Falta de engenheiros

Mesmo em sua sanha oposicionista, os colunistas econômicos de O Globo começam a reconhecer, a retomada do desenvolvimento econômico. O George Vidor em sua coluna de hoje diz, que o país não está dando conta de formar os engenheiros que necessita para atuar nos projetos de infra-estrutura que começam a deslanchar. Vidor diz que nosso país hoje forma 23 mil engenheiros por ano contra 80 mil na Coréia do Sul, 300 mil na China e 400 mil na Índia. Nos últimos dois anos quadruplicou o numero de profissionais estrangeiros atuando em nosso país. Na verdade houve também uma verdadeira confusão neste processo. Imagino que mais da metade dos engenheiros que se formarão este ano no país sejam engenheiros de produção, que na prática é mais, um administrador do que propriamente um engenheiro, embora, a administração seja uma das competências que na formação se busca dar aos engenheiros. A proliferação destes cursos teve mais a ver, com o custo de sua formação, que prescinde dos laboratórios mais caros, do que com o mercado que hoje se evidencia. Só as universidades públicas continuaram a formar os engenheiros de eletricidade, mecânica, automação, etc. O caso aqui de Campos confirma esta regra. A Universo, Ucam, Isecensa, Estácio de Sá e Uniflu seguiram este caminho. Apenas a Uenf com o curso de Engenharia Civil e o de Materiais e o Cefet com a Engenharia de Automação marcharam em outros caminhos. Espera-se que a demanda destes profissionais cresça também na região.