65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
terça-feira, junho 12, 2007
O fato, a versão e a inversão de posição
O fato
Segundo as prestações de contas encaminhadas ao Tribunal de Contas (TCE-RJ) pelos municípios produtores de petróleo, no ano de 2005, Campos colocou em rubricas consideradas como investimentos apenas 14% dos recursos recebidos dos royalties. São João da Barra 10%, Casimiro de Abreu e Carapebus 11%, Quissamã 16%, Cabo Frio 30%, Macaé 32% e Rio das Ostras 58%. Bom lembrar que as informações são do município.
A versão
A baixaria e a falta de argumentos do jornalista-secretário hoje, em seu programa de rádio mostrou o despreparo para o exercício da função de gestor público. Usar a força da autoridade para impor resultados em pesquisas é tão atroz, quanto ameaçar punir alunos que ainda estão aprendendo a dura realidade das barganhas da vida real.
Compreendo a posição do Vitor Menezes quando ele diz, que já não se espanta com mais nada. Mas insisto que como cidadãos e especialmente, como educadores, não podemos admitir que a força do dinheiro de bolsas ou, do que quer que seja, sirva como instrumento de força que tenta, pela pressão econômica, calar vozes dissonantes que resistem ao pensamento único.
A inversão de posição
O normal é o jornalismo ser vítima da força do poder. Por aqui, a força do dinheiro produz o inverso: permite o jornalista investido do poder de secretário ter acesso a todos os meios para falar mal e tentar achincalhar àqueles que “ousam” falar aquilo que imagino deveria estar sendo dito e repetido, de que a gestão pública não tem andado por bons caminhos, embora se possa conviver com acertos pontuais e erros abissais.
Querer viver sem críticas e calar os questionadores é próprio de governos totalitários. Neste caso há até aqueles que ignoram a marca vendida, através da própria mídia, como sendo de um governo de paz, quando a força do dinheiro não consegue comprar os argumentos que lhe apraz.
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