teve prazo reduzido em SP

A queima da cana-de-açúcar para o corte teve seu prazo diminuído no estado de São Paulo. Num acordo que envolveu as secretarias estaduais do Meio Ambiente e de Agricultura e Abastecimento foi antecipado o fim das queimadas. Pelo acordo, o prazo para acabar com elas passa de 2021 para 2014 nas áreas mecanizáveis e de 2031 para 2017 nas terras em aclive. Por ora, a adesão ao protocolo é voluntária, mas o governo do estado de São Paulo pretende transformar o acordo num projeto de lei e enviá-lo à Assembléia Legislativa.

Mesmo sabendo que a antecipação não foi uma decisão facilmente aceita por usineiros e produtores que alegavam falta de máquinas e o alto preço das colheitadeiras que mecanizam o processo evitando as queimadas, o mesmo deveria ser perseguido aqui no estado do Rio de Janeiro. Em São Paulo também houve grandes resistências por parte dos sindicatos de trabalhadores rurais em função da eliminação dos postos de trabalho gerado pela mecanização da colheita. Para compensar as conseqüências sociais deste processo há que capacitar e re-qualificar os trabalhadores para novas ocupações.

Estima-se que a mecanização eliminará, só no estado de São Paulo, 250 mil empregos: os 165 mil hoje existentes e mais 85 mil que se criarão com a expansão para dar conta da demanda de etanol. Uma única colheitadeira de cana corta cerca de 700 toneladas diárias e pode substituir, 70 trabalhadores rurais no corte da cana.

O fim das queimadas da cana-de-açúcar reduzirá a deterioração da qualidade do ar e, ao mesmo tempo, os custos da saúde pública no atendimento às deficiências respiratórias. Além disso, o fim das queimadas se antecipa, a um provável movimento de europeus e americanos que se apegam a argumentos ambientalistas para expandir seu protecionismo comercial e, desta forma tentar restringir importações de produtos brasileiros, que agora ganham visibilidade pela qualidade e pelo baixo custo de produção do etanol nacional.

Gozada relaxou e dinamitou candidatura!

Mesmo o blog sabendo, que não se deve fazer juízo de valor de pessoas por frases infelizes relaxadamente soltas, ao vento e microfones, a gente também, intui, por tudo que o Freud ensinou, que embora a ministra tenha querido dizer simplesmente “calma gente as coisas vão se resolver” que em épocas de símbolos, a ministra pode ter sido relaxada do seu maior sonho na política. Imagine o leitor, a cena de um debate, de segundo turno na televisão. Momento tenso, uma questão embaraçosa é feita pela ministra ao seu concorrente, que sorriso entre lábios aguarda seu momento de responder e sarcasticamente solta a pérola: “como a senhora mesmo pediu ministra, relaxa e goza”! Você acha que depois disso ainda haverá debate entre dois concorrentes ou apenas de apenas um movimento individual tal qual um ataque epilético? Porém, como tudo na vida ao final passa, dentro de um tempo isto também passará.